MARIA, MÃE DE JESUS EUCARÍSTICO
(Ano Eucarístico: Outubro/2004-Outubro/2005)
A Sagrada Eucaristia, presença real de Jesus, Homem-Deus verdadeiros, sob as aparências de pão e de vinho, é o ápice da Graça resultante dos Mistérios da Encarnação, Nascimento, Vida oculta e pública, Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.
Esta presença real só é possível por que o “Verbo se fez carne e habitou entre nós” (João 1, 14). Deus Filho, em obediência a Deus Pai, quis “ficar conosco” (Isaías 7, 14), morar conosco, ser um de nós, tornar-se nosso alimento e sustento: “Eu sou o Pão Vivo descido do Céu” (João 6, 51).
Obviamente toda essa Graça e todos esses mistérios ocorreram com a participação da Virgem Maria, criatura eleita e preparada por Deus, desde toda a eternidade, para ser co-participante dessa obra junto com Deus Espírito Santo.
Maria é o canal, a porta por onde o Verbo desceu da eternidade e passou para a história humana. Isso é inegável! Não há como colocarmos obstáculos a essa verdade de fé! A Sagrada Escritura é clara em apontar Maria Santíssima como “peça fundamental” na obra redentora de Deus.
PRESENÇA DE MARIA NOS MISTÉRIOS DE CRISTO
Na Encarnação, Maria é inquirida pelo Anjo Gabriel se aceitaria ser a Mãe do Messias, o Filho de Deus que se faria homem nela. Nossa Senhora, mesmo se achando indigna e meditando em tudo que sofreria em tal missão, disse um generoso e amoroso “sim”. Imediatamente seu ventre puríssimo se abriu para o infinito milagre que ali se realizou: Aquele que habita os Céus infinitos, o Deus Todo-Poderoso, toma da substância da Virgem Maria e se torna homem, mortal e passível. Maria torna-se assim o primeiro sacrário da terra, o “tabernáculo” onde Deus passou a morar entre os homens.
Na Natividade, Maria é a “Porta Oriental” por onde o Rei da Glória pôde passar para o mundo. Ela é o primeiro ser humano a contemplar o “Desejado das Colinas Eternas”, Aquele por quem o povo de Israel suspirava e esperava com ânsias, cantado nos Salmos e previsto pelos Profetas. Maria tornar-se assim a primeira adoradora de Jesus, do Senhor Eterno escondido na fragilidade e pequenez de um bebezinho.
Na Vida Escondida no Egito e em Nazaré da Galiléia, Maria é a guardiã constante e amorosa do Senhor Jesus que, mesmo sendo Deus, quis depender dos cuidados e do trabalho humano para sobreviver. Jesus foi alimentado, banhado, amado, acariciado e vestido por Maria Santíssima. Ela se torna assim a primeira zeladora de Jesus, que dependia dela e se deliciava de seus cuidados 24 horas por dia.
Na Vida Pública de Jesus, Maria foi a fiel discípula do Mestre, acompanhando-O humilde e escondidamente, como convinha às mulheres naqueles tempos. Maria Santíssima pouco apareceu, porém isso não significa que nada fez. Basta-nos para isso nos lembrarmos das Bodas de Caná, onde o primeiro milagre de Jesus se deu graças a um pedido, a uma vontade de Maria. Maria foi uma discípula fiel, que prestava atenção em tudo o que Jesus fazia, “meditando e guardando essas coisas em seu coração” (Lucas 2, 19). Nossa Senhora era “o apoio secreto de Jesus”, aquela que estava “nos bastidores” da vida pública de seu amado Filho, animando seus seguidores e incitando-os a “fazer tudo o que Ele disser” (João 2, 5). Maria torna-se assim a principal “apóstola de Jesus” através de sua oração e meditação constantes.
Na Instituição da Eucaristia, ocorrida na Páscoa celebrada no Cenáculo, Maria foi a anfitriã, a “sacristã ou acólita” que ajudou Jesus a celebrar a primeira Missa, preparando tudo que foi necessário à realização da mesma. Com que devoção ela não deve ter contemplado aqueles pães e aquele vinho que em breve seriam transformados no Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus. Sim, meus irmãos, Maria foi a que certamente mais creu nos mistérios ali celebrados. Com quanto amor não deve ter recebido a Santa Comunhão! Os Evangelhos não narram esse momento, pois o “foco da atenção” eram Jesus e os Apóstolos, isto é, o Sacerdócio Consagrado. Porém, certamente Maria recebeu a Jesus Eucarístico em seu coração. Ela era a mais digna dessa honra naquele momento...
Na Paixão e Morte do Senhor, Maria foi a Mãe das Dores, aquela que perfeitamente sentiu em seu coração, em seu corpo e em sua alma todos os sofrimentos padecidos pelo Filho. Maria foi presença constante, apoio firme e corajoso ao Filho, quando praticamente todos O tinham abandonado. Maria contemplou o Filho coberto de injúrias, sujo pelos escarros, desfigurado pelos açoites e murros, banhado em sangue, acabrunhado sob a pesada cruz, pregado na mesma entre ladrões, aparentemente derrotado no calvário. Porém ela acreditou. “Feliz a que acreditou” (Lucas 1, 45), disse-lhe um dia Isabel. Quando todos duvidavam, Maria acreditava; e foi justamente essa fé quem a manteve “de pé” (João 19, 25), ao lado do Filho agonizante. Maria Santíssima creu além das aparências, manteve a fé mesmo sem ver a glória oculta em seu Filho. Tornou-se assim modelo dos que crêem na presença de Jesus na Eucaristia. Na Hóstia Consagrada, Jesus não está visível. Os sentidos (visão, tato, olfato e paladar) apenas percebem “pão e vinho”. Porém bem sabemos que ali está o Senhor, com toda sua glória, riqueza e majestade. Somente o Espírito do Senhor alimenta a nossa fé, assim como alimentou a fé da Virgem Maria, mulher cheia do Espírito Santo, que contemplou o Deus Todo-Poderoso presente em Jesus Crucificado e Morto.
