quinta-feira, 31 de março de 2011
Oração de Santa Madre Teresa de Jesus- 14
O Reino de Deus já chegou até vós!
quarta-feira, 30 de março de 2011
Lazer da Comunidade Rainha do Carmelo no dia 02/04/2011
terça-feira, 29 de março de 2011
Oração de Santa Madre Teresa de Jesus - 13
Hoje é dia de festa no Céu e na terra.
Ter piedade do próximo, como Deus teve de nós.
segunda-feira, 28 de março de 2011
Dia do nascimento de Nossa Santa Madre Teresa de Jesus!
A Quaresma leva à ressurreição pelo batismo.
domingo, 27 de março de 2011
Reunião extra da Comunidade Rainha do Carmelo - 26/03/2011
Hoje é dia de festa no Céu e na terra.
Oração de Santa Madre Teresa de Jesus - 12
Porventura és mais do que o nosso patriarca Jacó?
sábado, 26 de março de 2011
Oração de Santa Madre Teresa de Jesus - 10
E caindo em si, disse: e eu aqui a morrer de fome! Levantar-me-ei e irei ter com meu pai.
Isaac de l'Étoile (?-c. 1171), monge cistercense
2º Sermão para o dia de Todos os Santos §§ 13-20 (a partir da trad. Brésard, 2000 ans A, p. 84)
«Felizes os que choram, porque serão consolados» (Mt 5, 4). Com estas palavras, o Senhor quer fazer-nos compreender que o caminho da alegria são as lágrimas. Pela desolação chega-se à consolação; é perdendo a vida que a encontramos, rejeitando-a que a possuímos, odiando-a que a amamos, desprezando-a que a salvamos (cf Lc 9, 23ss.). Se queres conhecer-te a ti mesmo e superar-te, entra dentro de ti e não te procures fora de ti. [...] Por conseguinte, cai em ti, pecador, cai onde existes verdadeiramente: no teu coração. Exteriormente, és um animal à imagem do mundo [...]; interiormente, és um homem, à imagem de Deus (Gn 1, 26), e por isso capaz de ser deificado.
Será por isso, irmãos, que o homem que cai em si se sente distante, como o filho pródigo, numa região diferente, numa terra estrangeira, onde é maltratado, e chora ao lembrar-se de seu pai e da sua pátria? [...] «Adão, onde estás?» (Gn 3, 9) Talvez ainda na sombra para não te veres a ti mesmo: cosendo as folhas da vaidade umas às outras para cobrires a tua vergonha (Gn 3, 7), olhando o que está em teu redor e o que é teu, porque os teus olhos são grandes aberturas para tais coisas. Mas olha para dentro de ti, olha para ti: é aí que se encontra o teu maior motivo de vergonha. [...]
É evidente, irmãos: em parte vivemos exteriormente a nós. [...] É por isso que a Sabedoria tem sempre no coração o convite para a casa do luto antes de o fazer para a casa do banquete (Eccl 7, 3), ou seja, chama para dentro de si mesmo o homem que estava fora de si próprio, dizendo: «Felizes os que choram» e noutra passagem: «Ai de vós, os que agora rides» (Lc 6, 25). [...] Meus irmãos, choremos na presença do Senhor: que a Sua bondade O leve a perdoar-nos. [...] Felizes os que choram, não porque choram, mas porque serão consolados. As lágrimas são o caminho; a consolação é a bem-aventurança.
quinta-feira, 24 de março de 2011
Carmelitas ajudam cristãos no Oriente Médio
KÖNIGSTEIN, quinta-feira, 24 de março de 2011 (ZENIT.org) - Os Carmelitas Descalços do Líbano dizem que é crucial que os cristãos permaneçam no Oriente Médio, e eles colaboram promovendo trabalho e levando esperança aos fiéis locais.
É o que informa o padre Raymond Abdo, provincial dos Carmelitas Descalços do Líbano, ao falar com a associação ‘Ajuda à Igreja que Sofre’.
Ele conta que a ajuda que se pode dar aos cristãos do Oriente Médio é favorecer que eles não emigrem. O sacerdote reconheceu as dificuldades, mas disse que sua própria presença no Oriente Médio é um testemunho de que “é possível permanecer”.
Padre Abdo disse que é importante convencer os cristãos a não venderem suas casas e propriedades. Ele afirmou que dinheiro proveniente do Irã e dos Estados do Golfo está sendo usado para a aquisição de imóveis.
