quinta-feira, 31 de março de 2011

Oração de Santa Madre Teresa de Jesus- 14


" Ó Senhor de minha alma e meu sumo Bem! Por que razão quisestes que a alma, quando se decide a amar-Vos não tenha logo a consolação de possuir o verdadeiro amor, em grau perfeito, fazendo ela todo o possível para tudo abandonar e se entregar ao Vosso amor? Disse mal. Deveria queixar-me de nós próprios e perguntar por que motivo não o queremos?”(V 11,1)

O Reino de Deus já chegou até vós!


Comentário ao Evangelho do dia feito por : Bento XVI Encíclica « Spe Salvi » §§ 30-31 (trad. © Libreria Editrice Vaticana rev.) A época moderna desenvolveu a esperança da instauração de um mundo perfeito que, graças aos conhecimentos da ciência e a uma política cientificamente fundada, parecia tornar-se realizável. Assim, a esperança bíblica do reino de Deus foi substituída pela esperança do reino do homem, pela esperança de um mundo melhor que seria o verdadeiro «reino de Deus». Esta parecia finalmente a esperança grande e realista de que o homem necessita. Estava em condições de mobilizar – por um certo tempo – todas as energias do homem. [...] Mas, com o passar do tempo tornou-se claro que esta esperança escapava sempre para mais longe. Primeiro, compreendemos que esta era talvez uma esperança para os homens de amanhã, mas não uma esperança para mim. E, embora o elemento «para todos» faça parte da grande esperança – com efeito, não posso ser feliz contra e sem os demais –, o certo é que uma esperança que não me diga respeito a mim pessoalmente não é sequer uma verdadeira esperança. E tornou-se evidente que esta era uma esperança contra a liberdade. [...] Precisamos das esperanças – menores ou maiores – que, dia após dia, nos mantêm a caminho. Mas, sem a grande esperança que deve superar tudo o resto, aquelas não bastam. Esta grande esperança só pode ser Deus, que abraça o universo e nos pode propor e dar aquilo que, sozinhos, não podemos conseguir. Precisamente o ser gratificado com um dom faz parte da esperança. Deus é o fundamento da esperança – não um deus qualquer, mas aquele Deus que possui um rosto humano e que nos amou até ao fim: a cada indivíduo e à humanidade no seu conjunto. O Seu reino não é um além imaginário, colocado num futuro que nunca mais chega; o Seu reino está presente onde Ele é amado e onde o Seu amor nos alcança.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Lazer da Comunidade Rainha do Carmelo no dia 02/04/2011


Caros irmãos e irmãs da Comunidade Rainha do Carmelo,

Nosso lazer será dia 02/04/2011, conforme se encontra em nosso quadrante.
Será no prédio da mãe da Mônica, Dona Branca.
O horário será das 9h às 16h.
Pedimos a quem puder, levar algum lanche para o café da manhã.
Contamos com a presença de todos, para fortalecer ainda mais nossos laços de amizade e fraternidade.

Endereço: Rua Princesa Isabel, 1783. (Salão de Festas) - Ed. Solar dos Evangelistas.
Ponto de referência: Fica a (03) três quarteirões do Shoping Benfica, bem próximo ao Colégio Zênite.

Mapa:

Abraços fraternos,
Equipe de Eventos.

Ano Mariano 2012-2013

terça-feira, 29 de março de 2011

Oração de Santa Madre Teresa de Jesus - 13


"Sua Majestade se sirva de mim, pois bem sabe que, com isto só pretendo que seja um pouquinho louvado e engrandecido por haver, em monturo tão infecto e malcheiroso, plantado jardim de tão suaves flores. Praza a Sua Majestade que por minha culpa não torne eu a arrancá-las, voltando a ser o que era. Suplico a Vossa Mercê que, por amor do Senhor, peça-lhe isto, pois sabe quem sou, mais claramente do que me permitiu dizer aqui.”(V 10,9)

Hoje é dia de festa no Céu e na terra.


MARIA JACYRA COSTA

(Maria Clara de Assis da Eucaristia, ocds)


Nós da Comunidade Rainha do Carmelo lhe desejamos todas as bençãos do Céu. Que Nosso Amado Jesus seja sempre o seu consolo e fortaleza. Parabéns e muitas felicidades!!!!

Ter piedade do próximo, como Deus teve de nós.


Comentário ao Evangelho do dia feito por : Das liturgias bizantinas e orientais da Grande Quaresma Oração de Santo Efrém, o Sírio

Senhor e Mestre da minha vida, não me abandones ao espírito de preguiça, de desencorajamento de dominação e de vã tagarelice. (Prostramo-nos) Concede-me a graça de um espírito de castidade, de humildade, de paciência e de caridade, a mim, Teu servo. (Prostramo-nos) Sim, meu Senhor e meu Rei, que eu veja as minhas faltas e não condene o meu irmão. Tu, que és bendito pelos séculos dos séculos. Amém. (Prostramo-nos e, seguidamente, inclinamo-nos até ao chão e dizemos três vezes) Ó Deus, tem piedade de mim, pecador. Ó Deus, purifica-me que sou pecador. Ó Deus, meu Criador, salva-me. Perdoa-me os meus numerosos pecados!

segunda-feira, 28 de março de 2011

Dia do nascimento de Nossa Santa Madre Teresa de Jesus!


D. Alonso Sánchez de Cepeda escreveu: "Aos vinte e oito dias do mês de março do ano de mil quinhentos e quinze, uma quarta-feira, nasceu Teresa, minha filha, às cinco horas da manhã, meia hora mais, meia hora menos, aos primeiros alvores do dia."

O Ângelus da aurora começou a soar na Igreja de São Domingos; depois, repicaram todos os sinos de Ávila: os de São João, São Pedro, Santo Isidoro e São Pelaio, São Gil, São Bartolomeu, São Vicente, Santa Cruz, São Cebrião, São Nicolau, São Tiago, São Romão, Mosén Rubi; os da Catedral e os dos conventos: dos Beneditinos aos Carmelitas, das Clarissas às Agostinianas de Nossa Senhora das Graças, das Franciscanas aos Dominicanos de São Tomás, Cistercienses e das Cistercienses de Santa Escolástica, São Milián e Santa Ana, às Dominicanas de Santa Catarina... Todas as vozes metálicas de todos os santos da cidade fizeram vibrar as velhas pedras, porque em Ávila não havia senão cantos e santos: "Em Ávila, santos e cantos".

A 4 de Abril, o padrinho e a madrinha da pequena Teresa pediam em seu nome, na Igreja paroquial de São João, "a fé e a vida eterna". Naquele mesmo dia, inaugurava-se o mosteiro da Encarnação, convento de carmelitas da Regra mitigada: Abriam-se já as portas da casa de Deus em que aquele que a batizava "em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" a convidava a entrar.

A menina recebeu o nome de Teresa, em memória, sem dúvida, de duas das suas avós: a bisavó paterna, Teresa Sánchez, e avó materna, Teresa de las Cuevas.

(Marcelle Auclair)

A Quaresma leva à ressurreição pelo batismo.


