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terça-feira, 29 de maio de 2012

Beata Elias de S.Clemente OCD

A vida de Ir. Elias nos deixa numa espécie de constrangimento pela sua simplicidade, na qual podemos ver uma profunda experiência de Deus e grande humanidade.

Seu nome era Teodora Fracasso. Ela nasceu em Bari, sul da Itália, filha de José Fracasso e de Páscoa Cianci no dia 17 de janeiro de 1901. Era a terceira dos nove filhos do casal. Viveu em sua família até os dezenove anos, muito animada e inteligente, sincera, sensível às belezas da natureza e fascinada pelo amor de Deus, entrou no Mosteiro das Carmelitas Descalças de S . Joseph, em Bari a 8 de abril de 1920; fez a profissão simples a 4 de dezembro de 1921 e a 11 de fevereiro de 1925 fez a profissão solene.
No final de 1926 começa a sofrer uma dor de cabeça contínua e grave, a qual ela chamou de "irmãozinho" amado "Meu irmãozinho - escreve para o sacerdote que dirigia a sua alma - não me permite fazer longos discursos, muito menos ouvir. Como você vê, todas as coisas cooperam para me isolar cada vez mais de tudo e viver somente de Deus. Nada perturba a paz de minha alma. Tudo que eu preciso é uma alavanca para levantar-me a Ele. Não, Padre venerável, não me arrependo de ter consagrada uma vítima do Senhor.” Na verdade, era o começo de encefalite, que a levaria à morte. Sua doença foi quase despercebida, tratada como uma simples gripe. Faleceu ao meio-dia no Natal, de 1927.

Pensamentos da Beata:

"O pensamento de que eu vivo para Ti, meu Deus, deve me fazer feliz em todos os eventos. Peço-Te, meu bom Jesus, com todo o meu coração a graça do desapego de todas as coisas deste mundo e viver apenas para Ti, de não desejar nada para mim, mas viver como se eu fosse sozinha no mundo.

Dá-me graça, ó meu Deus, para penetrar nos segredos mais íntimos do teu Coração ardente, e viver aqui desconhecida para qualquer olhar humano vivo e até para mim mesma; Faça que eu aja conduzida diretamente por Ti, fale inspirada por Ti, viva de Teu respiro, e as batidas do meu coração se fundam com as batidas divinas do Teu.”

“Quão suave, Senhor, é o Vosso amor! Perdida em Vós, vivo feliz para sempre.”

ORAÇÃO:
Deus todo-poderoso e eterno, que aceitastes comprazido a oblação que de si mesma vos fez a Beata Elias de São Clemente, virgem, concedei-nos, por sua intercessão, que, alimentados pelo Pão Eucarístico e iluminados pela luz da Vossa Palavra, cumpramos fielmente a Vossa santa vontade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo, AMÉM!

Parabéns Raimundo!!

Raimundo Pereira da Silva, OCDS

Querido Raimundo, neste dia especial, nos alegramos junto a você pelo dom da sua vida!! Que Nosso Amado Deus continue a lhe mostrar o caminho certo, e que o Espírito Santo torne dócil o seu coração para sempre responder a ELE com OBEDIÊNCIA E HUMILDADE! Nossa Senhora do Carmo, São José e todos os Santos Carmelitas intercedam por sua vocação. Receba nosso abraço fraterno cheio de saudades, mas felizes por você está fazendo a vontade do Pai!!

Com amor e orações,
Comunidade Rainha do Carmelo

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Parabéns Mário!!!

Mário de Assis e de São José, OCDS

Nossa Comunidade se alegra com o dom da sua vida! Pedimos ao Nosso Bom Deus que lhe proteja e livre de todo mal!! Desejamos, Sabedoria, Inteligência, Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade e Temor de Deus, que os Frutos do Espírito Santo estejam presentes sempre em sua vida!! Nossa Mãe Santíssima lhe conduza!! Muitas felicidades, Santidade de vida!

Com amor e orações,
Comunidade Rainha do Carmelo

Parabéns Frei Wilson!!!