O carmelita também destacou a necessidade de criar oportunidades de emprego. Segundo ele, os cristãos são frequentemente discriminados na hora de buscar trabalho.
O sacerdote citou o exemplo da colaboração dos carmelitas com um homem cristão que abriu uma empresa internacional de software. O mosteiro de Kobayat lhe cedeu um espaço para começar a trabalhar. Já se criaram 45 postos de trabalho, que em breve chegarão a 100.
“Podemos sofrer, ter dificuldades, mas se estamos com Cristo, então estamos dando testemunho e esperança aos demais”, disse o padre Abdo. “Estamos também dando esperança aos muçulmanos e a outras comunidades, porque sem nós eles não teriam oportunidades de conhecer Cristo”.
Os Carmelitas do Líbano têm seis mosteiros e um total de 31 monges, sendo mais da metade com idade menor que 35 anos. Continuam surgindo vocações, ainda que menos que no passado, pois os jovens do Líbano vivem “os mesmos problemas do restante do mundo atual”.
Mas – disse – “quando Cristo entra no coração de uma pessoa, não pede permissão para sua mente ou sua cultura, simplesmente diz: ‘vem’”.
Há cerca de 40 anos, o Líbano era o único país do Oriente Médio com maioria cristã. Hoje, a maioria é muçulmana. Os cristãos somam 45% da população.
Oração de Santa Madre Teresa de Jesus - 11
Isto claramente vi por mim. Não entendo, Criador meu, o motivo pelo qual o mundo todo não procura chegar-se a Vós para travar particular amizade. Até os que são maus e não tem Vossa condição, deviam aproximar-se de Vós para que os facais bons." (V 8,6)
Um pobrre jazia ao seu portão.
Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
Não Há Maior Amor
Cristo disse: «Tive fome e destes-Me de comer» (Mt 25, 35). Teve fome não só de pão, mas também da estima acolhedora que nos permite sentirmo-nos amados, reconhecidos, sermos alguém aos olhos de outrem. Foi desprovido não só da Sua roupa, mas também da dignidade e do respeito humano pela grande injustiça cometida para com o pobre, que é precisamente o ser-se desprezado por ser pobre. Foi privado não só de um teto, mas também sofreu as privações por que passam os encarcerados, os rejeitados e os escorraçados, aqueles que vagueiam pelo mundo sem ter ninguém que se ocupe deles.
Ao desceres a rua, sem outro propósito senão esse, talvez atentes naquele homem, ali na esquina, e vás ao seu encontro. Talvez ele fique de pé atrás, mas tu permaneces lá, diante dele, na sua frente. Tens de irradiar a presença que trazes dentro de ti com o amor e a atenção para com o homem a quem te diriges. E porquê? Porque, para ti, se trata de Jesus. Sim, é Jesus, mas não pode receber-te em Sua casa — eis porque tens de ser tu a dirigir-te a Ele. Ele está escondido ali, naquela pessoa. Jesus, oculto no mais pequenino dos irmãos (Mt 25, 40), não só cheio de fome por um bocado de pão, mas também por amor, por reconhecimento, por ser tido como alguém com valor.
quarta-feira, 23 de março de 2011
Oração de Santa Madre de Jesus - 9
Vamos subir a Jerusalém.
Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (África do Norte) e Doutor da Igreja
Confissões, XIII, 9
Dá-Te a mim, meu Deus, dá-Te sempre a mim. [...] Descansamos no dom do Teu Espírito; aí Te gozamos, aí está o nosso bem e o nosso repouso. Aí o amor nos educa, e o Teu Espírito, que é bom, exalta a nossa baixeza, retirando-a das portas da morte (Sl 9, 14). Na boa vontade encontramos a paz.
Um corpo, pelo seu peso, tende para o seu lugar próprio; o peso não significa necessariamente ir para baixo, mas para o lugar próprio de cada coisa. O fogo tende para cima, a pedra para baixo [...], cada coisa para o seu lugar próprio; o óleo sobe para cima da água, a água desce para baixo do óleo. Se uma coisa não está no seu lugar, não está em repouso; mas, quando encontra o seu lugar, fica em repouso.
