quinta-feira, 7 de junho de 2012

Beata Ana de São Bartolomeu, rogai por nós!!

Recordamos hoje uma das primeiras carmelitas descalças, grande amiga de Santa Teresa, e sua enfermeira até à morte.
Nasceu em Almendral, aldeia de Ávila, no ano 1549. Quando tinha apenas dez anos, morreram seus pais, ficando ao cuidado dos irmãos que lhe deram o ofício de pastora, confiando-lhe o rebanho para guardar.
Não se preocuparam os irmãos em ensiná-la a ler e escrever. Porém, na sua Autobiografia, esta bem-aventurada Carmelita conta-nos que nas longas horas que passava na guarda do rebanho, vinha o Menino Jesus ensiná-la a compreender os mistérios da vida e da fé.
Ana sentiu-se, na sua juventude, atacada por uma doença que quase a vitimou. Encomendou-se a S. Bartolomeu e recobrou saúde. Entrou no convento de S. José de Ávila e tomou o nome de Ana de S. Bartolomeu. Aqui conheceu nosso pai S. João da Cruz que, juntamente com Santa Teresa de Jesus, lhe ensinaram o espírito carmelita.
Na noite de Natal de 1577, partiu Santa Teresa um braço. A partir de então, a Irmã Ana foi presença constante e companheira inseparável da Santa Madre, nos braços de quem Santa Teresa viria a morrer. Foi neste período, com vinte e oito anos, que a Irmã Ana aprendeu a ler e a escrever, imitando a letra da Santa, a fim de se tornar na secretária particular da Madre Fundadora e também sua confidente, sendo, por isso, a pessoa que melhor conheceu Santa Teresa.
Foi escolhida para integrar a primeira comunidade que fundou o Carmelo em França, no ano de 1604. Foi seu grande sofrimento, desde o primeiro dia, não poder ter junto de si os carmelitas. Quando estes, anos mais tarde, chegaram a França elegeram-na como fundadora do Carmelo na Bélgica, onde chegou no ano de 1612, fundando em Antuérpia.
Os príncipes e os senhores belgas estimavam a Irmã Ana como santa. A infanta Dª Isabel afirmava: «Antuérpia nada deve recear, pois a Irmã Ana de S. Bartolomeu é a nossa defesa, melhor que qualquer exército».
Assim era. Por três vezes, Maurício de Nassau tentou tomar a cidade sem o ter conseguido. Por isso, o povo, reconhecido, chamava à Irmã Ana «Defensora de Antuérpia».
Morreu em Antuérpia, no dia 7 de Junho de 1626, Solenidade da Santíssima Trindade. A cidade ainda hoje mantém viva a memória desta grande Carmelita.

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