segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Mas diz uma só palavra e o meu servo será curado.


Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (África do Norte) e doutor da Igreja
Sermão 62
Como é que o centurião obteve a graça da cura do seu servo? «Porque também eu tenho os meus superiores a quem devo obediência e soldados sob as minhas ordens, e digo a um: 'Vai', e ele vai; e a outro: 'Vem', e ele vem; e ao meu servo: 'Faz isto', e ele faz.» Tenho poder sobre os meus subordinados mas eu também estou submetido a uma autoridade superior. Se, pois, embora subordinado, tenho, apesar de tudo, o poder de comandar, que não poderás fazer Tu, a Quem se submetem todas as potestades? Este homem pertencia ao povo pagão pois a nação judaica estava então ocupada pelos exércitos do império romano. Era, portanto, na Judeia que ele comandava os soldados, na qualidade de centurião [...].
Mas Nosso Senhor, embora estivesse no meio do povo hebraico, declarava já que a Igreja se espalharia por toda a terra para onde Ele viria a enviar todos os apóstolos (cf Mt 8,11). E, com efeito, os pagãos acreditaram n'Ele sem O terem visto [...]. O Senhor não entrou fisicamente na casa do centurião. Embora ausente de corpo estava presente pela Sua majestade e curou esta casa e a sua fé. Do mesmo modo, o Senhor só estava fisicamente presente no meio do povo hebraico; os outros povos não O viram nascer de uma Virgem, nem sofrer, nem caminhar, nem sujeitar-Se às condições da natureza humana, nem fazer maravilhas divinas. Ele não fez nada disso entre os pagãos e, no entanto, entre eles, realizou-se o que Ele tinha dito a seu respeito: «Povos desconhecidos prestaram-Me vassalagem». Como é que O serviram se não O conheciam? O salmo continua: «Mal ouviram falar de Mim, logo Me obedeceram e os estrangeiros Me cortejaram» (Sl 17,45).

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