O meu peso é o meu amor: é ele que me leva para onde me leva. O Teu dom inflama-nos e leva-nos para cima; ele abrasa-nos e nós partimos. [...] O Teu fogo, o Teu fogo bom, faz-nos arder e nós vamos, subimos para a paz da Jerusalém celeste – porque encontrei a minha alegria quando me disseram: «Vamos para a casa do Senhor!» (Sl 121, 1). É para aí que a boa vontade nos conduz por ser o nosso lugar, aí onde não desejaremos mais nada do que assim permanecer para toda a eternidade.
terça-feira, 22 de março de 2011
Quem se humilhar será exaltado.
Imitação de Cristo, tratado espiritual do século XV
II, 2: «Da humilde submissão»
Não te preocupes muito se alguém é por ti ou contra ti, mas procede e ocupa-te de modo a que Deus esteja contigo em tudo quanto faças. Consegue uma consciência pura, que Deus te defenderá bem. [...]
Se souberes calar-te e sofrer, verás sem dúvida o auxílio do Senhor. Ele conhece o tempo e o modo de te libertar, e por isso a Ele te deves submeter. É próprio de Deus ajudar e libertar de toda a confusão.
Muitas vezes, é mais útil para a conservação da nossa humildade que os outros conheçam os nossos defeitos e os censurem. Quando um homem se humilha por causa dos seus defeitos, acalma os outros facilmente e satisfaz sem custo os que com ele se iravam.
Deus protege e liberta o humilde, ama-o e consola-o. Inclina-Se para ele e dá-lhe grande graça; e, depois do seu abatimento, eleva-o à glória. Revela os Seus segredos ao humilde, arrasta-o e convida-o docemente para Si. E ele, mesmo na confusão, vive em paz, porque se firma em Deus e não no mundo. Não julgues ter adiantado em qualquer coisa se não te sentires inferior a todos.
segunda-feira, 21 de março de 2011
Oração de Santa Madre Teresa de Jesus - 8
Sede misericordiosos como o Vosso Pai é misericordioso.
Isaac o Sírio (século VII), monge perto de Mossoul, santo das Igrejas ortodoxas
Discursos, 1ª série, n°34 (a partir da trad. cf Touraille, DDB 1981, p. 215)
Irmão, recomendo-te isto: que a compaixão tenha sempre a supremacia na tua balança, até que sintas em ti a compaixão que Deus demonstra para com o mundo. Que este estado se torne o espelho no qual vemos em nós a verdadeira «imagem e semelhança» da natureza e do ser de Deus (Gn 1,26). É por estas coisas e por outras idênticas que recebemos a luz, e que uma clara resolução nos leva a imitar Deus. Um coração duro e sem piedade não será nunca puro (Mt 5, 8). Mas o homem compassivo é o médico da sua alma; como que por um vento violento, ele afasta para fora de si as trevas da sua mágoa.
domingo, 20 de março de 2011
Homenagem a São José e formação da Comunidade Rainha do Carmelo - 19-03-2011
Nossa formadora, Neila nos falou sobre os capítulos 15 ao 18, do livro Caminho de Perfeição de Nossa Santa Madre. Dentre tudo que foi comentado, ficou uma frase em evidência: "A meu ver, não há, nem pode haver humildade sem amor, nem amor sem humildade. Nem é possível existirem essas duas virtudes, sem um profundo desapego de toda criatura."
Momento do intervalo para exercitarmos a fraternidade: Débora, Regina e Jacqueline.
Para finalizar o momento com São José, rezamos o ofício de São José:
Oração de Santa Madre Teresa de Jesus - 7
Este é meu Filho muito Amado.
Santo Efrém (c. 306-373), diácono na Síria, Doutor da Igreja
Opera Omnia, p. 41 (a partir da trad. Brésard, 2000 ans C, p. 292)
Simão Pedro diz: «Senhor, é bom estarmos aqui». Que dizes, Pedro? Se ficarmos aqui, quem realizará então o que predisseram os profetas. Quem confirmará as palavras dos arautos? Quem levará a bom termo os mistérios dos justos? Se ficarmos aqui, a quem se referirão as palavras: «Trespassaram as Minhas mãos e os Meus pés»? A quem se aplicarão as afirmações: «Repartiram entre si as Minhas vestes e deitaram sortes sobre a Minha túnica»? (Sl 21, 17.19; Jo 19, 24). Quem realizará o anúncio do salmo: «Deram-Me fel, em vez de comida, e vinagre, quando tive sede»? (68, 22; Mt 27, 34; Jo 19, 29) Quem dará vida à expressão: «Estou abandonado entre os mortos»? (Sl 87,6) Como se consumarão as Minhas promessas, como construiremos a Igreja?
