quinta-feira, 1 de julho de 2010

SANTOS E BEATOS CARMELITAS



JULHO:
09- Beata Giovanna Scopelli
13- Santa Teresa de Jesus dos Andes
16- Nossa Senhora do Carmo
17-Beata Teresa de Santo Agostinho e companheiras
20- Santo Elias
24- Beato João Soreth/ Beatas Maria Pilar, Teresa e Maria Ângeles
27- Beato Titus Brandsma



13 de Julho: Santa Teresa de Jesus dos Andes

Juanita Fernández Solar é a primeira chilena e a primeira carmelita americana elevada à honra dos altares. Nasceu em Santiago do Chile a 13 de Julho de 1900, no seio de uma família profundamente cristã. Foram seus pais Miguel Fernández e Lucía Solar.
Viveu uma infância marcada por uma intensa vida mariana, que foi um dos alicerces mais fortes da sua vida espiritual. O conhecimento e o amor à Mãe de Deus vivificaram e mantiveram todos os momentos do seu itinerário no seguimento de Cristo.
Fez os seus estudos no Colégio do Sagrado Coração (1907 - 1918). Profundamente afetiva, julgava-se incapaz de viver separada dos seus. No entanto, assumiu generosamente o sacrifício de estudar nos últimos três anos, em regime de internato, o que lhe serviu de ensaio para a separação definitiva consumada a 7 de Maio de 1919, ao entrar nas Carmelitas dos Andes.
Tinha sentido, aos catorze anos, a vocação para o Carmelo. Através da leitura dos Santos carmelitas, e da frequente correspondência com a Priora dos Andes, foi-se preparando para assumir a vida contemplativa. No Carmelo chamou-se Teresa de Jesus, não chegando a viver nem sequer um ano no convento. Morreu no dia 12 de Abril de 1920. As religiosas afirmavam que ela entrara já santa, de modo que, em tão breve tempo, pôde consumar o caminho de santidade iniciado muito a sério já antes da sua Primeira Comunhão.
Beatificada por João Paulo II em Santiago do Chile, a 3 de Abril de 1987, foi solenemente canonizada pelo mesmo Sumo Ponfífice, em Roma, no dia 21 de Março de 1993.
(Indicação: O Livro Novena à Santa Teresa de los Andes - Patrício Sciadini, 2006, Loyola - é uma oportunidade de mergulhar no amor de Deus seguindo os passos desta santa. Muito barato, custa entre R$ 3,00 e 5,00: imperdível!!!)


16 de Julho: Nossa Senhora do Carmo


"Ó Senhora do Carmo, revestido de vosso escapulário, eu vos peço que ele seja para mim sinal de vossa maternal proteção, em todas as necessidades, nos perigos e nas aflições da vida. Acompanhai-me com vossa intercessão, para que eu possa crescer na Fé, Esperança e Caridade, seguindo a Jesus e praticando Sua Palavra. Ajudai-me, ó Mãe querida, para que, levando com devoção vosso santo Escapulário, mereça a felicidade de morrer piedosamente com ele, na graça de Deus, e assim, alcançar a vida eterna. Amém."



