Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Santa Teresa de Ávila (1515-1582), carmelita, Doutora da Igreja
O Caminho da perfeição, cap. 28, 9-11 (a partir da trad. OC, Cerf 1995, p. 805)
Imaginemos que há em nós um palácio de imensa riqueza, todo construído em ouro e pedras preciosas, digno do Mestre a Quem pertence. Em seguida, pensai, minhas irmãs, que a beleza deste edifício também depende de vós. É verdade, pois haverá edifício mais belo do que uma alma pura e cheia de virtudes? E quanto maiores forem, mais resplandecem as pedrarias. Por fim, pensai que neste palácio habita este grande Rei que quis tornar-Se nosso Pai; Ele senta-Se num trono de grande valor, que é o vosso coração. [...]
Podereis rir-vos de mim e dizer que isto é muito claro. Tendes razão, mas isto foi obscuro para mim durante um certo tempo. Eu compreendia que tinha uma alma, mas a estima que esta alma merecia, a dignidade d'Aquele que a habitava era algo que eu não compreendia. As vaidades da vida eram como uma venda que colocava sobre os olhos. Se eu tivesse percebido, como percebo hoje, que naquele pequeno palácio da minha alma habita um Rei tão grande, não O teria deixado só tantas vezes; teria ficado de tempos a tempos perto d'Ele e teria feito o necessário para que o palácio estivesse menos sujo. Como é admirável pensar que Aquele cuja grandeza encheria mil mundos, e muito mais, cabe numa morada tão pequena!
Santa Teresa de Ávila (1515-1582), carmelita, Doutora da Igreja
O Caminho da perfeição, cap. 28, 9-11 (a partir da trad. OC, Cerf 1995, p. 805)
Imaginemos que há em nós um palácio de imensa riqueza, todo construído em ouro e pedras preciosas, digno do Mestre a Quem pertence. Em seguida, pensai, minhas irmãs, que a beleza deste edifício também depende de vós. É verdade, pois haverá edifício mais belo do que uma alma pura e cheia de virtudes? E quanto maiores forem, mais resplandecem as pedrarias. Por fim, pensai que neste palácio habita este grande Rei que quis tornar-Se nosso Pai; Ele senta-Se num trono de grande valor, que é o vosso coração. [...]
Podereis rir-vos de mim e dizer que isto é muito claro. Tendes razão, mas isto foi obscuro para mim durante um certo tempo. Eu compreendia que tinha uma alma, mas a estima que esta alma merecia, a dignidade d'Aquele que a habitava era algo que eu não compreendia. As vaidades da vida eram como uma venda que colocava sobre os olhos. Se eu tivesse percebido, como percebo hoje, que naquele pequeno palácio da minha alma habita um Rei tão grande, não O teria deixado só tantas vezes; teria ficado de tempos a tempos perto d'Ele e teria feito o necessário para que o palácio estivesse menos sujo. Como é admirável pensar que Aquele cuja grandeza encheria mil mundos, e muito mais, cabe numa morada tão pequena!
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