E Pedro diz mais: façamos «aqui três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias». Enviado para erigir a Igreja no mundo, Pedro quer levantar três tendas na montanha. Ainda não vê a Cristo senão como homem e classifica-O juntamente com Moisés e com Elias. Mas Jesus em breve lhe mostra que não precisa de tenda. Fora Ele que, durante quarenta anos, erguera para os Patriarcas uma tenda de nuvem, enquanto eles permaneciam no deserto (Ex 40, 34).
«Ainda ele estava a falar, quando uma nuvem luminosa os cobriu com a sua sombra». Vês, Simão, esta tenda montada sem esforço? Ela afasta o calor sem comportar as trevas, é uma tenda brilhante e resplandecente! Enquanto os discípulos estão surpresos, uma voz vinda do Pai faz-Se ouvir da nuvem: «Este é o Meu Filho muito amado, no qual pus todo o Meu agrado. Escutai-o.» [...] O Pai ensinava aos discípulos que a missão de Moisés estava concluída: de então em diante é ao Filho que deverão escutar. O Pai, na montanha, revelava aos apóstolos aquilo que ainda lhes estava oculto: «Aquele que é» revelava «Aquele que é» (Ex 3, 14), o Pai dava a conhecer o Seu Filho.
sábado, 19 de março de 2011
Oração de Santa Madre Teresa de Jesus - 6
A vocação de São José.
São Josemaría Escrivá de Balaguer (1902-1975), presbítero, fundador
Homilia de 19/03/63 in «Cristo que passa», §§ 54-56
Para São José, a vida de Jesus foi uma contínua descoberta da sua vocação. [...] Aqueles primeiros anos [foram] cheios de circunstâncias aparentemente contraditórias: glorificação e fuga, majestade dos magos e pobreza da gruta, canto dos Anjos e silêncio dos homens. Quando chega o momento de apresentar o Menino no Templo, José, que leva a modesta oferenda de um par de rolas, vê como Simeão e Ana proclamam que Jesus é o Messias. «Seu pai e Sua mãe ouviram com admiração», diz São Lucas (2, 33). Mais tarde, quando o Menino fica no templo sem que Maria e José o saibam, ao encontrá-Lo de novo depois de O procurarem três dias, o mesmo evangelista narra que «se maravilharam» (2, 48).
José surpreende-se, José admira-se. Deus vai-lhe revelando os Seus desígnios e ele esforça-se por compreendê-los. Como toda a alma que quer seguir de perto Jesus, rapidamente descobre que não é possível andar com passo ronceiro, que não pode viver da rotina. Porque Deus não Se conforma com a estabilidade num nível conseguido, com o descanso no que já se tem. Deus exige continuamente mais e os Seus caminhos não são os nossos caminhos humanos. São José, como nenhum outro homem antes ou depois dele, aprendeu de Jesus a estar atento para conhecer as maravilhas de Deus, a ter a alma e o coração abertos.
Mas, se José aprendeu de Jesus a viver de um modo divino, atrever-me-ia a dizer que, no aspecto humano, ensinou muitas coisas ao Filho de Deus. [...] José amou Jesus como um pai ama o seu filho, dando-Lhe tudo que de melhor tinha. José, cuidando daquele Menino como lhe tinha sido ordenado, fez de Jesus um artesão: transmitiu-Lhe o seu ofício. [...] José foi, no aspecto humano, mestre de Jesus; conviveu com Ele diariamente, com carinho delicado, e cuidou dele com abnegação alegre. Não será esta uma boa razão para considerarmos este varão justo (Mt 1, 19), este Santo Patriarca, no qual culmina a Fé da Antiga Aliança, Mestre de vida interior?
sexta-feira, 18 de março de 2011
Oração de Santa Madre Teresa de Jesus - 5
Vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão.
