Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Santo Afonso Maria de Liguori (1696-1787), bispo e Doutor da Igreja
Meditações sobre a Oitava da Epifania, n° 3 (a partir da trad. Noël, Éds. Saint-Paul 1993
Santo Afonso Maria de Liguori (1696-1787), bispo e Doutor da Igreja
Meditações sobre a Oitava da Epifania, n° 3 (a partir da trad. Noël, Éds. Saint-Paul 1993
Um anjo apareceu em sonhos a São José, e avisou-o de que Herodes andava à procura do Menino Jesus para Lhe tirar a vida: «Levanta-te, toma o Menino e Sua Mãe e foge para o Egipto.» Assim pois, ainda mal nasceu, já Jesus é perseguido de morte. [...] José obedece sem demora à voz do anjo, acordando sua santa esposa. Pega em algumas ferramentas que pudesse levar consigo, a fim de exercer a sua profissão no Egipto e de ter com que sustentar a família. Maria, por seu turno, reúne as roupas necessárias a seu divino Filho; e depois, aproximando-se do berço onde Ele repousava, ajoelha-se, beija os pés de seu querido Filho e, por entre lágrimas de ternura, diz-Lhe: «Meu Filho e meu Deus, que vieste ao mundo para salvar os homens; ainda mal nasceste e já os homens vêm à Tua procura para Te dar a morte!» Pega Nele e, continuando a chorar, os dois santos esposos fecham a porta e põem-se a caminho durante a noite. [...]
Meu bem-amado Jesus, Tu és o Rei do Céu e vejo-Te errar como fugitivo sob a aparência de uma criança. Que procuras? Diz-me. A Tua pobreza e o Teu abaixamento emocionam-me de compaixão; mas aquilo que me aflige mais é a negra ingratidão com que Te vejo tratado por aqueles que vieste salvar. Tu choras, e também eu choro, por ter sido um daqueles que Te desprezaram e Te perseguiram; a partir de agora, porém, preferirei a Tua graça a todos os reinos do mundo.
Perdoa-me todos os ultrajes que Te fiz; permite-me que, na viagem desta vida para a eternidade, Te leve no meu coração, a exemplo de Maria, que Te levou nos seus braços durante a fuga para o Egito. Meu Redentor bem-amado, foram muitas as vezes em que Te expulsei da minha alma, mas tenho confiança, agora que voltaste a tomar conta dela. E suplico-Te que a prendas a ti pelas doces correntes do Teu amor.
Meu bem-amado Jesus, Tu és o Rei do Céu e vejo-Te errar como fugitivo sob a aparência de uma criança. Que procuras? Diz-me. A Tua pobreza e o Teu abaixamento emocionam-me de compaixão; mas aquilo que me aflige mais é a negra ingratidão com que Te vejo tratado por aqueles que vieste salvar. Tu choras, e também eu choro, por ter sido um daqueles que Te desprezaram e Te perseguiram; a partir de agora, porém, preferirei a Tua graça a todos os reinos do mundo.
Perdoa-me todos os ultrajes que Te fiz; permite-me que, na viagem desta vida para a eternidade, Te leve no meu coração, a exemplo de Maria, que Te levou nos seus braços durante a fuga para o Egito. Meu Redentor bem-amado, foram muitas as vezes em que Te expulsei da minha alma, mas tenho confiança, agora que voltaste a tomar conta dela. E suplico-Te que a prendas a ti pelas doces correntes do Teu amor.
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