Comentário ao Evangelho do dia feito por :
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Homilias sobre a conversão pronunciadas no seu regresso do campo, nº1 (a partir da trad. DDB 1978, p. 27)
Evitemos perder toda a esperança, mas evitemos igualmente ceder facilmente à indolência. [...] O desespero impede quem cai de se voltar a levantar, e a indolência faz cair quem está de pé. [...] Se a presunção nos faz cair do alto dos céus, o desespero lança-nos no abismo infinito do mal, enquanto que basta um pouco de esperança para nos arrancar a ele. [...]
Foi assim que Ninive foi salva. Contudo, a sentença divina pronunciada contra os Ninivitas era de natureza a mergulhá-los no desalento, porque ela não dizia: «Se vos arrependerdes, sereis salvos», mas simplesmente: «Dentro de três dias, Ninive será destruída» (Jon, 3, 4). Mas nem as ameaças do Senhor, nem as imposições do profeta, nem a própria severidade da sentença [...] fizeram dobrar a sua confiança. Deus quer que tiremos uma lição desta sentença imposta sem condições a fim de que, instruídos por este exemplo, resistamos tanto ao desespero como à passividade. [...] Por outro lado, a benevolência divina não Se manifesta apenas pelo perdão concedido aos Ninivitas arrependidos [...]: o prazo concedido atesta igualmente a Sua bondade inexprimível. Parece-vos que três dias seriam suficientes para apagar tanta iniquidade? A benevolência de Deus brilha por trás destas palavras; de resto, não é ela o artífice principal da salvação de toda a cidade?
Que este exemplo nos preserve de todo o desespero. Porque o diabo considera esta fraqueza como a sua arma mais eficaz e, depois de termos pecado, não saberíamos dar-lhe maior prazer do que perdendo a esperança.
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Homilias sobre a conversão pronunciadas no seu regresso do campo, nº1 (a partir da trad. DDB 1978, p. 27)
Evitemos perder toda a esperança, mas evitemos igualmente ceder facilmente à indolência. [...] O desespero impede quem cai de se voltar a levantar, e a indolência faz cair quem está de pé. [...] Se a presunção nos faz cair do alto dos céus, o desespero lança-nos no abismo infinito do mal, enquanto que basta um pouco de esperança para nos arrancar a ele. [...]
Foi assim que Ninive foi salva. Contudo, a sentença divina pronunciada contra os Ninivitas era de natureza a mergulhá-los no desalento, porque ela não dizia: «Se vos arrependerdes, sereis salvos», mas simplesmente: «Dentro de três dias, Ninive será destruída» (Jon, 3, 4). Mas nem as ameaças do Senhor, nem as imposições do profeta, nem a própria severidade da sentença [...] fizeram dobrar a sua confiança. Deus quer que tiremos uma lição desta sentença imposta sem condições a fim de que, instruídos por este exemplo, resistamos tanto ao desespero como à passividade. [...] Por outro lado, a benevolência divina não Se manifesta apenas pelo perdão concedido aos Ninivitas arrependidos [...]: o prazo concedido atesta igualmente a Sua bondade inexprimível. Parece-vos que três dias seriam suficientes para apagar tanta iniquidade? A benevolência de Deus brilha por trás destas palavras; de resto, não é ela o artífice principal da salvação de toda a cidade?
Que este exemplo nos preserve de todo o desespero. Porque o diabo considera esta fraqueza como a sua arma mais eficaz e, depois de termos pecado, não saberíamos dar-lhe maior prazer do que perdendo a esperança.
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