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia, depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Homilia sobre a traição de Judas, 6; PG 49, 390 (a partir da trad. Delhougne, Les Pères commentent, p. 96)
Escuta o que diz o Senhor: «Se fores, portanto, apresentar uma oferta sobre o altar e ali te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão; depois, volta para apresentar a tua oferta.» Perguntarás : «Deixarei a oferta e o sacrifício diante do altar?» E Ele responde : «Com certeza, porque o sacrifício é oferecido precisamente para viveres em paz com o teu irmão.» Assim, pois, se o objetivo do sacrifício é a paz com o teu próximo, e tu não salvaguardas a paz, de nada serve participares no sacrifício, nem sequer com a tua presença. A primeira coisa que tens a fazer é restabelecer a paz, essa paz pela qual, repito, é oferecido o sacrifício. Então tirarás bom proveito deste.
Porque o Filho do Homem veio ao mundo reconciliar a humanidade com Seu Pai. Como diz Paulo, «Agora, Deus reconciliou todas as coisas Consigo» (Col 1, 22), «levando em Si próprio a morte à inimizade» (Ef 2, 16). É por isso que Aquele que veio trazer a paz nos proclama bem-aventurados se seguirmos o Seu exemplo, e nos dá o Seu nome como herança: «Bem-aventurados os obreiros da paz, porque serão chamados filhos de Deus» (Mt 5, 9). Portanto, realiza tu, na medida das possibilidades da natureza humana, aquilo que fez Cristo, o Filho de Deus. Faz reinar a paz entre os outros como ela reina em tua casa. Não é verdade que Cristo dá o nome de filhos de Deus aos amigos da paz? É por isso que a única disposição que quer de nós quando vamos apresentar um sacrifício é que estejamos reconciliados com os nossos irmãos, mostrando-nos assim que a caridade é a maior de todas as virtudes.
16/03/11-ENCONTRO DOS DEVOTOS DO ESCAPULÁRIO DO CARMO
TEMA:
A Ana Stela iniciou com a oração: depondo nossas mãos nas da Virgem Maria, entregamos a esta amada Mãe, nossos propósitos, intenções e agradecimentos.
A palestra foi ministrada pela Cláudia, que nos entregou material explicativo sobre a estória de Nossa Senhora dos Remédios. Segue trecho:
“No final do século 11, os árabes invadiram Jerusalém e passaram a hostilizar os cristãos que visitavam a Terra Santa. Diante disso, a Europa lançou mão das Cruzadas, uma série de expedições militares ao Oriente Médio, que se sucederam de
A Ordem da Santíssima Trindade ou dos Trinitários tinha caráter assistencial, no sentido de resgatar prisioneiros cristãos junto aos muçulmanos. Fundada na França por São João Mata, no final do século 12, foi quem introduziu a devoção a N. S. dos Remédios, no início do século 13.
Diz a crônica religiosa que S. João Mata se viu em dificuldades para reunir os fundos necessários à finalidade de sua Ordem, foi quando ele tomou Nossa Senhora como patrona do levantamento de recursos para sua causa, e os resultados foram tão impressionantes que, em pouco tempo, a Ordem dos Trinitários se tornou uma das mais ricas da Europa, trazendo milhares de cristãos aprisionados do Oriente.
Em gratidão por essa ajuda, o Santo homenageou a Virgem Maria com o título de N. S. do Bom Remédio ou, como ficou conhecida em Portugal, N. S. dos Remédios; sendo que remédio, nesse título – e nesse contexto histórico – não significa medicamento, mas solução para situações difíceis”.
Logo após rezarmos a Coroa da Imaculada Conceição (intercedemos por todos os membros e parentes doentes da Comunidade, bem como pelas necessidades do Japão e do mundo inteiro, e pelas almas do purgatório) a Efigênia avisou que no dia 26/03/11, às 14 h
“Ó Santa Senhora da Cura
Ó Mãe Maria de Amor,
Socorre teu Filho, Mãe Pura,
De Grave Mal Portador.
Lembra-me ser Paciente,
Seguro na Resignação;
Que Eu Mereça, por Presente,
Tua Luz e Proteção.
Que o Remédio Teu me Cure,
Da Doença Corporal,
Mas
A Saúde Espiritual”.
No sorteio do mês, quem levou a imagem da Virgem do Carmo Peregrina para casa foi o Flávio.
Cantamos a Salve Regina, e nos despedimos. No coração, muita alegria por todas as bênçãos e graças que Deus nos concede por meio da intercessão de sua Mãe.
Em abril o tema do Encontro será “Nossa Senhora Rainha da Paz”. Até lá!!!
quinta-feira, 17 de março de 2011
Oração de Santa Madre Teresa de Jesus - 4
Pedi, procurai, batei!!