Comentário ao Evangelho do dia feito por : Santo Ambrósio (340 ?-397), bispo de Milão e Doutor da Igreja Os Mistérios, § 16. 18-21 (a partir da trad. de José de Leão Cordeiro, S. N. L., 2003, p. 530-1/SC 25, p. 112) Naamã era sírio e estava leproso, sem que ninguém o pudesse curar. Então, uma jovem prisioneira disse-lhe que havia em Israel um profeta que podia curá-lo da lepra. [...] Já é tempo de descobrires quem era aquela jovem prisioneira. Era a figura da assembléia mais nova de entre as nações, isto é, da Igreja do Senhor. Antes, quando não possuía ainda a liberdade da graça, fora humilhada pelo cativeiro do pecado. Mas, a seu conselho, este povo que não era ainda um povo escutou a palavra dos profetas, da qual duvidara durante muito tempo. Em seguida, quando acreditou que devia segui-la, o povo foi purificado de todo o contágio do pecado. Naamã duvidara antes de ser curado; mas tu já foste curado e por isso não deves duvidar. Já antes te foi dito que não devias acreditar apenas no que vês ao aproximares-te do batistério, para que digas: «É este o «grande mistério que nem os olhos viram, nem os ouvidos ouviram, nem jamais passou pelo pensamento do homem» (1Cor 2, 9)? Eu vejo as águas que via todos os dias. Vão purificar-me estas águas a que tantas vezes desci sem nunca ter sido purificado?» Deves reconhecer que a água não purifica sem o Espírito. Por isso, leste que no batismo as três testemunhas são uma só: a água, o sangue e o Espírito (1Jo 5, 7-8); porque, se prescindires de uma delas, já não há sacramento do batismo. Que é a água sem a cruz de Cristo? É um elemento comum, sem nenhuma eficácia sacramental. Mas também é verdade que sem a água não há mistério da regeneração: «quem não renascer da água e do Espírito não entrará no reino de Deus» (Jo 3, 5). Também o catecúmeno acredita na cruz do Senhor Jesus, com a qual é assinalado; mas, se não for batizado em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, não pode receber o perdão dos pecados nem obter o dom da graça espiritual. Por isso o sírio Naamã mergulhou sete vezes, segundo a Lei; tu, porém, foste batizado em nome da Trindade. [...] Proclamaste a tua fé no Pai e no Filho e no Espírito Santo. [...] Morreste para o mundo, ressuscitaste para Deus e, de certo modo sepultado naquele elemento do mundo, morto para o pecado, ressuscitaste para a vida eterna (Rom 6, 4).

domingo, 27 de março de 2011

VIII Congresso OCDS Norte/Nordeste – 23 a 26.06.2011


Reunião extra da Comunidade Rainha do Carmelo - 26/03/2011


A Comunidade Rainha do Carmelo se reuniu ontem, dia 26/03/2011, para uma tarde de formação. Nossa presidente, Efigênia, conduziu a oração inicial e nos passou os avisos, entre eles, que terça-feira próxima, dia 29/03, Frei Alzinir irá falar com nosso Arcebispo, Dom José Antônio, a respeito da fundação da casa dos freis, aqui em Fortaleza. Em seguida, ela nos convidou a falar sobre como estávamos nos sentindo na Comunidade, especialmente os iniciantes. Contamos com a presença especial do Frei Alzinir. Foi uma tarde maravilhosa em que o Frei Alzinir nos ajudou a entender melhor os capítulos estudados até aqui do livro Caminho de Perfeição, dos capítulos, 1 ao 18. Após a formação, foi distribuído uma gravura de Jesus dos Belos Olhos, que Nossa Santa Madre Teresa de Jesus, trata no capítulo 26 do Livro Caminho de Perfeição. Fizemos 15 minutos de silêncio e meditação e depois começamos a Oração das Vésperas e Salve Regina.

Sempre é uma benção estarmos reunidos em Comunidade e podermos aprender e trazer essa formação tão rica de espiritualidade para o nosso dia a dia. Nossa Santa Madre Teresa de Jesus encanta até mesmo os corações mais duros e descrentes, Ela é realmente encantadora e dotada de uma inteligência excepcional. Que Ela nos abençoe e a cada dia nos ajude a sermos mais parecidos com Nossa Majestade dos Belhos Olhos.

Frei Alzinir, Deus lhe pague e lhe abençoe!! Conte com nossa interseção dia 29/03.

Hoje é dia de festa no Céu e na terra.


Hoje é o aniversário da Carla de Castro Domingos, iniciante de nossa Comunidade Rainha do Carmelo. Deus lhe abençoe e lhe proteja de todo mal, especialmente do maior de todos os males, que é o de se afastar Dele, Nosso Amado Jesus!!!! Parabéns!!! Nossa Mãe Maria Santíssima lhe cubra com Seu Manto Sagrado.


Com amor e orações,

Comunidade Rainha do Carmelo.





Oração de Santa Madre Teresa de Jesus - 12


"Assim acontecerá se consentirem que, ao menos duas horas cada dia, Vós estejais em sua companhia, muito embora eles não fiquem em Vossa companhia, mas agitados com mil preocupações, cuidados e pensamentos do mundo, como eu fazia. Na verdade, devem fazer esforço para estar em tão boa convivência. Nos princípios, e mesmo depois, algumas vezes, é só o que conseguem. Em recompensa, Vós impedis os demônios de atacá-los, ao passo que aumentais a força da alma de modo a vencer o inimigo. Sim, vida de todas as vidas! Dos que se fiam de Vós e Vos querem por amigo, a nenhum matais, antes lhes sustentais o corpo com melhor saúde e dais vida á alma." (V 8,6)

Porventura és mais do que o nosso patriarca Jacó?


Comentário ao Evangelho do dia feito por : São Tiago de Sarug (c. 449-521), monge e bispo sírio Homilia sobre Nosso Senhor e Jacob, sobre a Igreja e Raquel (a partir da trad. de Ir. Isabelle de la Source, Lire la Bible, t. 1, p. 98 rev.) A vista da beleza de Raquel tornou Jacó, de certo modo, mais forte: ele conseguiu levantar a enorme pedra de cima do poço e, assim, dar de beber ao rebanho (Gn 29, 10). [...] Em Raquel, com quem casou, viu o símbolo da Igreja. Foi por isso que, ao beijá-la, teve de chorar e de sofrer (v. 11), a fim de prefigurar, pelo seu casamento, os sofrimentos do Filho. [...] Quão mais belas são as núpcias do Esposo real do que as dos Seus embaixadores! Jacó chorou por Raquel, ao desposá-la; Nosso Senhor cobriu a Igreja com o Seu sangue, ao salvá-la. As lágrimas são o símbolo do sangue, porque não é sem dor que elas jorram dos olhos. O choro do justo Jacó é o símbolo do grande sofrimento do Filho, pelo qual a Igreja das nações foi salva. Vem, contempla o nosso Mestre: Ele veio do Seu Pai para o mundo, aniquilou-Se para fazer o Seu caminho na humildade (Fil 2, 7). [...] Ele viu as nações como rebanhos sedentos e a fonte da vida fechada pelo pecado, como que por uma pedra. Ele viu a Igreja semelhante a Raquel, então avançou e derrubou o pecado, que era pesado como uma rocha. Ele abriu o batistério para a sua Esposa, para que ela se banhasse nele; e foi aí buscar água para dar de beber às nações da terra, como aos Seus rebanhos. Com toda a Sua onipotência, levantou o pesado fardo dos pecados; pôs a descoberto a fonte de água doce para o mundo inteiro. [...] Sim, pela Igreja, Nosso Senhor deu-Se a grandes trabalhos. Por amor, o Filho de Deus vendeu os Seus sofrimentos para poder desposar, à custa das Suas chagas, a Igreja abandonada. Por ela, que adorava os ídolos, sofreu sobre a cruz. Por ela, quis entregar-Se, para que ela fosse para Ele completamente imaculada (Ef 5, 25-27). Ele consentiu em levar às pastagens o rebanho inteiro dos homens, com o grande cajado da cruz; Ele não rejeitou o sofrimento. Ele aceitou conduzir raças, nações, tribos, multidões e povos, para poder reaver a Igreja, sua única Esposa (Ct 6, 9).

sábado, 26 de março de 2011

Oração de Santa Madre Teresa de Jesus - 10

" Ó Senhor da minha alma! Como encarecer as graças que nesses anos me fizestes! E como, no tempo em que eu mais Vos ofendia, num instante me dispúnheis com grande arrependimento para desfrutar de vossos favores e consolações! Na verdade, Rei meu, escolhíeis para mim o mais delicado e o mais penoso castigo que podia existir, como quem bem sabia o que mais me havia de doer. Com grandes ternuras castigáveis meus delitos. E não creio dizer desatinos, embora fosse justos ficar desatinada ao repassar na memória minha ingratidão." ( V 7,19)

E caindo em si, disse: e eu aqui a morrer de fome! Levantar-me-ei e irei ter com meu pai.

Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Isaac de l'Étoile (?-c. 1171), monge cistercense
2º Sermão para o dia de Todos os Santos §§ 13-20 (a partir da trad. Brésard, 2000 ans A, p. 84)
«Felizes os que choram, porque serão consolados» (Mt 5, 4). Com estas palavras, o Senhor quer fazer-nos compreender que o caminho da alegria são as lágrimas. Pela desolação chega-se à consolação; é perdendo a vida que a encontramos, rejeitando-a que a possuímos, odiando-a que a amamos, desprezando-a que a salvamos (cf Lc 9, 23ss.). Se queres conhecer-te a ti mesmo e superar-te, entra dentro de ti e não te procures fora de ti. [...] Por conseguinte, cai em ti, pecador, cai onde existes verdadeiramente: no teu coração. Exteriormente, és um animal à imagem do mundo [...]; interiormente, és um homem, à imagem de Deus (Gn 1, 26), e por isso capaz de ser deificado.
Será por isso, irmãos, que o homem que cai em si se sente distante, como o filho pródigo, numa região diferente, numa terra estrangeira, onde é maltratado, e chora ao lembrar-se de seu pai e da sua pátria? [...] «Adão, onde estás?» (Gn 3, 9) Talvez ainda na sombra para não te veres a ti mesmo: cosendo as folhas da vaidade umas às outras para cobrires a tua vergonha (Gn 3, 7), olhando o que está em teu redor e o que é teu, porque os teus olhos são grandes aberturas para tais coisas. Mas olha para dentro de ti, olha para ti: é aí que se encontra o teu maior motivo de vergonha. [...]
É evidente, irmãos: em parte vivemos exteriormente a nós. [...] É por isso que a Sabedoria tem sempre no coração o convite para a casa do luto antes de o fazer para a casa do banquete (Eccl 7, 3), ou seja, chama para dentro de si mesmo o homem que estava fora de si próprio, dizendo: «Felizes os que choram» e noutra passagem: «Ai de vós, os que agora rides» (Lc 6, 25). [...] Meus irmãos, choremos na presença do Senhor: que a Sua bondade O leve a perdoar-nos. [...] Felizes os que choram, não porque choram, mas porque serão consolados. As lágrimas são o caminho; a consolação é a bem-aventurança.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Carmelitas ajudam cristãos no Oriente Médio

Destacam sinais de esperança
KÖNIGSTEIN, quinta-feira, 24 de março de 2011 (ZENIT.org) - Os Carmelitas Descalços do Líbano dizem que é crucial que os cristãos permaneçam no Oriente Médio, e eles colaboram promovendo trabalho e levando esperança aos fiéis locais.

É o que informa o padre Raymond Abdo, provincial dos Carmelitas Descalços do Líbano, ao falar com a associação ‘Ajuda à Igreja que Sofre’.

Ele conta que a ajuda que se pode dar aos cristãos do Oriente Médio é favorecer que eles não emigrem. O sacerdote reconheceu as dificuldades, mas disse que sua própria presença no Oriente Médio é um testemunho de que “é possível permanecer”.


Padre Abdo disse que é importante convencer os cristãos a não venderem suas casas e propriedades. Ele afirmou que dinheiro proveniente do Irã e dos Estados do Golfo está sendo usado para a aquisição de imóveis.

O carmelita também destacou a necessidade de criar oportunidades de emprego. Segundo ele, os cristãos são frequentemente discriminados na hora de buscar trabalho.

O sacerdote citou o exemplo da colaboração dos carmelitas com um homem cristão que abriu uma empresa internacional de software. O mosteiro de Kobayat lhe cedeu um espaço para começar a trabalhar. Já se criaram 45 postos de trabalho, que em breve chegarão a 100.

“Podemos sofrer, ter dificuldades, mas se estamos com Cristo, então estamos dando testemunho e esperança aos demais”, disse o padre Abdo. “Estamos também dando esperança aos muçulmanos e a outras comunidades, porque sem nós eles não teriam oportunidades de conhecer Cristo”.

Os Carmelitas do Líbano têm seis mosteiros e um total de 31 monges, sendo mais da metade com idade menor que 35 anos. Continuam surgindo vocações, ainda que menos que no passado, pois os jovens do Líbano vivem “os mesmos problemas do restante do mundo atual”.

Mas – disse – “quando Cristo entra no coração de uma pessoa, não pede permissão para sua mente ou sua cultura, simplesmente diz: ‘vem’”.

Há cerca de 40 anos, o Líbano era o único país do Oriente Médio com maioria cristã. Hoje, a maioria é muçulmana. Os cristãos somam 45% da população.

Oração de Santa Madre Teresa de Jesus - 11

"Oh! Bondade infinita de meu Deus! Desta sorte parece-me estar vendo a Vós e a mim! Oh! Delícia dos anjos! Quando isto vejo, quisera desfazer- me toda em Vosso amor!Como é certo que tolerais a quem não vos quer tolerar junto de si! Que bom amigo Sois, Senhor meu! Como tendes paciência acariciando a alma, à espera de que se amolde à Vossa condição. Até que consigais, Vós surportais a sua! Levais em conta meu Senhor, o breve instante em que ele procura amar-Vos, e por um vislumbre de arrependimento de sua parte olvidais quanto Vos tem ofendido.
Isto claramente vi por mim. Não entendo, Criador meu, o motivo pelo qual o mundo todo não procura chegar-se a Vós para travar particular amizade. Até os que são maus e não tem Vossa condição, deviam aproximar-se de Vós para que os facais bons." (V 8,6)

Um pobrre jazia ao seu portão.

Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
Não Há Maior Amor
Cristo disse: «Tive fome e destes-Me de comer» (Mt 25, 35). Teve fome não só de pão, mas também da estima acolhedora que nos permite sentirmo-nos amados, reconhecidos, sermos alguém aos olhos de outrem. Foi desprovido não só da Sua roupa, mas também da dignidade e do respeito humano pela grande injustiça cometida para com o pobre, que é precisamente o ser-se desprezado por ser pobre. Foi privado não só de um teto, mas também sofreu as privações por que passam os encarcerados, os rejeitados e os escorraçados, aqueles que vagueiam pelo mundo sem ter ninguém que se ocupe deles.
Ao desceres a rua, sem outro propósito senão esse, talvez atentes naquele homem, ali na esquina, e vás ao seu encontro. Talvez ele fique de pé atrás, mas tu permaneces lá, diante dele, na sua frente. Tens de irradiar a presença que trazes dentro de ti com o amor e a atenção para com o homem a quem te diriges. E porquê? Porque, para ti, se trata de Jesus. Sim, é Jesus, mas não pode receber-te em Sua casa — eis porque tens de ser tu a dirigir-te a Ele. Ele está escondido ali, naquela pessoa. Jesus, oculto no mais pequenino dos irmãos (Mt 25, 40), não só cheio de fome por um bocado de pão, mas também por amor, por reconhecimento, por ser tido como alguém com valor.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Oração de Santa Madre de Jesus - 9

"Valha-me Deus! Se pudesse dizer as ocasiões de que Sua Majestade me livrou nesses anos, tornando eu a meter-me nelas! E como me salvou de perder totalmente o bom nome! Eu, porém, nas minhas obras, revelava quem era e o Senhor, encobrindo o mal, fazia brilhar alguma pequena virtude, se é que existia, tornando-a grande aos olhos de todos." (V 7,18)

Vamos subir a Jerusalém.

Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (África do Norte) e Doutor da Igreja
Confissões, XIII, 9
Dá-Te a mim, meu Deus, dá-Te sempre a mim. [...] Descansamos no dom do Teu Espírito; aí Te gozamos, aí está o nosso bem e o nosso repouso. Aí o amor nos educa, e o Teu Espírito, que é bom, exalta a nossa baixeza, retirando-a das portas da morte (Sl 9, 14). Na boa vontade encontramos a paz.
Um corpo, pelo seu peso, tende para o seu lugar próprio; o peso não significa necessariamente ir para baixo, mas para o lugar próprio de cada coisa. O fogo tende para cima, a pedra para baixo [...], cada coisa para o seu lugar próprio; o óleo sobe para cima da água, a água desce para baixo do óleo. Se uma coisa não está no seu lugar, não está em repouso; mas, quando encontra o seu lugar, fica em repouso.
O meu peso é o meu amor: é ele que me leva para onde me leva. O Teu dom inflama-nos e leva-nos para cima; ele abrasa-nos e nós partimos. [...] O Teu fogo, o Teu fogo bom, faz-nos arder e nós vamos, subimos para a paz da Jerusalém celeste – porque encontrei a minha alegria quando me disseram: «Vamos para a casa do Senhor!» (Sl 121, 1). É para aí que a boa vontade nos conduz por ser o nosso lugar, aí onde não desejaremos mais nada do que assim permanecer para toda a eternidade.

terça-feira, 22 de março de 2011

Quem se humilhar será exaltado.

Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Imitação de Cristo, tratado espiritual do século XV
II, 2: «Da humilde submissão»
Não te preocupes muito se alguém é por ti ou contra ti, mas procede e ocupa-te de modo a que Deus esteja contigo em tudo quanto faças. Consegue uma consciência pura, que Deus te defenderá bem. [...]
Se souberes calar-te e sofrer, verás sem dúvida o auxílio do Senhor. Ele conhece o tempo e o modo de te libertar, e por isso a Ele te deves submeter. É próprio de Deus ajudar e libertar de toda a confusão.
Muitas vezes, é mais útil para a conservação da nossa humildade que os outros conheçam os nossos defeitos e os censurem. Quando um homem se humilha por causa dos seus defeitos, acalma os outros facilmente e satisfaz sem custo os que com ele se iravam.
Deus protege e liberta o humilde, ama-o e consola-o. Inclina-Se para ele e dá-lhe grande graça; e, depois do seu abatimento, eleva-o à glória. Revela os Seus segredos ao humilde, arrasta-o e convida-o docemente para Si. E ele, mesmo na confusão, vive em paz, porque se firma em Deus e não no mundo. Não julgues ter adiantado em qualquer coisa se não te sentires inferior a todos.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Oração de Santa Madre Teresa de Jesus - 8

"Não sei como se pode desejar viver, sendo tudo tão incerto. Julgo impossível, Senhor meu, deixar-Vos de agora em diante tão inteiramente como tantas vezes Vos deixei. Não posso ficar sem temor. É que, apartando-Vos um pouquinho de mim, logo tudo se desmorona.

Bendito sejais para sempre! Quando eu Vos deixava a Vós, não me deixastes Vós a mim tão inteiramente. Destes-me sempre a mão para que me tornasse a levantar. Muitas vezes, Senhor, eu não aceitava, nem queria ouvir como de novo me estáveis chamado, segundo agora direi."(V 6,9)

Sede misericordiosos como o Vosso Pai é misericordioso.

Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Isaac o Sírio (século VII), monge perto de Mossoul, santo das Igrejas ortodoxas
Discursos, 1ª série, n°34 (a partir da trad. cf Touraille, DDB 1981, p. 215)
Irmão, recomendo-te isto: que a compaixão tenha sempre a supremacia na tua balança, até que sintas em ti a compaixão que Deus demonstra para com o mundo. Que este estado se torne o espelho no qual vemos em nós a verdadeira «imagem e semelhança» da natureza e do ser de Deus (Gn 1,26). É por estas coisas e por outras idênticas que recebemos a luz, e que uma clara resolução nos leva a imitar Deus. Um coração duro e sem piedade não será nunca puro (Mt 5, 8). Mas o homem compassivo é o médico da sua alma; como que por um vento violento, ele afasta para fora de si as trevas da sua mágoa.

domingo, 20 de março de 2011

Homenagem a São José e formação da Comunidade Rainha do Carmelo - 19-03-2011

A Comunidade Rainha do Carmelo, se reuniu dia 19-03-2011, na Ermida de São José no Carmelo de Santa Teresinha para homenagear ao Nosso Patrono, São José e também para formação dos capítulos 15 ao 18 do livro Caminho de Perfeição de Nossa Santa Madre Teresa de Jesus:
A Efigênia conduziu a oração inicial e nos deu os avisos, entre eles, que no próximo sábado, dia 26 de março, o Frei Alzinir virá nos visitar para uma tarde de formação, no Carmelo de Santa Teresinha; avisou também que o bebê de nossa irmã de comunidade, a Juliana, nasceu dia 18 de março e graças ao nosso bom Deus se encontram muito bem; sobre o Congresso Norte/Nordeste, já foi enviado o tema e também o valor:
Nossa formadora, Neila nos falou sobre os capítulos 15 ao 18, do livro Caminho de Perfeição de Nossa Santa Madre. Dentre tudo que foi comentado, ficou uma frase em evidência: "A meu ver, não há, nem pode haver humildade sem amor, nem amor sem humildade. Nem é possível existirem essas duas virtudes, sem um profundo desapego de toda criatura."
Momento do intervalo para exercitarmos a fraternidade: Débora, Regina e Jacqueline.

Momento de oração, meditação e homenagem a São José. Luciano conduziu esse momento de reflexão nos falando das 7 dores e 7 alegrias de São José, então cada pessoa da comunidade de forma "espontânea", partilhou de uma dor e uma alegria que estaria vivendo nesse período:
Para finalizar o momento com São José, rezamos o ofício de São José:

Nossa tarde terminou com a Oração das Vésperas:
Salve Rainha:
"Tomei por advogado e senhor ao Glorioso São José, e muito me encomendei a Ele. Claramente vi que desta necessidade, como de outras maiores referentes à honra e à perda da alma, esse pai e senhor meu salvou-me com maior lucro do que eu lhe sabia pedir. Não me recordo de lhe haver até agora, suplicado graça que tenha deixado de obter. Coisa admirável são os grandes favores que Deus me tem feito por intermédio desse Bem-Aventurado Santo, e os perigos de que me tem livrado, tanto de corpo como da alma. A outros santos o Senhor parece ter dado graça para socorrer numa determinada necessidade. Ao Glorioso São José tenho experiência de que socorre em todas. O Senhor quer dar a entender com isto que assim como lhe foi submisso na terra, onde São José na qualidade de pai adotivo, o podia mandar, assim no Céu atende a todos os seus pedidos. Por experiência, o mesmo viram outras pessoas a quem eu aconselhava encomendar-se a ele. Hoje há muitas que lhe são devotas e experimentam cada dia esta verdade."(V 6,6)
Como filhos e filhas de Nossa Santa Madre Teresa de Jesus, que possamos também nos encomendar a esse Glorioso Santo. Coloquemos para ele, nossas dores e alegrias, as partilhadas em nossa reunião e também aquelas que guardamos em nosso coração, bem como de nossos irmãos que não poderam ir nesse dia.
São José, valei-nos e rogai por nós!!