Na Ressurreição, Maria foi uma cristã, que feliz e serenamente recebeu a visita de seu Filho. “Aquela que acreditou” viu a realização de sua fé. Assim também nós um dia contemplaremos face-a-face Aquele que, no momento, “vemos” apenas com os olhos da fé: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna”.
Vemos assim que Maria Santíssima é plenamente Mãe da Eucaristia, pois foi e é plenamente a Mãe de Jesus.
Na Natividade, Maria é a “Porta Oriental” por onde o Rei da Glória pôde passar para o mundo. Ela é o primeiro ser humano a contemplar o “Desejado das Colinas Eternas”, Aquele por quem o povo de Israel suspirava e esperava com ânsias, cantado nos Salmos e previsto pelos Profetas. Maria tornar-se assim a primeira adoradora de Jesus, do Senhor Eterno escondido na fragilidade e pequenez de um bebezinho.
Na Vida Escondida no Egito e em Nazaré da Galiléia, Maria é a guardiã constante e amorosa do Senhor Jesus que, mesmo sendo Deus, quis depender dos cuidados e do trabalho humano para sobreviver. Jesus foi alimentado, banhado, amado, acariciado e vestido por Maria Santíssima. Ela se torna assim a primeira zeladora de Jesus, que dependia dela e se deliciava de seus cuidados 24 horas por dia.
Na Vida Pública de Jesus, Maria foi a fiel discípula do Mestre, acompanhando-O humilde e escondidamente, como convinha às mulheres naqueles tempos. Maria Santíssima pouco apareceu, porém isso não significa que nada fez. Basta-nos para isso nos lembrarmos das Bodas de Caná, onde o primeiro milagre de Jesus se deu graças a um pedido, a uma vontade de Maria. Maria foi uma discípula fiel, que prestava atenção em tudo o que Jesus fazia, “meditando e guardando essas coisas em seu coração” (Lucas 2, 19). Nossa Senhora era “o apoio secreto de Jesus”, aquela que estava “nos bastidores” da vida pública de seu amado Filho, animando seus seguidores e incitando-os a “fazer tudo o que Ele disser” (João 2, 5). Maria torna-se assim a principal “apóstola de Jesus” através de sua oração e meditação constantes.
Na Instituição da Eucaristia, ocorrida na Páscoa celebrada no Cenáculo, Maria foi a anfitriã, a “sacristã ou acólita” que ajudou Jesus a celebrar a primeira Missa, preparando tudo que foi necessário à realização da mesma. Com que devoção ela não deve ter contemplado aqueles pães e aquele vinho que em breve seriam transformados no Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus. Sim, meus irmãos, Maria foi a que certamente mais creu nos mistérios ali celebrados. Com quanto amor não deve ter recebido a Santa Comunhão! Os Evangelhos não narram esse momento, pois o “foco da atenção” eram Jesus e os Apóstolos, isto é, o Sacerdócio Consagrado. Porém, certamente Maria recebeu a Jesus Eucarístico em seu coração. Ela era a mais digna dessa honra naquele momento...
Na Paixão e Morte do Senhor, Maria foi a Mãe das Dores, aquela que perfeitamente sentiu em seu coração, em seu corpo e em sua alma todos os sofrimentos padecidos pelo Filho. Maria foi presença constante, apoio firme e corajoso ao Filho, quando praticamente todos O tinham abandonado. Maria contemplou o Filho coberto de injúrias, sujo pelos escarros, desfigurado pelos açoites e murros, banhado em sangue, acabrunhado sob a pesada cruz, pregado na mesma entre ladrões, aparentemente derrotado no calvário. Porém ela acreditou. “Feliz a que acreditou” (Lucas 1, 45), disse-lhe um dia Isabel. Quando todos duvidavam, Maria acreditava; e foi justamente essa fé quem a manteve “de pé” (João 19, 25), ao lado do Filho agonizante. Maria Santíssima creu além das aparências, manteve a fé mesmo sem ver a glória oculta em seu Filho. Tornou-se assim modelo dos que crêem na presença de Jesus na Eucaristia. Na Hóstia Consagrada, Jesus não está visível. Os sentidos (visão, tato, olfato e paladar) apenas percebem “pão e vinho”. Porém bem sabemos que ali está o Senhor, com toda sua glória, riqueza e majestade. Somente o Espírito do Senhor alimenta a nossa fé, assim como alimentou a fé da Virgem Maria, mulher cheia do Espírito Santo, que contemplou o Deus Todo-Poderoso presente em Jesus Crucificado e Morto.
Na Ressurreição, Maria foi uma cristã, que feliz e serenamente recebeu a visita de seu Filho. “Aquela que acreditou” viu a realização de sua fé. Assim também nós um dia contemplaremos face-a-face Aquele que, no momento, “vemos” apenas com os olhos da fé: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna”.
Vemos assim que Maria Santíssima é plenamente Mãe da Eucaristia, pois foi e é plenamente a Mãe de Jesus.
Giovani Carvalho Mendes
16 de janeiro de 2005
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