Guilherme de Saint-Thierry (c. 1085-1148), monge beneditino, mais tarde cisterciense
A Contemplação de Deus, 5 (a partir da trad. Pain de Cîteaux n.º 23, p. 55 rev.)
Apressa-Te, Senhor, não Te demores mais; com efeito, a graça da Tua sabedoria tem os seus atalhos: aonde nenhum edifício de argumentação ou de discussão racional pode dar acesso (e refiro-me à completa fruição do Teu amor), ali se encontra de repente aquele que de Ti recebeu toda a graça, aquele que procura com afinco, aquele que bate com insistência. E, se me acontece experimentar qualquer laivo dessa alegria, Senhor ― o que é raro ―, dou por mim a gritar: «Mestre, como é bom estar aqui! Levantemos três tendas (Mt 17, 4): uma para a Fé, outra para a Esperança e outra para a Caridade!»
Saberei eu o que digo quando me ponho a gritar «Senhor, como é bom estar aqui!»? Porque, de repente, caio por terra como morto; olho em volta sem ver nada e volto a dar por mim onde estava dantes: na dor do coração e na aflição da alma. «Até quando, Senhor, até quando?» (Sl 13 (12), 2). Durante quanto tempo ainda guardarei estas ideias no meu íntimo, esta dor no coração todo o santo dia? Durante quanto tempo poderá o Teu Espírito prolongar a Sua morada no homem que é carne, Ele que vem, que vai e que sopra onde quer (Jo 3, 8)? E apesar disso, quando o Senhor resgatar Sião do cativeiro, chegará a nossa consolação e a nossa boca se encherá de júbilo (Sl 126 (125), 2). E a verdade da Tua consolação e a consolação da Tua verdade responderá bem lá no fundo do meu ser: «Há o amor pelo desejo e o amor pela posse; por vezes, o amor pelo desejo merece alcançar a visão, a visão a posse, e a posse a perfeição da caridade».
quarta-feira, 16 de março de 2011
Oração de Santa Madre Teresa de Jesus - 3
Eles converteram-se em resposta à proclamação feita por Jonas.
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Homilias sobre a conversão pronunciadas no seu regresso do campo, nº1 (a partir da trad. DDB 1978, p. 27)
Evitemos perder toda a esperança, mas evitemos igualmente ceder facilmente à indolência. [...] O desespero impede quem cai de se voltar a levantar, e a indolência faz cair quem está de pé. [...] Se a presunção nos faz cair do alto dos céus, o desespero lança-nos no abismo infinito do mal, enquanto que basta um pouco de esperança para nos arrancar a ele. [...]
Foi assim que Ninive foi salva. Contudo, a sentença divina pronunciada contra os Ninivitas era de natureza a mergulhá-los no desalento, porque ela não dizia: «Se vos arrependerdes, sereis salvos», mas simplesmente: «Dentro de três dias, Ninive será destruída» (Jon, 3, 4). Mas nem as ameaças do Senhor, nem as imposições do profeta, nem a própria severidade da sentença [...] fizeram dobrar a sua confiança. Deus quer que tiremos uma lição desta sentença imposta sem condições a fim de que, instruídos por este exemplo, resistamos tanto ao desespero como à passividade. [...] Por outro lado, a benevolência divina não Se manifesta apenas pelo perdão concedido aos Ninivitas arrependidos [...]: o prazo concedido atesta igualmente a Sua bondade inexprimível. Parece-vos que três dias seriam suficientes para apagar tanta iniquidade? A benevolência de Deus brilha por trás destas palavras; de resto, não é ela o artífice principal da salvação de toda a cidade?
Que este exemplo nos preserve de todo o desespero. Porque o diabo considera esta fraqueza como a sua arma mais eficaz e, depois de termos pecado, não saberíamos dar-lhe maior prazer do que perdendo a esperança.
terça-feira, 15 de março de 2011
Oração de Santa Madre Teresa de Jesus - 2
Pai Nosso!
Bem aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
Oração: Frescura de uma Fonte, com o Ir. Roger de Taizé (trad. Isabel Figueiredo e Silva) cap.11, pp. 69-70.
Só há uma voz que se eleva à face da terra: a voz de Cristo. Esta voz reúne e coordena, em Si mesma, todas as vozes que se elevam em oração. Rezar: muitas pessoas não sabem como fazer. Muitas não ousam fazê-lo e muitas não o querem fazer. Na comunhão dos santos, nós agimos e rezamos por elas.