Oração de Santa Madre Teresa de Jesus - 7

"Não quero saber do mundo nem de coisa que proceda dele. Nem acho prazer em parte alguma fora de Vós. Tudo o mais é para mim pesada cruz. Bem posso estar enganada em meus sentimentos, talvez fale iludida. Vós, Meu Senhor, sabeis que não minto. Temo, e com muita razão, que de novo me abandoneis. Sei até onde vai minha valentia e pouca virtude, quando me deixais de confortar e ajudar para que eu não me afaste de vós. Praza a Vossa Majestade que eu agora mesmo, sentindo o que acabo de dizer, eu não esteja afastada de Vós." (V 6,9)

Este é meu Filho muito Amado.

Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Santo Efrém (c. 306-373), diácono na Síria, Doutor da Igreja
Opera Omnia, p. 41 (a partir da trad. Brésard, 2000 ans C, p. 292)
Simão Pedro diz: «Senhor, é bom estarmos aqui». Que dizes, Pedro? Se ficarmos aqui, quem realizará então o que predisseram os profetas. Quem confirmará as palavras dos arautos? Quem levará a bom termo os mistérios dos justos? Se ficarmos aqui, a quem se referirão as palavras: «Trespassaram as Minhas mãos e os Meus pés»? A quem se aplicarão as afirmações: «Repartiram entre si as Minhas vestes e deitaram sortes sobre a Minha túnica»? (Sl 21, 17.19; Jo 19, 24). Quem realizará o anúncio do salmo: «Deram-Me fel, em vez de comida, e vinagre, quando tive sede»? (68, 22; Mt 27, 34; Jo 19, 29) Quem dará vida à expressão: «Estou abandonado entre os mortos»? (Sl 87,6) Como se consumarão as Minhas promessas, como construiremos a Igreja?
E Pedro diz mais: façamos «aqui três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias». Enviado para erigir a Igreja no mundo, Pedro quer levantar três tendas na montanha. Ainda não vê a Cristo senão como homem e classifica-O juntamente com Moisés e com Elias. Mas Jesus em breve lhe mostra que não precisa de tenda. Fora Ele que, durante quarenta anos, erguera para os Patriarcas uma tenda de nuvem, enquanto eles permaneciam no deserto (Ex 40, 34).
«Ainda ele estava a falar, quando uma nuvem luminosa os cobriu com a sua sombra». Vês, Simão, esta tenda montada sem esforço? Ela afasta o calor sem comportar as trevas, é uma tenda brilhante e resplandecente! Enquanto os discípulos estão surpresos, uma voz vinda do Pai faz-Se ouvir da nuvem: «Este é o Meu Filho muito amado, no qual pus todo o Meu agrado. Escutai-o.» [...] O Pai ensinava aos discípulos que a missão de Moisés estava concluída: de então em diante é ao Filho que deverão escutar. O Pai, na montanha, revelava aos apóstolos aquilo que ainda lhes estava oculto: «Aquele que é» revelava «Aquele que é» (Ex 3, 14), o Pai dava a conhecer o Seu Filho.

sábado, 19 de março de 2011

Oração de Santa Madre Teresa de Jesus - 6

"Ao Senhor devemos todos os benefícios que nos fazem e, entretanto, temos por virtude não romper uma amizade, ainda quando seja causa de ir contra Vós. Ó cegueira do mundo! Oxalá fôsseis servido, Senhor, que eu tivesse sido muito ingrata contra todos, porém, não contra Vós no mínimo ponto. Mas foi tudo ao revés, por meus pecados." (V 5,4)

A vocação de São José.

Comentário ao Evangelho do dia feito por :
São Josemaría Escrivá de Balaguer (1902-1975), presbítero, fundador
Homilia de 19/03/63 in «Cristo que passa», §§ 54-56
Para São José, a vida de Jesus foi uma contínua descoberta da sua vocação. [...] Aqueles primeiros anos [foram] cheios de circunstâncias aparentemente contraditórias: glorificação e fuga, majestade dos magos e pobreza da gruta, canto dos Anjos e silêncio dos homens. Quando chega o momento de apresentar o Menino no Templo, José, que leva a modesta oferenda de um par de rolas, vê como Simeão e Ana proclamam que Jesus é o Messias. «Seu pai e Sua mãe ouviram com admiração», diz São Lucas (2, 33). Mais tarde, quando o Menino fica no templo sem que Maria e José o saibam, ao encontrá-Lo de novo depois de O procurarem três dias, o mesmo evangelista narra que «se maravilharam» (2, 48).
José surpreende-se, José admira-se. Deus vai-lhe revelando os Seus desígnios e ele esforça-se por compreendê-los. Como toda a alma que quer seguir de perto Jesus, rapidamente descobre que não é possível andar com passo ronceiro, que não pode viver da rotina. Porque Deus não Se conforma com a estabilidade num nível conseguido, com o descanso no que já se tem. Deus exige continuamente mais e os Seus caminhos não são os nossos caminhos humanos. São José, como nenhum outro homem antes ou depois dele, aprendeu de Jesus a estar atento para conhecer as maravilhas de Deus, a ter a alma e o coração abertos.
Mas, se José aprendeu de Jesus a viver de um modo divino, atrever-me-ia a dizer que, no aspecto humano, ensinou muitas coisas ao Filho de Deus. [...] José amou Jesus como um pai ama o seu filho, dando-Lhe tudo que de melhor tinha. José, cuidando daquele Menino como lhe tinha sido ordenado, fez de Jesus um artesão: transmitiu-Lhe o seu ofício. [...] José foi, no aspecto humano, mestre de Jesus; conviveu com Ele diariamente, com carinho delicado, e cuidou dele com abnegação alegre. Não será esta uma boa razão para considerarmos este varão justo (Mt 1, 19), este Santo Patriarca, no qual culmina a Fé da Antiga Aliança, Mestre de vida interior?

sexta-feira, 18 de março de 2011

Oração de Santa Madre Teresa de Jesus - 5

" Em quem Senhor, poderiam estas Vossas misericórdias resplandecer como em mim, que tanto obscureci com as minhas más obras as grandes graças, que logo me começastes a fazer? Ai de mim, Criador meu! Se quero encontrar desculpa, nenhuma tenho, nem posso culpar outrem senão a mim! Para pagar alguma coisa do amor que me começastes a mostrar, eu deveria ter empregado o meu amor só em vós. Teria sido o remédio para todo o mal. Não o mereci, nem tive tal ventura.. Valha-me agora, Senhor, vossa misericórdia." (V 4,4)

Vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão.

