"Ó Senhor meu! Quando penso nos muitos sofrimentos que padecestes sem ter merecido nenhum, não sei o que dizer de mim, nem onde estava com a cabeça quando não queria sofrer, nem onde tenho o juízo quando me desculpo. Vós já sabeis, Bem meu, que, se tenho algum bem, ele não me é dado por outras mãos senão pelas Vossas. Será, Senhor, que Vos é mais difícil dar muito do que pouco? Se é porque não o mereço, eu tampouco merecia os favores que me tendes concedido. Será possível esperar que sempre se tenha uma boa impressão de criatura tão vil quanto eu, quando tantas coisas ruins disseram de Vós, que sois o bem que supera todos os bens? Não, não é possível suportar, é intolerável, Deus meu — nem queria eu que Vós o suportásseis —, que haja em vossa serva algo que não agrade aos Vossos olhos. Pois, vede, Senhor, os meus olhos estão cegos e se contentam com muito pouco. Dai-me luz e fazei que, com sinceridade, eu deseje que todos se aborreçam de mim, já que tantas vezes eu me aborreci de Vós, que me amais com tanta fidelidade."(C 15,5)
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