Tríduo de Natal Carmelitano
PARA TODOS OS DIAS:
Canto: “Ó Luz do
Senhor, que vem sobre a terra, inunda meu ser, permanece em nós”!
Comentarista: Estamos
reunidos em nome do Pai, + do filho e do Espírito Santo. Amém.
Comentarista : Temos de Deus...
Todos: * este mandamento: quem ama a
Deus, ame também seu irmão (1Jo 4, 21).
(O dirigente começa o inicio da frase,
em negrito, e todos leem juntos o restante a partir do asterisco)
Comentarista: “Não é
possível saber se amamos a Deus (embora haja grandes indícios para entender que
o amamos); já o amor ao próximo pode ser comprovado. E convencei-vos: quanto
mais praticardes este último, tanto mais estareis praticando o amor a Deus” (5M
3, 8).
Comentarista: Senhor Jesus...
Todos: que vieste ao mundo para servir e não para ser
servido, ensinai-nos a vos servir humildemente em nossos irmãos e irmãs.
(O dirigente começa a frase, em negrito,
e todos leem o restante da frase após o asterisco)
Após estes ritos de introdução se faz a
leitura para cada dia, um momento de silêncio e se desejarem uma partilha ou
outra dinâmica.
Em seguida, pode-se fazer a leitura de
preces escritas (da Liturgia das Horas do dia, manhã ou tarde) ou preces
espontâneas, terminando com uma oração final (da Liturgia das Horas: Laudes ou
Vésperas) e canto (sugestão: Alegrai-vos sempre no Senhor; alegrai-vos no
Senhor)
Primeiro
dia do Tríduo
22
de dezembro – domingo
Deus é um mistério de Amor. Ao dizer
isto indicamos já aos cristãos um Deus comunidade de Pessoas. São João da Cruz
contempla assim o nosso mistério fontal: “Três pessoas e um amado / entre todos
Três havia, / e um amor em todas elas / e um amante as fazia” (R 1): “que, como
o Pai e o Filho, / e o que dos dois procedia / um vive no outro” (R 4)
Na contemplação deste mistério de comunhão
trinitária emerge a Pessoa do VERBO, o FILHO: “em Ti só me agradei” (R 2; C, 1,
5). A nossa participação na vida de Deus será “segundo” o Filho: filhos no
filho ou filiação adotiva.
Este dado da fé é profundamente captado,
vivido e comunicado pelos nossos santos Padres marcando e direcionando a
espiritualidade de nossa Família com o traço da “interiorização”: “entrar em si
com o seu Deus” (Caminho 28, 4), neste “céu” (Caminho 28, 2), “paraíso” do nosso coração (Caminho 29, 4). “O lugar mais certo onde
Deus está escondido” é o interior da pessoa (Cântico 1, 6-9).
A filiação identifica o nosso ser e o
nosso processo cristão. Fala o Pai, propondo ao filho o seu plano de salvação:
“Ao
que a Ti Te amar, Filho, / a Mim mesmo daria, / e o amor que Eu em Ti tenho /
esse mesmo nele poria” (R 2).
“E
o que a Ti mais se parece / a Mim mais satisfazia e o que em nada Te assemelha
/ em Mim nada acharia” (R 2).
Deus Comunidade abre a sua vida
criando-nos e redimindo-nos, para fazer-nos viver “dentro de Si” a sua mesma
vida;
Este mistério de amor “localiza-se”
dentro de nós: Deus Comunidade vive dentro de nós e nos faz viver dentro de Si;
Deste modo, os mestres do Carmelo
imprimem à nossa vida, ao nosso caminho espiritual a direção da interioridade:
é dentro, no “profundo da alma”, “no mais profundo centro” onde Deus nos chama,
para o qual avançamos quando respondemos ao chamado de Deus. Aí, “na sua
morada”, acabaremos por estabelecer a nossa: “nesse templo de Deus, nesta sua
morada, só ele e a alma gozam em profundíssimo silêncio” (7 M 3, 11);
Por fim, a “participação” na vida de
Deus é “total”: Deus Se comunica como Deus para que possamos “responder-Lhe”
como Deus, “ser Deus por participação”. E isto realiza-se na “modalidade” do
Filho: Deus Pai diz ao Filho que, a quem O receber, “a Mim mesmo daria”, e que
“o amor que em Ti tenho / esse mesmo nele poria” (R 2). Não “outro”, nem
“menos” amor: “o mesmo”! “Parecer-nos” com o Filho, “assemelhar-nos” a Ele, é o
que nos torna “agradáveis” ao Pai, que ele se alegre conosco.
Leitura
do dia Evangelho (Mt 1,18-24)
18
A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em
casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do
Espírito Santo.19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la,
resolveu abandonar Maria, em segredo.
20
Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em
sonho, e lhe disse: “José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como
tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21Ela dará à luz
um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo de
seus pecados”.
22
Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo
profeta: 23“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado
pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco”.
24
Quando acordou, José fez como o anjo do Senhor havia mandado e aceitou
sua esposa.
Meditação:
Preces:
Rezemos, irmãos e irmãs caríssimos, a
nosso Senhor Jesus Cristo, Juiz dos vivos e dos mortos; e digamos:
R. Vinde, Senhor Jesus!
Senhor Jesus Cristo, que viestes salvar
os pecadores,
– defendei-nos de toda tentação. R.
Senhor Jesus Cristo, que vireis cheio de
glória para julgar o mundo,
– manifestai em nós o poder da vossa
salvação. R.
Ajudai-nos a cumprir, na força do
Espírito, os mandamentos de vossa lei,
– para que possamos acolher com amor o
dia de vossa vinda. R.
Senhor Jesus Cristo, que sois eternamente
glorificado pelos anjos e santos, ensinai-nos
por vossa misericórdia a viver neste
mundo com equilíbrio, justiça e piedade,
– aguardando a feliz esperança da Vossa
vinda gloriosa. R.
Oração
Final:
Derramai ó Deus a vossa graça em nossos
corações, para que, conhecendo pela mensagem do Anjo a encarnação do vosso
Filho, cheguemos, por sua paixão e cruz, à glória da ressurreição. Por nosso
Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Canto
Final: Alegrai-vos no Senhor ou Noite Feliz.
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