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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Oração de Santa Madre Teresa de Jesus - 20


”Ó Senhor meu! Que é isso? Sempre que ouço isso, tenho grande consolo, até quando eu estava muito perdida. Será possível, Senhor, que haja uma alma que, tendo chegado a esse ponto e recebido de Vós tamanhas graças e alegrias, tendo compreendido que Vos deliciais com ela, volte a Vos ofender esquecendo tantos favores e mostras tão grandes do Vosso amor, de que não se pode duvidar, pois são vistas claramente na obra que fazeis? Sim, por certo há, e que não Vos ofendeu uma, mas muitas vezes: essa sou eu. E queira a Vossa bondade, Senhor, que seja só eu a ingrata, a que fez tantas maldades e teve uma ingratidão tão excessiva. Porque de mim algum bem Vossa infinita bondade já tirou e, apesar de o mal ser maior, mais resplandece o grande bem de Vossas misericórdias. E com quanta razão eu as posso cantar para sempre! Suplico-Vos, Deus meu, que assim seja e que eu as cante sem parar, já que Vos dignastes conceder-me graças tão imensas que espantam os que as vêem e que muitas vezes me deixem fora de mim para que eu melhor Vos louve; porque, sem Vós, eu não poderia, Senhor meu, senão voltar a ter cortadas as flores desse jardim, de modo que essa terra miserável servisse outra vez de monturo. Não o permitais, Senhor, nem desejeis que se perca uma alma que com tantos sofrimentos conquistastes, e que tornastes a resgatar em inúmeras oportunidades, arrancando-a dos dentes do espantoso dragão.(V 14,10)

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