Tríduo
de Natal Carmelitano
PARA TODOS OS DIAS:
Canto: “Ó Luz do Senhor, que vem sobre a terra,
inunda meu ser, permanece em nós”! (3x)
Comentarista: Estamos aqui reunidos em nome do Pai, + do Filho e do
Espírito Santo.
Todos: Amém!
Comentarista
:
Temos de Deus...
Todos: *...
este mandamento: quem ama a Deus, ame também seu irmão (1Jo 4, 21).
(o dirigente começa o
inicio da frase, em negrito, e todos leem, juntos, o restante a partir do
asterisco)
Comentarista: “Não é possível saber se amamos a Deus
(embora haja grandes indícios para entender que o amamos); já o amor ao próximo pode ser comprovado. E
convencei-vos: quanto mais praticardes este último, tanto mais estareis
praticando o amor a Deus” (5M 3, 8).
Comentarista: Senhor Jesus...
Todos:
... que vieste ao mundo para servir e não para ser servido, ensinai-nos a vos
servir humildemente em nossos irmãos e irmãs.
(O dirigente começa a
frase, em negrito, e todos leem o restante da frase após o asterisco)
Após estes ritos de
Introdução se faz a Leitura para cada dia, um momento de silêncio e se
desejarem uma partilha ou outra dinâmica.
Em seguida, pode-se
fazer a leitura de Preces Escritas (da Liturgia das Horas do dia, manhã ou
tarde) ou Preces Espontâneas, terminando com uma Oração Final (da Liturgia das
Horas: Laudes ou Vésperas) e Canto (sugestões: Alegrai-vos sempre no Senhor;
alegrai-vos no Senhor; Noite Feliz ou Vinde, Cristãos, vinde à porfia)
Segundo
dia do Tríduo
Dia
23 de Dezembro – Segunda-feira
São João da Cruz faz
duas afirmações fundamentais sobre a Encarnação do Filho: é obra de Deus que
revela maximamente o seu amor pela humanidade: “porque por esta maneira / tua
bondade mais se veria” (R 6); e é, também, “exigência” da lei do amor perfeito:
“nos amores perfeitos / esta lei se requeria: / que se faça semelhante / o
amante a quem queria” (R 7).
Tanto Teresa como João
da Cruz, encontram em Jesus o dom de Deus, “prenda” de amor que nos tem (Vida
22, 14); dom total, irreversível: “Não me tirarás, meu Deus, o que uma vez me
deste no teu único Filho Jesus Cristo, em que me destes tudo o que quero” (dito
26).
Esta graça nos capacita
para poder realizar a nossa vocação filial em plenitude. Não necessitamos de
mais nada: “Não precisa o Senhor de nos fazer grandes graças para isto (para
chegar à união com Ele), basta o que nos deu em dar-nos o seu Filho para nos
ensinar o caminho” (5M 3, 7). Jesus é a Palavra de Deus a cada pessoa e todas
as graças que lhe são concedidas têm como finalidade fortalecê-la para se
configurar mais e melhor a Jesus, a primeira e definitiva graça (7M 4, 4).
Jesus é a condescendia de Deus no qual aparece a “humildade” de Deus como nosso
servidor. “Divino e humano juntos” (6M 7, 9), em unidade indissolúvel, graça e
desafio para todos os que O recebem crendo Nele.
Teresa não quer dom
algum que não seja por meio da “Sacratíssima Humanidade” de Jesus, o Mediador
entre o Pai e os homens: “Não quero nenhum bem, senão adquirido por quem nos
vieram todos os bens” (6M 7, 15). A este respeito, João da Cruz, dir-nos-á que
a Encarnação do filho de Deus é o fundamento e a “marca” de todas as mediações:
Deus quer que “o governo do homem seja por outro homem” (2S 22, 9).
Deus adianta-Se sempre
à pessoa, levando o protagonismo do amor: mostra-Se primeiro e sai ao encontro
dos que O desejam (Dito 2); “se a alma busca a Deus, muito mais a busca o seu
Amado” (Chama 3, 28; Dito 26).
