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domingo, 12 de dezembro de 2010

Viva a Virgem de Guadalupe! Salve 12 de Dezembro.

Desde a época pre-hispánica, o Tepeyac tinha sido um centro de devoção religiosa para os habitantes do vale de México. O aparecimento da imagem da Virgem de Guadalupe foi no ano 1531, dez anos após a queda de México-Tenochtitlan em mãos dos espanhóis .
A Virgem Maria apareceu-se em várias ocasiões ao índio Juan Diego Cuauhtlatoatzin no sábado 9 de dezembro de 1531 no cerro do Tepeyac e pediu-lhe que fosse em procura do bispo e lhe dissesse que ela solicitava a criação de um templo nesse lugar. O indígena foi em procura de frei Juan de Zumárraga para contar da solicitação da virgem, mas frei Juan não creu nos aparecimentos, pois este tipo de histórias de aparecimentos espirituais era comum, de modo que lhe pediu uma prova.


Em resposta à petição do bispo, a Virgem pediu ao indígena que, como pudesse, cortasse umas rosas de Castela do alto do TEPEYAC e lhas levasse ao bispo (Nesse tempo era inverno e a zona do cerro era uma zona árida, não apta para o crescimento de flores como as rosas). O indígena obedeceu e guardou as rosas dentro de sua tilma ou ayate. Juan Diego baixou do cerro e pediu uma audiência ante o bispo para mostrar-lhe a prova. Ao chegar onde estava o bispo, o índio esticou seu ayate para estender as rosas sobre a mesa. Sobre o ayate aparece a imagem estilizada (claramente artística, não fotográfica) da Virgem de Guadalupe. A prova para o frei não foram somente as rosas, senão o milagre da pintura da Virgem de Guadalupe sobre o ayate.
A imagem que hoje em dia conhecemos é a mesma que a do ano 1531.


A Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe é o segundo santuário católico mais visitado do mundo (após a Basílica de San Pedro no Vaticano), com mais de 14 milhões de visitantes todo o ano em inumeráveis peregrinações desde todas as partes do país, ainda que em 2006 superou à Basílica de São Pedro em número de visitantes, convertendo durante um ano no santuário católico mais visitado do mundo.
Segundo os guadalupanos mexicanos atuais, o nome da Virgem mexicana de Guadalupe poderia ser uma deformação de um nome original desconhecido pronunciado em idioma náhuatl— com o que o indígena Juan Diego teria mencionado à Virgem que se lhe tinha aparecido.
Vários escritores têm tratado de identificar palavras em idioma náhuatl que soem parecido a Guadalupe e tenham algum significado religioso, para que pudessem ser o nome que disse a Virgem:
coatlallope: ‘a que esmaga à serpente’ (sendo coatl: ‘serpente’, a: preposición e llope: ‘esmagar’).
tequantlanopeuh: ‘a que teve origem na cimeira das peñas’.
tequatlasupe: ‘a que aplasta a cabeça da serpente’.
tlecuatlahlope: ‘a que nos salva de ser comidos’.
tlecuauhtlacupeuh: ‘a que vem voando da luz como a águia de fogo’.
tlecuauhtlapcupeuh: ‘a que procede da região da luz como a águia de fogo’
Para os católicos e ortodoxos Maria é aquela mulher que tem o privilégio de ser a mãe de Jesus, pelo que se lhe dá o título de Mãe de Deus (Theotokos: ‘útero de Deus’), deste privilégio nascem as demais prerrogativas de seu culto. A teología católica propõe a María como modelo de obediência (Lucas 1,38) em contraste com a desobediencia de Eva (Gn 3,6) ideia que se encontra desde os Pais da Igreja. Assim mesmo María foi isentada por Cristo no que se conhece como «redenção preventiva», impedindo que o pecado original a afete.
Na teología católica, a mediação de María nasce da mediação única e principal de Jesus Cristo (1 Tim 2,5-6) da qual depende; nesse sentido é uma mediação secundária mas especial por seu singular papel no plano da salvação.
A festa da Virgen celebra-se o 12 de dezembro. A noite do dia anterior, as igrejas em todo o largo e longo do país se colmam de fiéis para celebrar uma festa à que chamam «as mañanitas à Guadalupana» ou serenata à Virgem. O santuário de Guadalupe, localizado no cerro do Tepeyac na cidade de México, é visitado nesse dia por mais de 5 milhões de pessoas.
Tem-se por costume que tais peregrinações não só incluam fiéis e organizadores, senão danzantes chamados matlachines, quem lideram as procissões até chegar à basílica.

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