Parabéns Frei Wilson, Nosso Deus que é PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO, faça nova todas as coisas em sua vida!! Somos muito gratos por toda sua dedicação e amor para com a OCDS do Norte-Nordeste, nossas comunidades se sentem prestigiadas com sua presença sempre tão amiga e carinhosa!! Pedimos ao Nosso Bom Deus que o abençoe e que Nossa Mãe Maria Santíssima lhe conduza, conte com nossas orações e amor!!

Comunidade Rainha do Carmelo.
Fortaleza-CE

domingo, 27 de maio de 2012

INVOCAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO



Vinde, Espírito Santo!
Vinde, Espírito de Deus!
Vinde, divino Paráclito!
Vinde por meio da poderosa intercessão do Imaculado Coração de Maria, vossa amantíssima Esposa!
Vós, que desde o santo Batismo já morais em meu coração, renovai vossa presença em mim!
Vós, que no santo Crisma consolidastes vossa presença em meu coração, dai-me perseverança e força na luta!
Vinde Espírito de Entendimento e de Sabedoria!
Vinde Espírito de Ciência e de Fortaleza!
Vinde Espírito de Conselho e de Piedade!
Vinde Espírito de Temor a Deus!
Vinde, Espírito de Amor, aquece-me com o vosso amor!
Vinde, vinde, tomai conta de todo o meu ser! Transforma-me em na imagem e semelhança de Jesus, como é a vontade do Pai!
Vinde, Doce Hóspede de nossas almas! Tornai puro o meu coração, para que a Trindade nele encontre uma digna morada!
Vinde, não tardeis mais! Vinde, meu Amor, minha Vida, minha Força, minha Unção, meu Tudo!
Vinde, vinde, vinde!
Amém.

                                                                                      Giovani Carvalho Mendes, ocds

O ESPÍRITO SANTO EM PENTECOSTES


Deus, em suas manifestações aos homens, não podendo revelar-lhes toda sua glória, por ser essa infinita, utiliza-se de imagens, símbolos ou sacramentos, que tornam “palpáveis” ou compreensíveis sua majestade e magnificências.
No dia de Pentecostes, no Cenáculo de Jerusalém, o Espírito Santo Paráclito, o Prometido do Pai, desce sobre a Igreja Nascente ali reunida: a Santíssima Virgem Maria, Mãe de Jesus, os Apóstolos, Discípulos e Santas Mulheres. Ao todo, como nos relata o Evangelista São Lucas, autor dos Atos dos Apóstolos, eram 120 pessoas.
No momento de sua gloriosa vinda, o Espírito do Senhor vem através de manifestações especiais, que revelam àquelas pessoas (a maioria de origem judaica) que realmente o próprio Deus do Universo, Iahweh, o Deus da Aliança, ali estava presente! Veremos cada uma dessas manifestações do Espírito Santo, Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, Deus e Senhor, naquele abençoado dia:

1) O TROVÃO: este “sinal” da presença divina nos lembra as “visitas” de Deus a seu servo Moisés no Horeb, a montanha de Deus. Sempre que o Senhor se fazia presente naquele monte, grossas nuvens o cobriam e poderosos trovões ribombavam, anunciando que Iahweh ali estava. Da mesma forma, no Cenáculo, o Espírito Santo manifestou poderoso trovão, ouvido por toda a Jerusalém. Com tal sinal Ele simplesmente estava “dizendo”: “meus filhos, estou aqui! Eu, Iahweh, estou no meio de vós!”.

2) O VENTO: o vento é outro forte sinal da presença de Deus e de seu Espírito. A própria palavra “Espírito”, em hebraico, se pronuncia qual um “sopro”: RUAH! Para Nicodemos, Jesus revela que o Espírito “é como o vento: ninguém sabe de onde vem e nem para onde vai; o Espírito sopra a onde quer!”. No Antigo Testamento, vemos que foi um forte vento que abriu o Mar Vermelho para o povo passar. Sabemos que a Igreja vê na passagem pelo Mar Vermelho o prenúncio do Batismo: através da passagem pela água, saímos da escravidão do pecado para a liberdade dos filhos de Deus! Portanto, através do sinal do “vento” o Espírito Santo estava dizendo àquela assembléia: “Sou Eu, o Espírito do Senhor (Ruah), o Santificador, o Purificador!”.