Rezamos em nome daqueles que não rezam. A oração deveria tornar-se a nossa «profissão». Os Apóstolos compreenderam-no na perfeição: quando se aperceberam de que se arriscavam a perder-se na multiplicidade de atividades, decidiram dedicar-se à oração contínua e ao ministério da Palavra (At 6, 4). [...]
[Deus] permite que falhemos, mas não quer o desânimo. Quer que sejamos cada vez mais como crianças, mais humildes, mais reconhecidos na oração e que não tentemos rezar sós, pois todos pertencemos ao Corpo místico de Cristo, que está sempre em oração. Não se trata de «eu rezo» mas de, em mim e comigo, Jesus rezar e, assim, é o Corpo de Cristo que reza.
segunda-feira, 14 de março de 2011
Orações feitas por Santa Madre Teresa de Jesus - 1
"Aflige-me, Senhor, dizer isto. Sei que toda a culpa foi minha. Vejo que nada poupastes para que, desde essa idade, eu fosse Vossa. Queixar-me de meus pais, também não posso, porque neles só via grande virtude e preocupação com o meu bem. Entretanto, crescendo em idade, comecei a entender as graças naturais que o Senhor me havia dado. Diziam que eram muitas; ao invés de ser grata, usei-as todas para o ofender."(V 1,8)
Vinde, benditos de Meu Pai!
Homilia atribuída a Santo Hipólito de Roma (170?-235), presbítero e mártir
Tratado sobre o Fim do Mundo, 41-43; GCS I, 2, 305-307 (a partir da trad. Delhougne, Les Pères Commentent, p. 159)
«Vinde, benditos de meu Pai, recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Vinde, vós que tendes amado os pobres e os imigrantes. Vinde, vós que tendes sido fiéis ao Meu amor, a Mim que sou o amor. [...] Eis que o Meu Reino está preparado e o Meu céu aberto, e que a Minha imortalidade aparece em todo o seu esplendor. Vinde todos e recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo.»
Então — que maravilha! — os justos surpreender-se-ão por serem convidados a aproximar-se como amigos d'Aquele que as hostes angélicas não podem sequer ver com clareza, e inquirirão junto d'Ele com voz decidida: «Senhor, quando foi que Te vimos? Tu tinhas fome, e nós demos-Te de comer? Mestre, Tu tinhas sede, e nós demos-Te de beber? Estavas nu, e nós vestimos-Te? A Ti, que nós veneramos? A Ti, o Imortal, quando Te vimos nós peregrino e Te recolhemos? A Ti, que amas os homens, quando Te vimos nós doente ou na prisão, e Te visitamos? Tu és o Eterno. Tu não tens começo, és um com o Pai e co-eterno com o Espírito. Tu criaste tudo do nada, Tu, o Rei dos Anjos, a quem os abismos temem. Tu tens por manto a luz (Sl 104 (103), 2). Tu fizeste-nos e modelaste-nos da terra (Gn 2, 7), Tu, que criaste os seres invisíveis. A Terra inteira foge para longe da Tua face (Ap 20, 11). Como acolhemos nós a Tua realeza e soberania?» E o Rei dos reis lhes responderá: «Sempre que fizestes isto a um destes Meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes. Sempre que acolhestes e vestistes todos estes pobres de que falei, e lhes destes de comer e de beber, a eles que são Meus membros (1Cor 12, 12), a Mim mesmo o fizestes. Mas vinde para o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Desfrutareis eternamente dos bens de Meu Pai que está nos céus e do Santíssimo Espírito que dá a vida».
E que língua poderá então descrever tais benefícios? «Nem os olhos viram, nem os ouvidos escutaram, nem jamais passou pelo pensamento do homem o que Deus preparou para aqueles que O amam» (1Cor 2, 9).
domingo, 13 de março de 2011
Enquete sobre a vinda dos frades
acesse aqui
Alimentar-se da Palavra que sai da boca de Deus.
São Máximo de Turim (? - c. 420), bispo
Sermão 16; PL 57, 561, CC Sermão 51, p. 206 (a partir da trad. Migne 1996, p. 85 rev.)
