Deus, em suas
manifestações aos homens, não podendo revelar-lhes toda sua glória, por ser
essa infinita, utiliza-se de imagens, símbolos ou sacramentos, que tornam
“palpáveis” ou compreensíveis sua majestade e magnificências.
No dia de
Pentecostes, no Cenáculo de Jerusalém, o Espírito Santo Paráclito, o Prometido
do Pai, desce sobre a Igreja Nascente ali reunida: a Santíssima Virgem Maria,
Mãe de Jesus, os Apóstolos, Discípulos e Santas Mulheres. Ao todo, como nos
relata o Evangelista São Lucas, autor dos Atos dos Apóstolos, eram 120 pessoas.
No momento de sua
gloriosa vinda, o Espírito do Senhor vem através de manifestações especiais,
que revelam àquelas pessoas (a maioria de origem judaica) que realmente o
próprio Deus do Universo, Iahweh, o Deus da Aliança, ali estava presente!
Veremos cada uma dessas manifestações do Espírito Santo, Terceira Pessoa da
Santíssima Trindade, Deus e Senhor, naquele abençoado dia:
1) O TROVÃO:
este “sinal” da presença divina nos lembra as “visitas” de Deus a seu servo
Moisés no Horeb, a montanha de Deus. Sempre que o Senhor se fazia presente
naquele monte, grossas nuvens o cobriam e poderosos trovões ribombavam,
anunciando que Iahweh ali estava. Da mesma forma, no Cenáculo, o Espírito Santo
manifestou poderoso trovão, ouvido por toda a Jerusalém. Com tal sinal Ele
simplesmente estava “dizendo”: “meus filhos, estou aqui! Eu, Iahweh, estou no
meio de vós!”.
2) O VENTO: o vento é outro forte
sinal da presença de Deus e de seu Espírito. A própria palavra “Espírito”, em
hebraico, se pronuncia qual um “sopro”: RUAH! Para Nicodemos, Jesus revela que
o Espírito “é como o vento: ninguém sabe de onde vem e nem para onde vai; o
Espírito sopra a onde quer!”. No Antigo Testamento, vemos que foi um forte vento
que abriu o Mar Vermelho para o povo passar. Sabemos que a Igreja vê na
passagem pelo Mar Vermelho o prenúncio do Batismo: através da passagem pela
água, saímos da escravidão do pecado para a liberdade dos filhos de Deus!
Portanto, através do sinal do “vento” o Espírito Santo estava dizendo àquela
assembléia: “Sou Eu, o Espírito do Senhor (Ruah), o Santificador, o
Purificador!”.
3) O FOGO:
o fogo é outra forte imagem da presença divina (Teofania)! Era o fogo que queimava dos holocaustos
oferecidos ao Senhor. O fogo simboliza purificação: ele retira as
impurezas do ouro e da prata. O fogo aquece, isto é, expulsa o frio! O
fogo ilumina, isto é, expulsa as trevas! O fogo era utilizado pelos
pastores de rebanhos para oferecer calor e principalmente para espantar as
feras. Assim, através do símbolo “fogo”, o Espírito Santo estava a nos
dizer: “Eu, o Espírito Santo, sou vosso Purificador, Eu vos ilumino e
transformo vossas almas frias e tíbias (com a exceção da Santíssima Virgem, é
óbvio) em almas ardentes, fontes de luz e calor espirituais para todos os
homens da Terra! Eu mesmo expulso diante de vós as ‘feras’ do pecado, isto é,
os espíritos malignos! Através dessas ‘línguas de fogo’, dou-vos o dom da
eloqüência, o dom de tocar os corações e coragem para pregar! Ide, meus filhos,
vós sois a luz do mundo, como Jesus falou!”.
Assim, através
desses sinais, o Espírito Santo revela quem Ele é e o que quer de nós!
Maria, Esposa do
Espírito Santo, rogai por nós!
(Giovani
Carvalho Mendes, ocds)
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