quinta-feira, 6 de maio de 2010

Leite Virginal de Maria


Meu doce Jesus, no regaço de tua Mãe,
Tu me apareces todo radioso de Amor.
O Amor: eis o inefável mistério
Que te exilou da morada celeste...
Ah! Deixa que me esconda sob o véu
Que te oculta a todo olhar mortal,
E junto a ti, Estrela Matutina,
Encontrarei um prelúdio do Céu

Desde o despetar de uma nova aurora,
Quando do Sol se vê os primeiros raios,
A terna flor que começa a desabrochar
Espera do alto um bálsamo precioso.
É o salutar orvalho da manhã,
Repleto de um doce frescor,
Que produzindo uma seiva abundante,
Do fresco botão, faz entreabrir a flor.

És tu, Jesus, a flor apenas aberta;
Contemplo-te em teu primeiro despertar.
És tu, a Rosa deslumbrante,
O fresco botão rubro e gracioso,
Os braços tão puros de tua Mãe querida
Formam-te um berço, trono real.
Teu doce Sol é o seio de Maria,
E teu orvalho é o Leite Virginal!...

Meu Amado, meu divino pequeno irmão,
Nos teus olhos, vejo todo o futuro.
Por mim, bem depressa, deixarás tua Mãe,
Pois o Amor já te impele a sofrer.
Mas, sobre a Cruz, oh, Flor desabrochada!
Eu reconheço teu perfume matinal;
Eu reconheço o orvalho de Maria.
Teu sangue divino é o Leite Virginal!...

Este Orvalho se esconde no Santuário.
O Anjo dos Céus o contempla admirado,
Oferecendo a Deus sua sublime prece.
Como São João ele diz: "Ei-lo aqui"!
Sim. Ei-lo aqui, este Verbo feito Hóstia,
Pontífice eterno, Cordeiro sacerdotal.
O Filho de Deus é o Filho de Maria,
O Pão dos Anjos é o Leite Virginal.

O Serafim se nutre da glória,
No Paraíso, seu gozo é perfeito.
Eu, frágil criança, no cibório só vejo
A cor e a aparência do Leite.
Mas, é o Leite que convém à infância,
E de Jesus, o Amor é sem igual.
Oh, terno Amor! Insondável poder!
Minha Hóstia branca é o Leite Virginal!...
Santa Teresinha do Menino Jesus.

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