Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Isaac de l'Étoile (?-c. 1171), monge cisterciense
Sermão 35; 2º Domingo da Quaresma (a partir da trad. SC 207, p. 259)
Quando chegou o tempo da misericórdia (Sl 101, 14), o Bom Pastor desceu de junto do Pai [...] como estava prometido desde sempre. Ele veio buscar a única ovelha que se tinha perdido. Prometido a ela desde sempre, para ela foi enviado no tempo; para ela nasceu e foi dado, eternamente predestinado a ela. Ela é única, saída simultaneamente dos judeus e das nações [...], presente em todos os povos [...]; ela é única no seu mistério, múltipla nas pessoas, múltipla pela carne segundo a natureza, única pelo Espírito segundo a graça – em suma, uma única ovelha e uma multidão numerosa. [...]
Ora, aqueles que este pastor reconhece como Seus, «ninguém lhos pode arrancar das mãos» (Jo 10, 28). Pois não se pode forçar o verdadeiro poder, enganar a sensatez, destruir a caridade. É por isso que Ele fala com segurança e diz [...]: «Daquelas que Me deste, Pai, não perdi nenhuma» (Jo 18, 9). [...]
Ele foi enviado como verdade para os iludidos, como caminho para os extraviados, como vida para os que estavam mortos, como sensatez para os insensatos, como remédio para os doentes, como resgate para os cativos e como alimento para os que morriam de fome. Para todos estes, pode dizer-se que Ele foi enviado «às ovelhas perdidas da casa de Israel» (Mt 15, 24), para que elas não ficassem perdidas para todo o sempre. Ele foi enviado como uma alma a um corpo inerte, para que, quando da Sua vinda, os membros aqueçam e tornem a viver com uma vida nova, sobrenatural e divina: é a primeira ressurreição (Ap 20, 5). Ele pode então declarar: «Chegou a hora em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e aqueles que a ouvirem viverão» (Jo 5, 25). E pode então dizer das Suas ovelhas: «Elas ouvirão a Minha voz e seguir-Me-ão» (Jo 10, 4-5).
Isaac de l'Étoile (?-c. 1171), monge cisterciense
Sermão 35; 2º Domingo da Quaresma (a partir da trad. SC 207, p. 259)
Quando chegou o tempo da misericórdia (Sl 101, 14), o Bom Pastor desceu de junto do Pai [...] como estava prometido desde sempre. Ele veio buscar a única ovelha que se tinha perdido. Prometido a ela desde sempre, para ela foi enviado no tempo; para ela nasceu e foi dado, eternamente predestinado a ela. Ela é única, saída simultaneamente dos judeus e das nações [...], presente em todos os povos [...]; ela é única no seu mistério, múltipla nas pessoas, múltipla pela carne segundo a natureza, única pelo Espírito segundo a graça – em suma, uma única ovelha e uma multidão numerosa. [...]
Ora, aqueles que este pastor reconhece como Seus, «ninguém lhos pode arrancar das mãos» (Jo 10, 28). Pois não se pode forçar o verdadeiro poder, enganar a sensatez, destruir a caridade. É por isso que Ele fala com segurança e diz [...]: «Daquelas que Me deste, Pai, não perdi nenhuma» (Jo 18, 9). [...]
Ele foi enviado como verdade para os iludidos, como caminho para os extraviados, como vida para os que estavam mortos, como sensatez para os insensatos, como remédio para os doentes, como resgate para os cativos e como alimento para os que morriam de fome. Para todos estes, pode dizer-se que Ele foi enviado «às ovelhas perdidas da casa de Israel» (Mt 15, 24), para que elas não ficassem perdidas para todo o sempre. Ele foi enviado como uma alma a um corpo inerte, para que, quando da Sua vinda, os membros aqueçam e tornem a viver com uma vida nova, sobrenatural e divina: é a primeira ressurreição (Ap 20, 5). Ele pode então declarar: «Chegou a hora em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e aqueles que a ouvirem viverão» (Jo 5, 25). E pode então dizer das Suas ovelhas: «Elas ouvirão a Minha voz e seguir-Me-ão» (Jo 10, 4-5).
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