“Para este fim de amor
fomos criados” (Cântico 29, 3).
“E para que pudesse
chegar a isto (união) a criou a sua imagem e semelhança” (Cântico 39, 4).
“Não é outra coisa a
oração mental... senão tratar de amizade, estando muitas vezes tratando a sós
com quem sabemos que nos ama” (Vida 8, 5). O amor circula entre os amigos, o
acolhimento e a doação mútuas. Por isso, as pessoas encontram-se num “nós” mais
ou menos formado: “A substancia da perfeita oração” não está “em pensar muito,
mas em amar muito”. Diz Teresa: “Nem todas as imaginações são hábeis de seu
natural para isso (pensar, meditar), mas todas as almas o são para amar” (F 5,
2; 4M 1, 7). Por ser amizade, a oração abrange a existência da pessoa, não pode
“confinar-se” a uns tempos que chamamos oração, silenciosa ou litúrgica,
pessoal ou comunitária: “O verdadeiro amante em toda a parte ama e sempre se
lembra do amado. Triste coisa seria que só pelos cantos se pudesse fazer
oração!” (F 5, 16).
Evangelho: Nascimento
de João Batista.
+ Proclamação do Evangelho + de Jesus
Cristo + segundo São Lucas (1,57- 66).
57 Completou-se o tempo da gravidez de
Isabel, e ela deu à luz um filho. 58 Os vizinhos e parentes ouviram dizer como
o Senhor tinha sido misericordioso para com Isabel, e alegraram-se com ela. 59 No
oitavo dia, foram circuncidar o menino, e queriam dar-lhe o nome de seu pai,
Zacarias. 60 A mãe porém disse: 'Não! Ele vai chamar-se João.' 61 Os outros
disseram: 'Não existe nenhum parente teu com esse nome!'
62 Então fizeram sinais ao pai, perguntando
como ele queria que o menino se chamasse. 63 Zacarias pediu uma tabuinha, e
escreveu: 'João é o seu nome.' 64 No mesmo instante, a boca de Zacarias se
abriu, sua língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus. 65 Todos os
vizinhos ficaram com medo, e a notícia espalhou-se por toda a região montanhosa
da Judéia. 66 E todos os que ouviam a notícia, ficavam pensando: 'O que virá a
ser este menino?' De fato, a mão do Senhor estava com ele.
Palavra da Salvação.
Meditação (meditar os textos lidos, de forma espontânea ou ordenada conforme a proposição do comentarista ou coordenador do Tríduo).
Preces
Invoquemos, irmãos e irmãs caríssimos, a Deus Pai
que enviou seu Filho para salvar a humanidade; e supliquemos:
R. Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericórdia!
Pai de bondade, com a mais sincera fé, nós
proclamamos Jesus Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro homem;
– fazei que por nosso modo de viver sejamos dignos de acolhê-lo. R.
– fazei que por nosso modo de viver sejamos dignos de acolhê-lo. R.
Vós, que enviastes vosso Filho para nos salvar,
– afastai todo sofrimento da face da terra e desta cidade. R.
– afastai todo sofrimento da face da terra e desta cidade. R.
Que nossa terra transborde de alegria pela vinda do
vosso Filho,
– para que experimente cada vez mais a plenitude da alegria que nos dais. R.
– para que experimente cada vez mais a plenitude da alegria que nos dais. R.
Por vossa misericórdia, fazei-nos viver neste mundo
com sobriedade, justiça e piedade,
– enquanto, vivendo a bem-aventurada esperança, aguardamos a vinda gloriosa do Cristo Salvador. R.
– enquanto, vivendo a bem-aventurada esperança, aguardamos a vinda gloriosa do Cristo Salvador. R.
(intenções livres)
Pai nosso.
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, ao aproximar-nos do natal do vosso Filho, concedei-nos obter a misericórdia do Verbo, que se encarnou no seio da Virgem e quis viver entre nós. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Canto: Noite Feliz ou Vinde, Cristãos, Vinde à Porfia ou Cristãos, Vinde Todos, com Alegres Cantos.
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