3) O FOGO: o fogo é outra forte imagem da presença divina (Teofania)!  Era o fogo que queimava dos holocaustos oferecidos ao Senhor. O fogo simboliza purificação: ele retira as impurezas do ouro e da prata. O fogo aquece, isto é, expulsa o frio! O fogo ilumina, isto é, expulsa as trevas! O fogo era utilizado pelos pastores de rebanhos para oferecer calor e principalmente para espantar as feras. Assim, através do símbolo “fogo”, o Espírito Santo estava a nos dizer: “Eu, o Espírito Santo, sou vosso Purificador, Eu vos ilumino e transformo vossas almas frias e tíbias (com a exceção da Santíssima Virgem, é óbvio) em almas ardentes, fontes de luz e calor espirituais para todos os homens da Terra! Eu mesmo expulso diante de vós as ‘feras’ do pecado, isto é, os espíritos malignos! Através dessas ‘línguas de fogo’, dou-vos o dom da eloqüência, o dom de tocar os corações e coragem para pregar! Ide, meus filhos, vós sois a luz do mundo, como Jesus falou!”.
Assim, através desses sinais, o Espírito Santo revela quem Ele é e o que quer de nós!
Maria, Esposa do Espírito Santo, rogai por nós!
 
                         
                                                 (Giovani Carvalho Mendes, ocds)

domingo, 20 de maio de 2012

Reunião dia 19-05-12

Iniciamos nossa tarde de formação e fraternidade meditando sobre essa frase de nosso Pe.Geral, Savério Cannistrá.
Após a oração inicial, Giovani, em continuidade as formações sobre Oração Cristã, nos fala dos caminhos da oração: ORAÇÃO AO PAI, ORAÇÃO A JESUS e ORAÇÃO EM COMUNHÃO COM A SANTA MÃE DE DEUS.
Resumindo: A oração é dirigida sobretudo ao Pai, também é dirigida à Jesus, sobretudo pela invocação de seu santo nome: "Jesus Cristo, Filho de Deus, Senhor, tende piedade de nós, pecadores!"
Ninguém pode dizer: "Jesus é Senhor", a não ser no Espírito Santo. A Igreja nos convida a invocar o Espírito Santo como o Mestre interior da oração cristã.
Em virtude da cooperação singular da Virgem Maria com a ação do Espírito Santo, a Igreja gosta de rezar em comunhão com ela, para exalar com ela as grandes coisas que Deus realizou nela e para confiar-lhe súplicas e louvores.
Neila, nossa formadora, nos lembra sobre o congresso Norte-Nordeste que acontecerá de 07.06 à 10.06 em Recife, preparemos nossas malas e o nosso coração! Pausa para partilha e fraternidade. Acima, Regina e Mário.
Fabrício, Osmar e Liduína
Após o recreio, tivemos nosso momento oracional com o Salmo 47 (46) e depois a formação com os capítulos 15, 16 e 17 do livro Fundações de Nossa Santa Madre Teresa de Jesus.  Concluímos nossa tarde com a Oração das Vésperas e Salve Regina.
Para refletir, rever a vida, interceder, agradecer, contemplar... "Filhas minhas, esforcemo-nos  por ser verdadeiras Carmelitas, pois depressa se acabará a jornada."(Cap 16,5)
"Praza a Nosso Senhor, irmãs, que vivamos como verdadeiras filhas da Virgem e observemos os deveres de nossa profissão, para que Nosso Senhor nos faça a mercê que nos deixou prometida."Amém!

Pai santo, Tu que a Mim Te deste, guarda-os em Ti, para serem um só!

Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Concílio Vaticano II
Constituição sobre a Igreja «Lumen gentium», §32 (trad. © Libreria Editrice Vaticana)
A Santa Igreja, por instituição divina, é organizada e governada com uma variedade admirável. «Assim como num mesmo corpo temos muitos membros, e nem todos têm a mesma função, assim, sendo muitos, formamos um só corpo em Cristo, sendo membros uns dos outros» (Rm 12, 4-5).
Um só é, pois, o Povo de Deus: «um só Senhor, uma só fé, um só Batismo (Ef 4,5); comum é a dignidade dos membros, pela regeneração em Cristo; comum a graça de filhos, comum a vocação à perfeição; uma só salvação, uma só esperança e uma caridade indivisa. Nenhuma desigualdade, portanto, em Cristo e na Igreja, por motivo de raça ou de nação, de condição social ou de sexo, porque «não há judeu nem grego, escravo nem homem livre, homem nem mulher: com efeito, em Cristo Jesus, todos vós sois um» (Gl 3,28 gr.; cfr. Cl 3,11).
Portanto, ainda que, na Igreja, nem todos sigam pelo mesmo caminho, todos são, contudo, chamados à santidade, e a todos coube a mesma fé pela justiça de Deus (cfr. 2 Pe 1,1). Ainda que, por vontade de Cristo, alguns sejam constituídos doutores, dispensadores dos mistérios e pastores em favor dos demais, reina, porém, igualdade entre todos quanto à dignidade e quanto à atuação, comum a todos os fiéis, em favor da edificação do corpo de Cristo.

sábado, 19 de maio de 2012

Missa solene de São Simão Stock!

Celebramos dia 16.05.12 na Capela do Carmelo de Santa Teresinha às 19:00h, a Missa em honra de São Simão Stock, presidida por Frei Sales e co-celebrada por Pe.Francisco Menezes. Rosângela da Comunidade Rainha do Carmelo faz o comentário inicial.
Procissão de entrada

Momento da homilia
Monjas do Carmelo Santa Teresinha
Assembléia dos Carmelitas Seculares
Admissão de novos membros à OCDS: Fátima e Helaine da Comunidade Rainha do Carmelo e Gláucia, Helena e Eugênia da Comunidade São José de Santa Teresa. Na ocasião foi entregue também o Escapulário a cada um.

Também nesse dia aconteceu a renovação das promessas definitivas. Da esquerda para direira: Rosângela, Mônica, Marília, Neila, Mariza, Maria Luiza, Irene, Livramento e Efigênia, da Comunidade Rainha do Carmelo.
Renovação das promessas temporárias. Da esquerda para direita: Renato, Regina, Natália, Juliana, Adélia, Fátima, Giovani e Flávio, da Comunidade Rainha do Carmelo.

Renovação das promessas dos membros da Comunidade São José de Santa Teresa: Ceane e Ana Stela

Renovação das promessas definitivas de Luciano, presidente da Comunidade São José de Santa Teresa.

Felizes por estarmos  reunidos em Comunidade.
Pe.Francisco Menezes e Frei Sales.
Comunidade São José de Santa Teresa após a Santa Missa.
"Porventura não nos conduziu o Senhor, nosso Salvador, graciosamente a essa solidão, onde nos falaria ao coração com especial familiaridade. Ele nos mostra aos seus amigos a graça da consolação e revela os mistérios mais profundos, não em público, nem nas praças, nem no ruído tumultuoso, mas no silêncio da cela."(Liturgia das horas)São Simão Stock, rogai por nós!!

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Permanecei no Meu amor!!


Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Vida de S. Francisco de Assis, chamado «Anónimo de Perugia» (séc. XIII), §97
Desde o início da sua conversão até ao dia da sua morte, o bem-aventurado Francisco sempre foi muito duro com o seu corpo. Mas a sua principal e maior preocupação era possuir e conservar sempre, interior e exteriormente, a alegria espiritual. Afirmava que se o servo de Deus se esforçasse por possuir e conservar a alegria espiritual, interior e exterior, que procede da pureza do coração, os demónios não poderiam fazer-lhe mal algum, pois seriam obrigados a reconhecer: «Dado que este servo de Deus conserva a sua alegria tanto na tribulação como na prosperidade, não encontramos nenhum meio de lhe prejudicar a alma.»
Um dia, repreendeu um dos seus companheiros que tinha um ar triste e o rosto amargurado: «Porque manifestas assim a tristeza e a dor que sentes dos teus pecados? Isso é entre ti e Deus. Pede-Lhe para te dar, pela Sua bondade, a alegria da salvação (Sl 50,14). À minha frente e à frente dos outros, trata de te mostrares sempre feliz, porque não convém que um servo de Deus apareça diante dos irmãos ou dos outros homens com um rosto triste e carrancudo.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Palestra de Savério Cannistrà.