Comentário ao Evangelho do dia feito por :
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia, depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Homilia sobre a traição de Judas, 6; PG 49, 390 (a partir da trad. Delhougne, Les Pères commentent, p. 96)
Escuta o que diz o Senhor: «Se fores, portanto, apresentar uma oferta sobre o altar e ali te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão; depois, volta para apresentar a tua oferta.» Perguntarás : «Deixarei a oferta e o sacrifício diante do altar?» E Ele responde : «Com certeza, porque o sacrifício é oferecido precisamente para viveres em paz com o teu irmão.» Assim, pois, se o objetivo do sacrifício é a paz com o teu próximo, e tu não salvaguardas a paz, de nada serve participares no sacrifício, nem sequer com a tua presença. A primeira coisa que tens a fazer é restabelecer a paz, essa paz pela qual, repito, é oferecido o sacrifício. Então tirarás bom proveito deste.
Porque o Filho do Homem veio ao mundo reconciliar a humanidade com Seu Pai. Como diz Paulo, «Agora, Deus reconciliou todas as coisas Consigo» (Col 1, 22), «levando em Si próprio a morte à inimizade» (Ef 2, 16). É por isso que Aquele que veio trazer a paz nos proclama bem-aventurados se seguirmos o Seu exemplo, e nos dá o Seu nome como herança: «Bem-aventurados os obreiros da paz, porque serão chamados filhos de Deus» (Mt 5, 9). Portanto, realiza tu, na medida das possibilidades da natureza humana, aquilo que fez Cristo, o Filho de Deus. Faz reinar a paz entre os outros como ela reina em tua casa. Não é verdade que Cristo dá o nome de filhos de Deus aos amigos da paz? É por isso que a única disposição que quer de nós quando vamos apresentar um sacrifício é que estejamos reconciliados com os nossos irmãos, mostrando-nos assim que a caridade é a maior de todas as virtudes.

16/03/11-ENCONTRO DOS DEVOTOS DO ESCAPULÁRIO DO CARMO

TEMA:




A Ana Stela iniciou com a oração: depondo nossas mãos nas da Virgem Maria, entregamos a esta amada Mãe, nossos propósitos, intenções e agradecimentos.

A palestra foi ministrada pela Cláudia, que nos entregou material explicativo sobre a estória de Nossa Senhora dos Remédios. Segue trecho:

“No final do século 11, os árabes invadiram Jerusalém e passaram a hostilizar os cristãos que visitavam a Terra Santa. Diante disso, a Europa lançou mão das Cruzadas, uma série de expedições militares ao Oriente Médio, que se sucederam de 1096 a 1272, reunindo vários países, para incorporar essa região ao Ocidente e à fé cristã.

A Ordem da Santíssima Trindade ou dos Trinitários tinha caráter assistencial, no sentido de resgatar prisioneiros cristãos junto aos muçulmanos. Fundada na França por São João Mata, no final do século 12, foi quem introduziu a devoção a N. S. dos Remédios, no início do século 13.

Diz a crônica religiosa que S. João Mata se viu em dificuldades para reunir os fundos necessários à finalidade de sua Ordem, foi quando ele tomou Nossa Senhora como patrona do levantamento de recursos para sua causa, e os resultados foram tão impressionantes que, em pouco tempo, a Ordem dos Trinitários se tornou uma das mais ricas da Europa, trazendo milhares de cristãos aprisionados do Oriente.

Em gratidão por essa ajuda, o Santo homenageou a Virgem Maria com o título de N. S. do Bom Remédio ou, como ficou conhecida em Portugal, N. S. dos Remédios; sendo que remédio, nesse título – e nesse contexto histórico – não significa medicamento, mas solução para situações difíceis”.

Logo após rezarmos a Coroa da Imaculada Conceição (intercedemos por todos os membros e parentes doentes da Comunidade, bem como pelas necessidades do Japão e do mundo inteiro, e pelas almas do purgatório) a Efigênia avisou que no dia 26/03/11, às 14 h 30 m, teremos formação na Ermida de São José, com a presença de Frei Alzenir; e também rezou uma oração a N. S. dos Remédios, que a Mônica nos enviou, o autor é Marcus Dodt, um parente já falecido da Mônica:

“Ó Santa Senhora da Cura

Ó Mãe Maria de Amor,

Socorre teu Filho, Mãe Pura,

De Grave Mal Portador.

Lembra-me ser Paciente,

Seguro na Resignação;

Que Eu Mereça, por Presente,

Tua Luz e Proteção.

Que o Remédio Teu me Cure,

Da Doença Corporal,

Mas em Mim Sempre Perdure,

A Saúde Espiritual”.

No sorteio do mês, quem levou a imagem da Virgem do Carmo Peregrina para casa foi o Flávio.

Cantamos a Salve Regina, e nos despedimos. No coração, muita alegria por todas as bênçãos e graças que Deus nos concede por meio da intercessão de sua Mãe.

Em abril o tema do Encontro será “Nossa Senhora Rainha da Paz”. Até lá!!!


Abraços fraternais,
Ceane Ribeiro (Mariana José de Jesus Mazurek, ocds)
"Jesus, Maria, José, eu vos amo, salvai almas!"

quinta-feira, 17 de março de 2011

Oração de Santa Madre Teresa de Jesus - 4

"Ó sumo Bem e descanso meu, as graças que me havíeis feito até aqui seriam suficientes para que eu fosse crescendo em vosso serviço. Vossa piedade e grandeza me trouxeram por tantos caminhos a estado tão seguro e à casa onde tínheis muitas servas, com as quais eu poderia aprender bons ensinamentos. Não sei como prosseguir, quando relembro as circunstâncias de minha profissão, a grande determinação, a alegria com que a fiz e o desposório que contraí Convosco. Isto não posso dizer sem lágrimas. Justo seria que fossem de sangue e que se me despedaçasse o coração. Não seria demasiado sentimento pelo muito que depois vos ofendi. Parece-me agora que eu tinha razão de não querer tão grande dignidade, pois tão mal havia se servir-Vos nela. Vós , porém, Senhor meu, em quase vinte anos que abusei deste favor, quisestes ser o agravado, o ofendido, para que eu um dia melhorasse. Dir-se-ia, meu Deus, que não prometi guardar coisa alguma do que Vos havia prometido. Não era este o meu propósito, mas depois foi tal o meu procedimento, que não sei qual era a minha intenção. Isto revela mais quem sois Vós. Esposo meu, e quem sou eu. Verdade é certamente, que a dor de minhas grandes infidelidades é mitigada pela felicidade que sinto, pois revelam a multidão das Vossas misericórdias." (V 4,3).

Pedi, procurai, batei!!

Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Guilherme de Saint-Thierry (c. 1085-1148), monge beneditino, mais tarde cisterciense
A Contemplação de Deus, 5 (a partir da trad. Pain de Cîteaux n.º 23, p. 55 rev.)
Apressa-Te, Senhor, não Te demores mais; com efeito, a graça da Tua sabedoria tem os seus atalhos: aonde nenhum edifício de argumentação ou de discussão racional pode dar acesso (e refiro-me à completa fruição do Teu amor), ali se encontra de repente aquele que de Ti recebeu toda a graça, aquele que procura com afinco, aquele que bate com insistência. E, se me acontece experimentar qualquer laivo dessa alegria, Senhor ― o que é raro ―, dou por mim a gritar: «Mestre, como é bom estar aqui! Levantemos três tendas (Mt 17, 4): uma para a Fé, outra para a Esperança e outra para a Caridade!»
Saberei eu o que digo quando me ponho a gritar «Senhor, como é bom estar aqui!»? Porque, de repente, caio por terra como morto; olho em volta sem ver nada e volto a dar por mim onde estava dantes: na dor do coração e na aflição da alma. «Até quando, Senhor, até quando?» (Sl 13 (12), 2). Durante quanto tempo ainda guardarei estas ideias no meu íntimo, esta dor no coração todo o santo dia? Durante quanto tempo poderá o Teu Espírito prolongar a Sua morada no homem que é carne, Ele que vem, que vai e que sopra onde quer (Jo 3, 8)? E apesar disso, quando o Senhor resgatar Sião do cativeiro, chegará a nossa consolação e a nossa boca se encherá de júbilo (Sl 126 (125), 2). E a verdade da Tua consolação e a consolação da Tua verdade responderá bem lá no fundo do meu ser: «Há o amor pelo desejo e o amor pela posse; por vezes, o amor pelo desejo merece alcançar a visão, a visão a posse, e a posse a perfeição da caridade».

quarta-feira, 16 de março de 2011

Oração de Santa Madre Teresa de Jesus - 3

"Valha-me Deus! Por que caminhos Sua Majestade andava dispondo-me para o estado em que quis servir-se de mim! Bem posso dizer que foi contra a minha vontade que me levou a fazer violência a mim mesma! Seja bendito para sempre. Amém." (V 3,6).

