sábado, 10 de abril de 2010

2º Domingo da Páscoa ou Domingo da Misericórdia Divina


MISERICÓRDIA
Miseri - Sofrimento
Cordis - Coração

No dia 22 de fevereiro de 1931, Ir. Maria Faustina Kowalska, apóstola e mensageira da Misericórdia Divina, recebeu o seguinte pedido de Jesus:


"Pinta uma Imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: “Jesus, eu confio em vós” (Diário, 47). "Quero que Ela seja benta solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse Domingo deve ser a Festa da Misericórdia" (Diário, 49).

O conteúdo desta Imagem está intimamente ligado à Liturgia do segundo Domingo da Páscoa. Com efeito, o Evangelho deste dia narra a aparição de Jesus ressuscitado no Cenáculo e a instituição do Sacramento da Reconciliação (Jo 20, 19-29). Esta união está ainda sublinhada pela Novena, com o Terço da Misericórdia Divina, começando na Sexta-Feira Santa.

A Imagem representa Jesus Ressuscitado trazendo a nós a paz pela remissão dos pecados, pelo preço da Sua Paixão e Morte na Cruz. Os raios do Sangue e da Água que brotam do Coração (invisível na Imagem), transpassado por uma lança, e as cicatrizes das chagas da crucifixão relembram os acontecimentos da Sexta-Feira Santa (Jo 19, 17-18. 33-37). A Imagem de Jesus Misericordioso une, então, estes dois acontecimentos evangélicos que mais plenamente falam sobre o amor de Deus para com o ser humano; além de se constituir também um sinal para recordar o dever cristão da confiança em Deus misericordioso e de um amor concreto ao próximo.

A Santa Igreja estabeleceu ainda que o Domingo da Misericórdia Divina seja enriquecido com a Indulgência Plenária nas habituais condições (confissão sacramental, comunhão eucarística e orações segundo a intenção do Sumo Pontífice), concedendo-a ao fiel que, no segundo Domingo da Páscoa, em qualquer igreja ou oratório, livre de todo pecado, também venial, participe nas práticas de piedade em honra da Misericórdia Divina, ou pelo menos recite, na presença do Santíssimo Sacramento da Eucaristia, publicamente exposto ou guardado no Tabernáculo, o Pai- nosso e o Credo, juntamente com uma invocação piedosa ao Senhor Jesus Misericordioso (por exemplo: “Ó Jesus Misericordioso, eu confio em vós”).

Concede-se a Indulgência parcial ao fiel que, pelo menos com o coração contrito, eleve ao Senhor Jesus Misericordioso uma das invocações piedosas legitimamente aprovadas (Decreto “Misericors et miserator”, 5 de maio de 2000).
  • O mundo contemporâneo só encontrará a verdadeira paz e salvação, quando se deixar envolver pela misericórdia apresentada por Jesus na parábola do filho pródigo, e entender que o amor de Deus é capaz de debruçar-se sobre todos os filhos e filhas pródigos, sobre qualquer miséria humana e, especialmente, sobre toda miséria moral, sobre o pecado.
  • O essencial do culto da Misericórdia de Deus consiste na atitude cristã de total confiança em Deus e no amor efetivo ao próximo. Mais do que muitas palavras devemos cultivar uma confiança inabalável em Deus misericordioso e tornar-nos cada vez mais misericordiosos e solidários, sobretudo para com os mais desprotegidos…

“Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt 5, 7).

Abraços,
Ceane Ribeiro (Mariana José de Jesus Mazurek, ocds)

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