Mons. Vitaliano explica a origem da festa do Rosário
Por Mons. Vitaliano Mattioli*
CRATO, sexta-feira, 5 de outubro de 2012 (ZENIT.org) - O mês de outubro é dedicado à Virgem do Rosario e no próximo domingo, dia 7, a Igreja celebra a festa de Nossa Senhora do Rosário.
Inicialmente esta festa se chamou festa de Santa Maria da Vitória, por celebrar a libertação dos cristãos dos ataques dos turcos, na batalha naval do 7 de outubro de 1571 em Lepanto (Grécia). São Pio V, Papa de então, para defender a Cristandade, estabeleceu que o Santo Rosário fosse rezado por todos os cristãos, pedindo a ajuda da Mãe de Deus, nessa hora decisiva. Atribuindo a vitória à intercessão de Maria, auxílio dos cristãos, instituiu esta festa no ano de 1572.
Sobre a origem do Rosário. A tradição diz que foi revelado a S. Domingos de Gusmão (1170-1221), numa aparição de Nossa Senhora, quando ele se preparava para defender a Igreja das heresias.
O Rosário completo era formado por 150 ave-marias, substituindo a oração dos antigos monges que rezavam todos os dias os 150 salmos do Saltério. Mas isso não era possível para o povo porque a sua maioria era analfabeta. Assim nasceu o Rosário, o “saltério de Nossa Senhora”, a “Bíblia dos pobres”, substituindo os 150 salmos pelas 150 ave-marias.
Os papas sempre recomendaram esta oração. A mesma Virgem em Fátima manifestou o seu grande desejo de que os cristãos rezassem o Rosário. O Beato João Paulo II escreveu a Carta Apostólica “O Rosário da Virgem Maria” (Rosarium Virginis Mariae, 16 de outubro do ano de 2002 ), insistindo na importância desta oração; nessa carta incluiu os cinco mistérios da luz. Dessa forma, o Rosário completo passou a ser formado por 200 ave-marias.
Nos vários mistérios pode-se meditar e contemplar toda a história da salvação, desde a Anunciação até a coroação de Nossa Senhora, refletindo sobre a vida pública de Jesus, a sua paixão, morte e ressurreição. Pode-se rezar em qualquer momento e lugar. Mas especialmente a Igreja aconselha rezar o Rosário em família. Em tempos passados, na tarde ou na noite, toda a família se reunia para honrar a Maria com esta oração. Hoje, que a família está em grande crise, é fundamental recuperar esta devoção para a salvação da família, pela sua unidade e pela perseverança na fidelidade dos esposos. Maria prometeu muitas graças aos seus devotos, a quantos a honram rezando o Rosário.
Neste mês de outubro seria bom que cada família pudesse encontrar o tempo para recuperar esta maravilhosa devoção. Este é o desejo do Papa na sua Carta Apostólica: “Oração pela paz, o Rosário foi desde sempre também oração da família e pela família. Outrora, esta oração era particularmente amada pelas famílias cristãs e favorecia certamente a sua união. É preciso não deixar perder esta preciosa herança. Importa voltar a rezar em família e pelas famílias, servindo-se ainda desta forma de oração...A família que reza unida, permanece unida.” (n. 41).
* Mons. Vitaliano Mattioli, nasceu em Roma, Itália, em 1938 e realizou estudos clássicos, filosóficos e jurídicos. Foi professor na Universidade Urbaniana e na Escola Clássica Apollinaire de Roma e Redator da revista "Palestra del Clero". Atualmente é missionário Fidei Donum na diocese de Crato, no Brasil.
(Ed.TS)
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