Eles converteram-se em resposta à proclamação feita por Jonas.

Comentário ao Evangelho do dia feito por :
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Homilias sobre a conversão pronunciadas no seu regresso do campo, nº1 (a partir da trad. DDB 1978, p. 27)
Evitemos perder toda a esperança, mas evitemos igualmente ceder facilmente à indolência. [...] O desespero impede quem cai de se voltar a levantar, e a indolência faz cair quem está de pé. [...] Se a presunção nos faz cair do alto dos céus, o desespero lança-nos no abismo infinito do mal, enquanto que basta um pouco de esperança para nos arrancar a ele. [...]
Foi assim que Ninive foi salva. Contudo, a sentença divina pronunciada contra os Ninivitas era de natureza a mergulhá-los no desalento, porque ela não dizia: «Se vos arrependerdes, sereis salvos», mas simplesmente: «Dentro de três dias, Ninive será destruída» (Jon, 3, 4). Mas nem as ameaças do Senhor, nem as imposições do profeta, nem a própria severidade da sentença [...] fizeram dobrar a sua confiança. Deus quer que tiremos uma lição desta sentença imposta sem condições a fim de que, instruídos por este exemplo, resistamos tanto ao desespero como à passividade. [...] Por outro lado, a benevolência divina não Se manifesta apenas pelo perdão concedido aos Ninivitas arrependidos [...]: o prazo concedido atesta igualmente a Sua bondade inexprimível. Parece-vos que três dias seriam suficientes para apagar tanta iniquidade? A benevolência de Deus brilha por trás destas palavras; de resto, não é ela o artífice principal da salvação de toda a cidade?
Que este exemplo nos preserve de todo o desespero. Porque o diabo considera esta fraqueza como a sua arma mais eficaz e, depois de termos pecado, não saberíamos dar-lhe maior prazer do que perdendo a esperança.

terça-feira, 15 de março de 2011

Oração de Santa Madre Teresa de Jesus - 2

"Ó Meu Deus, quão grande mal causa no mundo não levar em conta esta verdade, e imaginar que alguma coisa possa ficar secreta diante de Vós! Tenho por certo que se evitariam muitos males se entendêssemos, que o principal não está em nos acautelar contra os homens, mas em nos precaver de descontentar a Vós." (V 2,7)

Pai Nosso!

Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Bem aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
Oração: Frescura de uma Fonte, com o Ir. Roger de Taizé (trad. Isabel Figueiredo e Silva) cap.11, pp. 69-70.
Só há uma voz que se eleva à face da terra: a voz de Cristo. Esta voz reúne e coordena, em Si mesma, todas as vozes que se elevam em oração. Rezar: muitas pessoas não sabem como fazer. Muitas não ousam fazê-lo e muitas não o querem fazer. Na comunhão dos santos, nós agimos e rezamos por elas.
Rezamos em nome daqueles que não rezam. A oração deveria tornar-se a nossa «profissão». Os Apóstolos compreenderam-no na perfeição: quando se aperceberam de que se arriscavam a perder-se na multiplicidade de atividades, decidiram dedicar-se à oração contínua e ao ministério da Palavra (At 6, 4). [...]
[Deus] permite que falhemos, mas não quer o desânimo. Quer que sejamos cada vez mais como crianças, mais humildes, mais reconhecidos na oração e que não tentemos rezar sós, pois todos pertencemos ao Corpo místico de Cristo, que está sempre em oração. Não se trata de «eu rezo» mas de, em mim e comigo, Jesus rezar e, assim, é o Corpo de Cristo que reza.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Orações feitas por Santa Madre Teresa de Jesus - 1


"Aflige-me, Senhor, dizer isto. Sei que toda a culpa foi minha. Vejo que nada poupastes para que, desde essa idade, eu fosse Vossa. Queixar-me de meus pais, também não posso, porque neles só via grande virtude e preocupação com o meu bem. Entretanto, crescendo em idade, comecei a entender as graças naturais que o Senhor me havia dado. Diziam que eram muitas; ao invés de ser grata, usei-as todas para o ofender."(V 1,8)

Vinde, benditos de Meu Pai!

Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Homilia atribuída a Santo Hipólito de Roma (170?-235), presbítero e mártir
Tratado sobre o Fim do Mundo, 41-43; GCS I, 2, 305-307 (a partir da trad. Delhougne, Les Pères Commentent, p. 159)
«Vinde, benditos de meu Pai, recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Vinde, vós que tendes amado os pobres e os imigrantes. Vinde, vós que tendes sido fiéis ao Meu amor, a Mim que sou o amor. [...] Eis que o Meu Reino está preparado e o Meu céu aberto, e que a Minha imortalidade aparece em todo o seu esplendor. Vinde todos e recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo.»
Então — que maravilha! — os justos surpreender-se-ão por serem convidados a aproximar-se como amigos d'Aquele que as hostes angélicas não podem sequer ver com clareza, e inquirirão junto d'Ele com voz decidida: «Senhor, quando foi que Te vimos? Tu tinhas fome, e nós demos-Te de comer? Mestre, Tu tinhas sede, e nós demos-Te de beber? Estavas nu, e nós vestimos-Te? A Ti, que nós veneramos? A Ti, o Imortal, quando Te vimos nós peregrino e Te recolhemos? A Ti, que amas os homens, quando Te vimos nós doente ou na prisão, e Te visitamos? Tu és o Eterno. Tu não tens começo, és um com o Pai e co-eterno com o Espírito. Tu criaste tudo do nada, Tu, o Rei dos Anjos, a quem os abismos temem. Tu tens por manto a luz (Sl 104 (103), 2). Tu fizeste-nos e modelaste-nos da terra (Gn 2, 7), Tu, que criaste os seres invisíveis. A Terra inteira foge para longe da Tua face (Ap 20, 11). Como acolhemos nós a Tua realeza e soberania?» E o Rei dos reis lhes responderá: «Sempre que fizestes isto a um destes Meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes. Sempre que acolhestes e vestistes todos estes pobres de que falei, e lhes destes de comer e de beber, a eles que são Meus membros (1Cor 12, 12), a Mim mesmo o fizestes. Mas vinde para o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Desfrutareis eternamente dos bens de Meu Pai que está nos céus e do Santíssimo Espírito que dá a vida».
E que língua poderá então descrever tais benefícios? «Nem os olhos viram, nem os ouvidos escutaram, nem jamais passou pelo pensamento do homem o que Deus preparou para aqueles que O amam» (1Cor 2, 9).

domingo, 13 de março de 2011

Enquete sobre a vinda dos frades

Há no blog da Ordem dos Carmelitas Descalços uma enquete de onde deverá ser a fundação achei por bem informar para que possamos fazer nosso voto.

acesse aqui

Alimentar-se da Palavra que sai da boca de Deus.