O Salvador responde ao diabo: «Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus». O que quer dizer: «Não vive do pão deste mundo, nem do alimento material dos quais te serviste para enganar Adão, o primeiro homem, mas da Palavra de Deus, do Seu Verbo, que contém o alimento da vida celestial». Ora, o Verbo de Deus é Cristo Nosso Senhor, como diz o evangelista: «No princípio existia o Verbo; o Verbo estava em Deus» (Jo 1, 1). Por conseguinte, todo aquele que se alimenta da palavra de Cristo já não necessita de alimento terreno. Porque quem se renova com o pão do Senhor não pode desejar o pão deste mundo. Efetivamente, o Senhor tem o Seu próprio pão, ou melhor, o Salvador é Ele próprio pão, como nos ensina com estas palavras: «Eu sou o pão que desceu do Céu» (Jo 6, 41). É a este pão que o profeta chama «o pão que lhe robustece as forças» (Sl 103, 15).
Que me importa o pão que oferece o diabo, quando tenho o pão em que comungo com Cristo? Que me importa o alimento [...] por causa do qual o primeiro homem perdeu o Paraíso, Esaú o direito de primogenitura [...] (Gn 25, 29ss.), que designou Judas Iscariotes como traidor (Jo 13, 26ss.)? Com efeito, Adão perdeu o Paraíso devido ao alimento, Esaú perdeu o seu direito de primogenitura por um prato de lentilhas, e Judas renunciou à sua condição de apóstolo por um punhado de moedas; porque, no momento em que o tomou, deixou de ser apóstolo para se tornar traidor. [...] O alimento que devemos tomar é aquele que abre o caminho ao Salvador, não ao diabo, o que transforma quem o toma em proclamador da fé e não em traidor.
O Senhor tem razão em dizer, neste tempo de jejum, que é o Verbo de Deus que alimenta, para nos ensinar que não devemos viver os nossos jejuns preocupados com o mundo, mas lendo os textos sagrados. Com efeito, o que se alimenta das Escrituras esquece a fome do corpo; o que se alimenta do Verbo celestial esquece a fome. Eis o alimento que alimenta a alma e alivia o faminto [...], que confere a vida eterna e afasta de nós as armadilhas das tentações do diabo. A leitura dos textos sagrados é vida, como afirma o Senhor: «As palavras que vos disse são espírito e são vida» (Jo 6
sábado, 12 de março de 2011
Não foram os justos que Eu vim chamar ao arrependimento, mas os pecadores.
Richard Rolle (c. 1300-1349), eremita inglês
Canto de amor, 7 32 (a partir da trad. SC 168, p. 357/Orval rev.)
Cristo na cruz clama em alta voz. [...] Oferece a paz, dirige-se a ti, desejoso de te ver abraçar o amor [...]: Contempla isto, bem amado! Eu, o Criador sem limites, desposei a carne para ser capaz de nascer de uma mulher. Eu, Deus, apresentei-Me aos pobres como o seu companheiro. Escolhi uma mãe humilde. Comi com publicanos. Os pecadores não Me inspiraram aversão. Suportei os perseguidores. Fiz a experiência do chicote, e «rebaixei-Me a Mim mesmo até à morte e morte de cruz» (cf Fil 2, 8). «Que mais poderia Eu fazer [...] que não tenha feito?» (Is 5, 4) Abri o Meu lado à lança. Deixei que trespassassem as Minhas mãos e os Meus pés. Porque não olhas para o Meu corpo ensanguentado? Porque não dás atenção à Minha cabeça inclinada (Jo 19, 30)? Aceitei ser contado entre o número dos condenados e, submerso em sofrimentos, morri por ti, para que tu vivesses para Mim. Se não te preocupas contigo, se não procuras libertar-te das teias da morte, pensa, pelo menos agora, em Mim que derramei por ti o tão precioso bálsamo do Meu próprio sangue. Olha-Me no momento da morte, e detém essa tua tendência para o pecado. Sim, cessa de pecar: custaste-Me demasiado caro!
Por ti encarnei, por ti também nasci, por ti submeti-Me à Lei, por ti fui batizado, menosprezado pelas injúrias, detido, amarrado, coberto de escarros, escarnecido, chicoteado, ferido, pregado à cruz, dessedentado com vinagre, e por último imolado por ti. O Meu lado está aberto: agarra o Meu coração. Corre, abraça-Me: ofereço-te um beijo. Adquiri-te como parte da Minha herança, de modo que nenhum outro te possuísse. Entrega-te todo inteiro a Mim, pois Eu entreguei-me todo inteiro a ti.