Palestra de Savério Cannistrà - Pe. Geral dos Carmelitas no IV Congresso Ibérico de Carmelitas Seculares realizado em Ávila de 28 a 01 de maio de 2012.



Os carmelitas seculares partilham com os religiosos o mesmo carisma, vivendo cada um conforme seu próprio estado de vida. Como se pode entender esta pertença comum à mesma Ordem?
Ainda continuamos buscando uma resposta: não podemos pensar que tudo se resolve tornando religiosos os leigos ou secularizando a vocação dos religiosos.
O único modo correto de compreender a relação é definir claramente ambas as condições e respeitar as diferenças.
O religioso: professa publicamente os votos (nas mãos do Superior legítimo), vive fraternalmente em comum e em desapego do mundo. Estes elementos não são próprios do estado laical, por isso não podemos confundir, por exemplo, votos e promessas ou vida em comum de um religioso e a pertença a uma fraternidade Secular ou, por último, o desapego do mundo de um religioso e o “não ser do mundo” do leigo.
O estado de vida laical quase sempre é definido de forma negativa: “os leigos não são religiosos”. Para darmos uma resposta correta é necessário revelar aspectos positivos.
Leigo: um termo que pertence à linguagem eclesiástica. Expressa participação e corresponsabilidade na única realidade do povo de Deus. Só depois, a partir do século IV ou V se vai insistir na diferença entre leigo e hierarquia e leigo passa a significar “não sacerdote”. No século XIX a noção de leigo assume outro significado: “tudo o que faz parte da esfera civil”, reconhecida como independente e neutra a respeito de qualquer religião ou culto. Agora já se faz necessário acrescentar ao leigo o adjetivo “cristãos”.
LG 31: “O caráter secular é próprio e peculiar dos leigos pela própria vocação. Tratar de obter o reino de Deus trabalhando os assuntos temporais e ordenando-os segundo Deus. Vivem no mundo, isto é, em todos e em cada um dos deveres e ocupações do mundo”. Contribuem à salvação do mundo nele inseridos, como fermento.
CL 15: Ainda existe uma certa resistência em pensar a secularidade, o mundo, como um lugar de presença do Espírito. Pensamos como realidade negativa, contrária ao cristianismo, e portanto é difícil definir o status do leigo cristão. Porém, para CL, como para o Concílio, o mundo em sua realidade concreta, com suas situações e trabalhos, é o instrumento do qual se serve a graça de Deus para a salvação dos fieis leigos.
O mundo é parte da própria humanidade (LG 48 ).
Quem é o leigo carmelita?
CIC 303: As associações onde os membros levam uma vida apostólica e tendem à perfeição cristã participando no mundo do carisma de um Instituto sob a supervisão deste Instituto recebem o nome de Ordens Terceiras ou outro adequado...
Uma Ordem secular se caracteriza, portanto: pela busca da perfeição cristã e a prática da vida apostólica participando do carisma específico de um Instituto.
O leigo carmelita é uma pessoa que busca a santidade (a plenitude de sua vocação batismal) e coloca toda sua vida ao serviço de Cristo e do Evangelho através do apostolado, sem modificar seu modo de estar no mundo. Está presente em todas as dimensões da existência e as vivem em profundidade evangelizando-as em sua própria pessoa, isto é, unido-as a Cristo, do qual é membro. O Batizado não se converte só em cristão, mas em Cristo mesmo (Santo Agostinho).
Isso significa uma grande riqueza não só para a pessoa, mas também para a Ordem, que pode assim mostrar a potência e capacidade de seu carisma. Que grande e maravilhosa é a missão do Carmelita Secular! Fazer que a realidade da vida de cada dia ( amizade, trabalho, ação política) se revele como espaço em que o Reino de Deus já vem, de fato chegou e está entre nós.
As Ordens Seculares não devem reduzir-se a modelos imitativos da vida religiosa. Por exemplo, as promessas ou votos não se contemplam no Direito como algo característico, essencial para definir o leigo cristão. É difícil expressar a consagração do leigo e por isso se toma o modelo religioso.
O compromisso definitivo é seguir a Cristo, viver em seu obséquio no meio do mundo e conforme o espírito do Carmelo teresiano. Ressalta dois aspetos:
O Carisma de Teresa nasce e se define como resposta ao descobrimento do amor de Deus feito homem, que a ama como ela é, sem condições nem reservas. Por isso seu nome será “de Jesus”.
No Carmelo todos nós estamos por Jesus. Ele nos tocou misteriosamente e nos faz saber, mesmo ainda não entendendo, que olhou para nós. Conhecida esta verdade, não há possibilidade de “livrar-nos de sua companhia” (cf. C 26 )
Tudo o que fizermos, sempre em companhia de Jesus, dando graças através dele ao Pai (cf. Col.) e isso não é uma atitude sentimental ou só sentimental ou afetiva, mas sim um exercício de fé, de vida teologal, que só é possível quando se nutre constantemente da oração como dialogo de amizade com o Senhor, e se alimenta com a escuta da Palavra de Deus.
O Carisma de Teresa nos coloca a serviço dos outros.
Para os amigos de Jesus não tem sentido viver se não é viver para os outros. A vida de oração não nos fecha em nós mesmos, mas nos joga aos outros com uma sensibilidade e uma generosidade novas. E isso se converte no único sinal visível de que nos encontramos com o Senhor e não com nós mesmos.
Estas características podem se reproduzir nos diversos modos de vida.
O Carisma é rico, mas também exigente, ocupa espaços de nossa vida e os integra. Quem se decide por esta vocação com determinada determinação vai descobrir que não se pertence, que não pode reservar-se para si e que, ao mesmo tempo, possui tudo. O essencial é viver uma vida no Espírito que se acende em nós e nos chama à luz, obrando e transformando nossa realidade.
A formação. O cuidado da vocação.
É algo inseparável da comunidade em que a vocação ao Carmelo nos insere. Por exemplo em V 7,22, Teresa nos chamará a “fazer-nos escudos uns aos outros para ir adiante; buscar companhia para defender-se; se não, vão se ver em muito aperto. A caridade aumenta ao ser transmitida”.
Nas Constituições da Ordem Secular parece que não se desenvolveu suficientemente este importante aspecto do Carisma, apesar do que foi dito no n° 40 das mesmas. O tema comunitário parecer reduzir-se a questões de administração ou de governo.
Teresa quis formar comunidades orantes. O amor de umas para com as outras, por exemplo, será a primeira condição para poder começar um caminho de oração. Na solidão e sozinhos é fácil se equivocar, confundir o Deus vivo e verdadeiro com nossas imagens e ídolos ou a Espiritualidade com o espiritualismo. Somente confrontando-me com o outro, relacionando-me com ele, descubro minha verdade mais profunda, que não aparece simplesmente se me e olho no espelho. É aquela que se manifesta com evidência cristalina quando me relaciono com a irmã ou irmão que está a meu lado.
Não quero identificar a comunidade da Ordem Secular com uma comunidade religiosa. A comunidade da Ordem Secular tem características e finalidades diversas: o que a une não é uma interação constante entre seus membros, mas o fato de caminhar juntos ou, melhor, na mesma direção, compartilhando objetivos e finalidades cada um na sua situação concreta na qual se encontra.
Devemos fazer das Comunidades Seculares lugares de intercâmbio e de autêntica revisão de vida. Assim serão atraentes, porque hoje mais do que nunca se sente a necessidade de favorecer o encontro e o discernimento, em uma sociedade que tende à dispersão e à distração. Vai exigir um trabalho e um compromisso não isento de riscos.
Crescer na confiança e no conhecimento recíproco, criar um ambiente no qual possamos nos expressar sem medo de sermos mal interpretados ou traídos. É este o caminho de vossas comunidades?
A leitura teresiana que estamos realizando nos permite perceber como Teresa nos convida a uma maior coragem diante de nossas dúvidas e temores. Convida-nos a percorrer até o final o caminho que ela mesma nos indica. Porém não temos nada que temer porque o que ama de verdade a Deus, com certeza vai por um caminho amplo e real, longe de precipícios, sem tropeços, pelo vale da humildade. O que tememos para não nos colocarmos no Caminho da Perfeição? A verdadeira segurança está em ir adiantado no caminho de Deus: os olhos Nele e sem medo (Santa Teresa)
Estas palavras nascem de uma vida trabalhada e sofrida, mas também trabalhada e plenamente feliz. Estamos chamados a estar a sua altura, e para isso é preciso que não nos cansemos de examinar-nos. Para isso fomos chamados.