20 de Julho: Santo Elias


Em tempos de Elias, meados do século IX a.C., a terra ocupada pelos hebreus — a mesma originariamente prometida por Deus a Moisés — estava dividida em dois reinos: Israel e Judá. O reino do Norte, Israel, caíra na idolatria e adorava Baal, o deus da sensualidade, servido por 850 sacerdotes sob ordem do rei Acab e de sua mulher Jezabel, ela de origem fenícia.
Tomado de zelo pela causa do Senhor, Elias levanta-se e increpa o rei idólatra: “Viva o Senhor Deus de Israel em cuja presença estou, que nestes anos não cairá nem orvalho nem chuva, senão conforme as palavras de minha boca (III Reis, XVII, 1). Em seguida se retira para o deserto, onde corvos levam-lhe milagrosamente o alimento.
Entrementes a seca vai se tornando cada vez mais insuportável. O rei Acab vai ao encontro de Elias e o interpela: “Porventura és tu aquele que trazes perturbado Israel?” E Elias responde: “Não sou eu que perturbei Israel, mas és tu e a casa de teu pai, por terdes deixado os Mandamentos do Senhor e por terdes seguido Baal. Mas não obstante, manda agora, e faze juntar todo o povo de Israel no monte Carmelo, e os quatrocentos e cinqüenta profetas de Baal, e os quatrocentos profetas dos bosques que comem da mesa de Jezabel. Mandou pois Acab chamar todos os filhos de Israel, e juntou os profetas no monte Carmelo” (III Reis, XVIII, 17-20).
Diante dos profetas de Baal, Elias increpa o povo: “Até quando claudicareis vós para os dois lados? Se o Senhor é Deus, segui-o; se, porém, o é Baal, segui-o. .... Eu sou o único que fiquei dos profetas do Senhor, mas os profetas de Baal chegam a quatrocentos e cinqüenta homens. Contudo dêem-nos dois bois, e eles escolham para si um boi, e, fazendo-o em pedaços, ponham-nos sobre a lenha, mas não lhe metam fogo por baixo; e eu tomarei o outro boi, e o porei sobre a lenha, e também não lhe meterei fogo por baixo. Invocai vós os nomes dos vossos deuses, e eu invocarei o nome do meu Senhor; e o Deus que ouvir, mandando fogo, esse seja considerado o verdadeiro Deus”.
Os profetas de Baal sacrificam o boi, colocam-no sobre a lenha e clamam, horas a fio, por seu falso deus. Baal não lhes responde. “Gritai mais alto, porque ele é um deus, e talvez esteja falando, ou em alguma estalagem, ou em viagem, ou dorme, e necessita que o acordem” — escarnece Elias. Desesperados, os falsos profetas cortam-se com estiletes, oferecem sangue ao ídolo. Tudo em vão. O sangue idólatra corre, mas do céu não desce fogo.
Elias então constrói um altar de doze pedras, simbolizando as doze tribos de Israel. Empilha a madeira, molha tudo com água, e sobre o altar coloca o boi sacrificado. E então se dirige a Deus: “Senhor, Deus de Abraão e de Isaac e de Israel, mostra hoje que és o Deus de Israel e que eu sou teu servo, e que por tua ordem fiz todas estas coisas. Ouve-me, Senhor, ouve-me para que este povo aprenda que tu és o Senhor Deus, e que converteste novamente o seu coração” (III Reis, XVIII, 36).
Desce assim fogo do céu e consome o holocausto, não só o boi, mas a lenha, as pedras e até mesmo a água! Ao povo — que exclama, de rosto por terra, “o Senhor é o Deus, o Senhor é o Deus” — ordena Elias: “Apanhai os profetas de Baal, e não escape deles nenhum só” (III Reis, XVIII, 40). Os falsos profetas de Baal são trucidados junto à torrente do Cison. Em parte pelo povo, em parte por Elias, estuante de ardor pela causa do verdadeiro Deus.


27 de Junho: Beato Titus Brandsma


Nasceu em 23 de fevereiro de 1881 em Bolsward, Holanda, como Anno Sjoera Brandsma. Era um jovem de família piedosa, sendo que três de suas quatro irmãs eram freiras e um irmão era padre franciscano. Tinha o apelido de “Baixinho” e era bom estudante. Sentiu um chamado especial para a religião. Entrou então para o Seminário dos Frades Menores Franciscanos aos 11 anos, mas aos 17, com problemas de saúde, teve que sair. Mais tarde juntou-se aos Carmelitas em Boxmeer, e fez os seus votos como Tito, em 1899.

Conhecia bem o italiano, o alemão, o inglês e o espanhol. Com isso traduziu os trabalhos de Santa Tereza d’Ávila do espanhol para o alemão, publicado em 1901. Foi ordenado em 1905, aos 24 anos. Aos 28 anos já era Doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, em 1909. Foi professor no Seminário Carmelita de Oss, nos Paises Baixos e editor do jornal local, em 1919. Ensinou Filosofia na Universidade Católica de Nijmegen. Freqüentemente era visto com um charuto na boca.

Foi Superior da casa do estudante da Universidade Carmelita. Era grande orador, jornalista e visitava inúmeras Universidades de vários países. Como Conselheiro eclesiástico dos jornalistas católicos em 1935, fez vários discursos em uma turnê católica nos Estados Unidos, e neste mesmo ano, escreveu um trabalho indo de encontro às leis anti-semitas (ódio aos judeus alemães), o qual chamou a atenção da Alemanha nazista, que o prendeu em 19 de janeiro de 1942.

Por diversas semanas foi transferido de cadeia a cadeia. Foi torturado e punido por ministrar a confissão e absolvição a outros prisioneiros. Deportado para o campo de concentração de Dachau, em abril 1942, era diariamente punido e passava fome, mas pediu aos prisioneiros para orar pela salvação dos carcereiros. Utilizado para experiências médicas, quando não teve mais utilidade, foi assassinado. Assim é considerado um mártir.

Morreu em 26 de julho de 1942 com injeção letal no campo de concentração de Dachau. Sua executora era uma enfermeira criada como católica, mas que deixou a religião tempos atrás. Seu corpo foi cremado e não sobrou nenhuma relíquia. Sua Beatificação deu-se no papado de João Paulo II, em três de novembro de 1985.

(Indicação: O filme “O julgamento de Nuremberg” - cidade alemã devastada por Hitler e seus seguidores - mostra o julgamento dos líderes dos campos de concentração, que mataram milhares de judeus, durante a Segunda Guerra).
Fiz um trabalho acadêmico sobre esta produção cinematográfica, a quem interessar, posso enviar.


Abraços fraternos,

Ceane Ribeiro (Mariana José de Jesus Mazurek, ocds)




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