domingo, 1 de maio de 2011

Mostrou-lhes as mãos e o peito.


Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Celebração eucarística em sufrágio de João Paulo II
Regina Caeli de 3 de Abril de 2005, o dia seguinte ao falecimento de João Paulo II (trad. © Libreria Editrice Vaticana)
O Papa João Paulo II tinha indicado o tema da meditação para o Regina Caeli do 2º Domingo de Páscoa, o Domingo da Divina Misericórdia. No final da concelebração eucarística presidida pelo Cardeal Angelo Sodano na Praça de São Pedro, Mons. Leonardo Sandri proferiu as seguintes palavras, antes de ler o texto do Santo Padre: «Fui encarregado de vos ler um texto preparado por indicação do Santo Padre João Paulo II. [...]»

Caríssimos Irmãos e Irmãs!
Hoje ressoa igualmente o alegre Aleluia da Páscoa. A hodierna página do Evangelho de João sublinha que o Ressuscitado, na tarde daquele dia, apareceu aos Apóstolos e «mostrou-lhes as mãos e o lado» (Jo 20, 20), isto é, os sinais da dolorosa paixão impressos de modo indelével no Seu corpo mesmo depois da ressurreição. Aquelas chagas gloriosas, que oito dias depois deu a tocar ao incrédulo Tomé, revelando a misericórdia de Deus que «tanto amou o mundo que lhe deu o seu Filho unigénito» (Jo 3, 16). Este mistério da morte está no centro da hodierna liturgia do Domingo in Albis, dedicado ao culto da Divina Misericórdia.
À humanidade, que no momento parece desfalecida e dominada pelo poder do mal, do egoísmo e do medo, o Senhor ressuscitado oferece como dom o seu amor que perdoa, reconcilia e abre novamente o ânimo à esperança. Quanta necessidade tem o mundo de compreender e de acolher a Divina Misericórdia! Senhor, que com a Tua morte e ressurreição revelas o amor do Pai, nós cremos em Ti e com confiança Te repetimos no dia de hoje: Jesus eu confio em Ti, tem misericórdia de nós e do mundo inteiro.
A solenidade litúrgica da Anunciação, que celebraremos amanhã, leva-nos a contemplar com os olhos de Maria o imenso mistério deste amor misericordioso que sai do Coração de Cristo. Ajudados por Ela, possamos compreender o sentido verdadeiro da alegria pascal, que se fundamenta nesta certeza: Aquele que a Virgem trouxe em seu ventre, que sofreu e morreu por nós, ressuscitou verdadeiramente. Aleluia!

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