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domingo, 22 de dezembro de 2013

Tríduo de Natal Carmelitano - sugestão de Frei Wilson, delegado provincial para a OCDS.


Tríduo de Natal Carmelitano

PARA TODOS OS DIAS:

Canto: “Ó Luz do Senhor, que vem sobre a terra, inunda meu ser, permanece em nós”!
Comentarista: Estamos reunidos em nome do Pai, + do filho e do Espírito Santo. Amém.
Comentarista : Temos de Deus...
Todos: * este mandamento: quem ama a Deus, ame também seu irmão (1Jo 4, 21).

(O dirigente começa o inicio da frase, em negrito, e todos leem juntos o restante a partir do asterisco)

Comentarista: “Não é possível saber se amamos a Deus (embora haja grandes indícios para entender que o amamos); já o amor ao próximo pode ser comprovado. E convencei-vos: quanto mais praticardes este último, tanto mais estareis praticando o amor a Deus” (5M 3, 8).

Comentarista: Senhor Jesus...
Todos:  que vieste ao mundo para servir e não para ser servido, ensinai-nos a vos servir humildemente em nossos irmãos e irmãs.

(O dirigente começa a frase, em negrito, e todos leem o restante da frase após o asterisco)

Após estes ritos de introdução se faz a leitura para cada dia, um momento de silêncio e se desejarem uma partilha ou outra dinâmica.

Em seguida, pode-se fazer a leitura de preces escritas (da Liturgia das Horas do dia, manhã ou tarde) ou preces espontâneas, terminando com uma oração final (da Liturgia das Horas: Laudes ou Vésperas) e canto (sugestão: Alegrai-vos sempre no Senhor; alegrai-vos no Senhor)



Primeiro dia do Tríduo

22 de dezembro – domingo

Deus é um mistério de Amor. Ao dizer isto indicamos já aos cristãos um Deus comunidade de Pessoas. São João da Cruz contempla assim o nosso mistério fontal: “Três pessoas e um amado / entre todos Três havia, / e um amor em todas elas / e um amante as fazia” (R 1): “que, como o Pai e o Filho, / e o que dos dois procedia / um vive no outro” (R 4)

Na contemplação deste mistério de comunhão trinitária emerge a Pessoa do VERBO, o FILHO: “em Ti só me agradei” (R 2; C, 1, 5). A nossa participação na vida de Deus será “segundo” o Filho: filhos no filho ou filiação adotiva.

Este dado da fé é profundamente captado, vivido e comunicado pelos nossos santos Padres marcando e direcionando a espiritualidade de nossa Família com o traço da “interiorização”: “entrar em si com o seu Deus” (Caminho 28, 4), neste “céu” (Caminho 28,  2), “paraíso” do nosso coração  (Caminho 29, 4). “O lugar mais certo onde Deus está escondido” é o interior da pessoa (Cântico 1, 6-9).

A filiação identifica o nosso ser e o nosso processo cristão. Fala o Pai, propondo ao filho o seu plano de salvação:
“Ao que a Ti Te amar, Filho, / a Mim mesmo daria, / e o amor que Eu em Ti tenho / esse mesmo nele poria” (R 2).
“E o que a Ti mais se parece / a Mim mais satisfazia e o que em nada Te assemelha / em Mim nada acharia” (R 2).

Deus Comunidade abre a sua vida criando-nos e redimindo-nos, para fazer-nos viver “dentro de Si” a sua mesma vida;
Este mistério de amor “localiza-se” dentro de nós: Deus Comunidade vive dentro de nós e nos faz viver dentro de Si;
Deste modo, os mestres do Carmelo imprimem à nossa vida, ao nosso caminho espiritual a direção da interioridade: é dentro, no “profundo da alma”, “no mais profundo centro” onde Deus nos chama, para o qual avançamos quando respondemos ao chamado de Deus. Aí, “na sua morada”, acabaremos por estabelecer a nossa: “nesse templo de Deus, nesta sua morada, só ele e a alma gozam em profundíssimo silêncio” (7 M 3, 11);
Por fim, a “participação” na vida de Deus é “total”: Deus Se comunica como Deus para que possamos “responder-Lhe” como Deus, “ser Deus por participação”. E isto realiza-se na “modalidade” do Filho: Deus Pai diz ao Filho que, a quem O receber, “a Mim mesmo daria”, e que “o amor que em Ti tenho / esse mesmo nele poria” (R 2). Não “outro”, nem “menos” amor: “o mesmo”! “Parecer-nos” com o Filho, “assemelhar-nos” a Ele, é o que nos torna “agradáveis” ao Pai, que ele se alegre conosco.

Leitura do dia        Evangelho  (Mt 1,18-24)
18  A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo.19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo.
20  Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo de seus pecados”.
22  Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: 23“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco”.
24  Quando acordou, José fez como o anjo do Senhor havia mandado e aceitou sua esposa.

Meditação:

Preces:
Rezemos, irmãos e irmãs caríssimos, a nosso Senhor Jesus Cristo, Juiz dos vivos e dos mortos; e digamos:
 R. Vinde, Senhor Jesus!
Senhor Jesus Cristo, que viestes salvar os pecadores,
– defendei-nos de toda tentação. R.
Senhor Jesus Cristo, que vireis cheio de glória para julgar o mundo,
– manifestai em nós o poder da vossa salvação. R.
Ajudai-nos a cumprir, na força do Espírito, os mandamentos de vossa lei,
– para que possamos acolher com amor o dia de vossa vinda. R.
Senhor Jesus Cristo, que sois eternamente glorificado pelos anjos e santos, ensinai-nos
por vossa misericórdia a viver neste mundo com equilíbrio, justiça e piedade,
– aguardando a feliz esperança da Vossa vinda gloriosa. R.

Oração Final:
Derramai ó Deus a vossa graça em nossos corações, para que, conhecendo pela mensagem do Anjo a encarnação do vosso Filho, cheguemos, por sua paixão e cruz, à glória da ressurreição. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Canto Final:  Alegrai-vos no Senhor ou Noite Feliz.

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