Tradução: Frei Xavier Yudego Marin, OCD
Postado por rose Lemos piotto no OCDS - PROVÍNCIA SÃO JOSÉ em 5/09/2012 03:39:00 PM

terça-feira, 8 de maio de 2012

Parabéns Liduína! 08-05-12

MARIA LIDUÍNA REIS COELHO,

Compartilhamos com você nossa alegria pelo dom da sua vida!! Um santo e feliz aniversário repleto das bençãos do Céu e da intercessão de nossos Santos e Santas do Carmelo!! Que em sua caminhada rumo à santidade seus olhos estejam fixos em Cristo Jesus, o Amado de nossas almas!!!

Com amor e orações,
Comunidade Rainha do Carmelo

Eu vou, mas voltarei a vós!

Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Cardeal Joseph Ratzinger [Papa Bento XVI]
Meditationen zur Karwoche, 1969
O evangelista João faz remontar ao momento da cruz os dois sacramentos [do batismo e da eucaristia]: vê-os jorrar do lado aberto do Senhor (19,34) e aí descobre o cumprimento de certas palavras de Jesus no Seu discurso de despedida: «Eu vou, mas voltarei a vós» (grego). «Partindo, venho; sim, a Minha partida – a morte na cruz – é também a Minha vinda.»
Enquanto estamos vivos, o corpo não é apenas a ponte que nos liga uns aos outros, é também a barreira que nos separa, que nos encerra no reduto intransponível do nosso eu. [...] O Seu lado aberto torna-se o símbolo da nova abertura que o Senhor adquiriu na morte. Desde então, a barreira do Seu corpo desapareceu: o sangue e a água correm do Seu flanco, através da história, numa imensa onda; enquanto Ressuscitado, Ele é o espaço aberto que a todos nos convida.
O Seu regresso não é um acontecimento longínquo situado no fim dos tempos; iniciou-se já à hora da Sua morte quando, ao partir, Ele veio de forma completamente nova para o meio de nós. Assim, na morte do Senhor, cumpriu-se o destino do grão de trigo: se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica só; mas, se morrer, dará muito fruto (Jo 12, 24). Todos nós vivemos ainda do fruto deste grão que morreu. No pão da eucaristia, recebemos a inesgotável multiplicação dos pães do amor de Jesus Cristo, rico o bastante para saciar a fome por todos os séculos.

domingo, 6 de maio de 2012

Pascuella em 05.05.12

Pascuella das Comunidades Rainha do Carmelo e da Comunidade São José de Santa Teresa, juntamente com as monjas do Carmelo Santa Tersinha de Fortaleza.

Apresentamos umas paródias para nossas queridas monjas e elas nos apresentaram uma linda música!
Após o momento no locutório, fomos para a Ermida para lancharmos e partilhar os dons de cada um.

Dani e MônicaAdélia e Moisés

Gláucia e Helena

As Comunidades reunidas.

"Considerai-vos alicerces daqueles que virão!"
Santa Madre
Teresa de Jesus

Permanecei em Mim, que Eu permaneço em vós!

Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Bem-aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
A Simple Path
Amai a oração. Frequentemente, ao longo do dia, procurai sentir a necessidade de orar e, nesses momentos, esforçai-vos por fazê-lo. A oração expande o coração ao ponto em que ele poderá conter o dom que Deus nos faz de Si próprio. «Pedi, procurai» (Lc 11,9) e o vosso coração expandir-se-á o suficiente para O receber.
A seguinte oração, extraída do livro de orações da nossa comunidade, foi escolhida entre as que recitamos todos os dias. Que ela vos ajude. [...]
«Tornemo-nos ramos autênticos e ricos em uvas da vinha de Jesus, acolhendo-O na nossa vida como Lhe aprouver vir:
como Verdade ¬ para a dizer;
como vida para a viver;
como Luz para iluminar;
como Amor para ser amado;
como Caminho para o percorrer;
como Alegria para a dar;
como Paz para a propagar;
como sacrifício para o oferecer,
na nossa família e à nossa volta.»