Comentário ao Evangelho do dia feito por :
São Máximo de Turim (? - c. 420), bispo
Sermão 16; PL 57, 561, CC Sermão 51, p. 206 (a partir da trad. Migne 1996, p. 85 rev.)
O Salvador responde ao diabo: «Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus». O que quer dizer: «Não vive do pão deste mundo, nem do alimento material dos quais te serviste para enganar Adão, o primeiro homem, mas da Palavra de Deus, do Seu Verbo, que contém o alimento da vida celestial». Ora, o Verbo de Deus é Cristo Nosso Senhor, como diz o evangelista: «No princípio existia o Verbo; o Verbo estava em Deus» (Jo 1, 1). Por conseguinte, todo aquele que se alimenta da palavra de Cristo já não necessita de alimento terreno. Porque quem se renova com o pão do Senhor não pode desejar o pão deste mundo. Efetivamente, o Senhor tem o Seu próprio pão, ou melhor, o Salvador é Ele próprio pão, como nos ensina com estas palavras: «Eu sou o pão que desceu do Céu» (Jo 6, 41). É a este pão que o profeta chama «o pão que lhe robustece as forças» (Sl 103, 15).
Que me importa o pão que oferece o diabo, quando tenho o pão em que comungo com Cristo? Que me importa o alimento [...] por causa do qual o primeiro homem perdeu o Paraíso, Esaú o direito de primogenitura [...] (Gn 25, 29ss.), que designou Judas Iscariotes como traidor (Jo 13, 26ss.)? Com efeito, Adão perdeu o Paraíso devido ao alimento, Esaú perdeu o seu direito de primogenitura por um prato de lentilhas, e Judas renunciou à sua condição de apóstolo por um punhado de moedas; porque, no momento em que o tomou, deixou de ser apóstolo para se tornar traidor. [...] O alimento que devemos tomar é aquele que abre o caminho ao Salvador, não ao diabo, o que transforma quem o toma em proclamador da fé e não em traidor.
O Senhor tem razão em dizer, neste tempo de jejum, que é o Verbo de Deus que alimenta, para nos ensinar que não devemos viver os nossos jejuns preocupados com o mundo, mas lendo os textos sagrados. Com efeito, o que se alimenta das Escrituras esquece a fome do corpo; o que se alimenta do Verbo celestial esquece a fome. Eis o alimento que alimenta a alma e alivia o faminto [...], que confere a vida eterna e afasta de nós as armadilhas das tentações do diabo. A leitura dos textos sagrados é vida, como afirma o Senhor: «As palavras que vos disse são espírito e são vida» (Jo 6

sábado, 12 de março de 2011

Não foram os justos que Eu vim chamar ao arrependimento, mas os pecadores.

Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Richard Rolle (c. 1300-1349), eremita inglês
Canto de amor, 7 32 (a partir da trad. SC 168, p. 357/Orval rev.)
Cristo na cruz clama em alta voz. [...] Oferece a paz, dirige-se a ti, desejoso de te ver abraçar o amor [...]: Contempla isto, bem amado! Eu, o Criador sem limites, desposei a carne para ser capaz de nascer de uma mulher. Eu, Deus, apresentei-Me aos pobres como o seu companheiro. Escolhi uma mãe humilde. Comi com publicanos. Os pecadores não Me inspiraram aversão. Suportei os perseguidores. Fiz a experiência do chicote, e «rebaixei-Me a Mim mesmo até à morte e morte de cruz» (cf Fil 2, 8). «Que mais poderia Eu fazer [...] que não tenha feito?» (Is 5, 4) Abri o Meu lado à lança. Deixei que trespassassem as Minhas mãos e os Meus pés. Porque não olhas para o Meu corpo ensanguentado? Porque não dás atenção à Minha cabeça inclinada (Jo 19, 30)? Aceitei ser contado entre o número dos condenados e, submerso em sofrimentos, morri por ti, para que tu vivesses para Mim. Se não te preocupas contigo, se não procuras libertar-te das teias da morte, pensa, pelo menos agora, em Mim que derramei por ti o tão precioso bálsamo do Meu próprio sangue. Olha-Me no momento da morte, e detém essa tua tendência para o pecado. Sim, cessa de pecar: custaste-Me demasiado caro!
Por ti encarnei, por ti também nasci, por ti submeti-Me à Lei, por ti fui batizado, menosprezado pelas injúrias, detido, amarrado, coberto de escarros, escarnecido, chicoteado, ferido, pregado à cruz, dessedentado com vinagre, e por último imolado por ti. O Meu lado está aberto: agarra o Meu coração. Corre, abraça-Me: ofereço-te um beijo. Adquiri-te como parte da Minha herança, de modo que nenhum outro te possuísse. Entrega-te todo inteiro a Mim, pois Eu entreguei-me todo inteiro a ti.

quinta-feira, 10 de março de 2011

O caminho que conduz Cristo à Sua Glória.

Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Santo Anastácio de Antioquia, monge e depois patriarca de Antioquia, 549-570 e 593-599
Homilia 4 sobre a Paixão; PG 89, 1347 (a partir da trad. breviário)
«Eis que subimos a Jerusalém. O Filho do Homem será entregue nas mãos dos pagãos, dos sumos-sacerdotes e dos escribas para ser flagelado, humilhado e crucificado» (cf Mt 20,18). Ao dizer isto aos Seus discípulos, Cristo anunciava o que estava de acordo com a predições dos profetas, pois eles tinham previsto a Sua morte, e que esta teria lugar em Jerusalém. [...] Compreendemos porque é que o Verbo de Deus que, de outra forma não sofreria, teve de suportar a Paixão; porque o homem não podia ter sido salvo de outra forma. Só Ele o sabia, assim como aqueles a quem Ele o revelara. De fato, Ele sabia tudo o que vem do Pai, porque o «Espírito penetra até às profundezas dos mistérios divinos» (1Cor 2, 10).
«Era necessário que Cristo sofresse» (Lc 24, 26): era completamente impossível que a Paixão não tivesse acontecido, como Ele próprio afirmou quando chamou «lentos a acreditar» e «sem inteligência» àqueles que não sabiam que Cristo tinha de sofrer assim para entrar na Sua Glória (Lc 24, 25). De fato, Ele veio para salvar o Seu povo, renunciando à «glória que tinha junto do Pai antes do início do mundo» (Jo 17, 5). Esta salvação era a perfeição que devia concretizar-se pela Paixão, e que será atribuída ao autor da nossa vida, segundo o ensinamento de São Paulo: «Ele foi o autor da nossa vida ao atingir a perfeição através dos Seus sofrimentos» (Heb 2, 10).
Vemos como a glória de Filho Único, da qual tinha sido afastado durante algum tempo em nosso favor, Lhe foi devolvida pela cruz na carne que Ele tinha adotado. São João afirma-o de fato no seu Evangelho, quando explica que foi sobre esta água que o Salvador disse que «brotaria como um rio do coração do crente. Ora, ao dizer isto, Ele falava do Espírito Santo que haviam de receber aqueles que acreditassem nEle. De fato, o Espírito Santo não tinha ainda sido dado, porque Jesus não tinha entrado ainda na Sua glória» (Jo 7, 38-39). Aquilo a que Ele chama a Sua glória é a Sua morte na cruz. Esta é a razão pela qual o Senhor, quando rezava antes de padecer na cruz, pedia ao Pai para Lhe dar esta «glória que Ele tinha junto dEle antes do início do mundo».