AGOSTO:
07 - Santo Alberto da Silícia
09 - Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein)
12 - Beato Isidoro Bakanja
16 - Beata Maria do Sacrário
17 - Beato Ângelo Agostinho Mazzinghi
18 - Beatos João Batista Duvernail, Miguel Luis Brulard e Tiago Gagnoy
25 - Beata Maria de Jesus Crucificado
26 - Beato Jacques Retouret
09 DE AGOSTO:
SANTA TERESA BENEDITA DA CRUZ
Uma Família Judia e Alemã
Edith Stein nasceu na cidade de Breslau - Alemanha (hoje Wrocslau -Polônia), no dia 12 de outubro de 1891 em uma família judia. Ela era a caçula entre onze filhos, quatro dos quais faleceriam prcocemente, ainda na primeira infância e seu pai, um comerciante de madeira, faleceria quando Edith tinha dois anos de idade, vítima de insolação em uma viagem de negócios pelo interior da Alemanha.
Restou à sua mãe e aos irmãos mais velhos tocar os negócios da família, no que obtiveram sempre bastante sucesso. A mãe, Auguste Stein, era uma mulher prática e bem sucedida em seus negócios, sendo ainda dona-de-casa. Sempre ensinou aos filhos a arte de uma vida confortável, sem sobressaltos materiais.
O Despertar Acadêmico
Desde cedo, Edith demonstrou ter forte determinação e caráter inabalável, nunca desistindo de algo que desejava senão quando o obtinha. Em sua vida escolar Edith desde o início sempre se mostrou brilhante e destacada. Entretanto, por volta dos catorze anos ela começou a atravessar uma crise adolescente, que duraria ainda uns dois anos pelos menos. Edith se recusou a continuar os estudos e a Sra. Auguste, prudente em não contrariá-la, ao mesmo tempo compreensiva com as dificuldades interiores da filha, a enviou para a cidade de Hamburgo, para morar com sua Irmã mais velha e casada Else, a fim de ajudá-la nas tarefas domésticas.
A mãe de Edith tinha esperança que desta maneira a filha estaria se preparando melhor para sua futura vida de esposa e mãe de família. A menina porém revelou-se bastante inepta para o serviço da casa, e além disso sua irmã vivia uma crise conjugal aguda, e sendo a cidade de Hamburgo muito grande e fria, a estadia de pouco mais de um ano tornou-se um fardo para Edith, aprofundando mais ainda a crise pela qual passava, que a levou na época ao abandono total das práticas religiosas e à descrença consciente em Deus.
Edith retornou então ao lar e manifestou à sua mãe o desejo de retornar aos estudos. A sra.Stein, proporcionou à filha aulas particulares para que, após os exames, Edith pudesse entrar diretamente no Ensino Médio, o que ocorreu no ano de 1908 no Liceu Vitória. Após três brilhantes anos de estudo, Edith diplomou-se entre os primeiros lugares e em 1911 foi admitida ao bacharelado, de acordo com a legislação educacional da época.
Na Universidade de Breslau, ela cursou psicologia em seu curso principal e paralelamente letras e história, na busca da verdade última das coisas e cedo se decepcionaria com os estreitos horizontes oferecidos por aqueles cursos. Através de alguns colegas, Edith ouvira falar da fenomenologia, que era ensinada pelo professor Edmund Husserl na Universidade de Göttingen, para onde ela se dirige em 1913.
A Conversão
No verão de 1921, Edith passava férias na casa de campo do casal Conrad-Martius, em Bergzabern - uma bela região do interior da Alemanha. Estando uma tarde sozinha, pegou ao acaso um volume da biblioteca da casa - a autobiografia de Santa Teresa De Ávila. Edith ficou tão fascinada e entretida com o que lia, que entre o fim de tarde e o raiar do dia seguinte, leu inteiramente o volumoso texto, e quando o terminou teria exclamado para si mesma: "- Eis a Verdade !".
No dia seguinte bem cedo, Edith se dirigiu à cidade para comprar um missal e um catecismo para mergulhar com profundidade na doutrina católica e já no domingo seguinte foi a uma igreja assistir uma missa, após a qual se dirigiu à sacristia, seguindo o idoso sacerdote que havia acabado de celebrar e dizendo-lhe sem delongas que desejava receber o batismo.
Após algumas conversas examinatórias, Edith Stein seria batizada a 1° de janeiro de 1922, tendo por madrinha sua querida amiga Hedwig Conrad-Martius. Edith acrescentaria então ao seu nome cristão - "Teresa" e "Hedwig" - em homenagem à Santa Teresa de Ávila, cuja leitura de sua autobiografia havia deflagrado sua conversão e em homenagem à sua amiga e agora madrinha Hedwig Conrad-Martius.
No Carmelo de Colônia
Após uma carta de recomendação do Padre Abade Walzer aos superiores da Ordem do Carmelo, Edith seria aceita sem restrições ao noviciado no Carmelo de Colônia-Lindenthal e tomaria o hábito das Carmelitas a 15 de abril de 1934, com o nome religioso de Teresa Benedita da Cruz - Teresa Abençoada pela Cruz.
Entretanto, nenhum membro de sua família compareceu, e quando Edith em uma última visita a mãe e ao lar em Breslau, antes da tomada de hábito, comunicou-lhe a decisão, a cruz pesou um pouco mais nos ombros de Edith, com o desaprovamento de sua querida mãe e do definitivo distanciamento entre elas, até o falecimento da Sra. Auguste, no ano de 1936, que nunca respondeu nenhuma das cartas que a filha semanalmente lhe enviaria do Carmelo.
Dois anos depois a 21 de abril de 1938, Edith realiza sua Profissão Solene e Perpétua, nos tradicionais votos religiosos de Castidade, Pobreza e Obediência, tomando então o hábito marrom definitivo das carmelitas. Quando Edith escolheu a vida religiosa do Carmelo, já estava interiormente preparada para renunciar integralmente à sua vida intelectual, proibindo expressamente seus amigos de realizarem quaisquer instâncias junto aos Superiores no sentido deles abrirem-lhe uma exceção quanto a esse trabalho.
Do silêncio e da clausura, Edith acompanhava inquieta e preocupada as notícias - cada vez mais alarmantes - da perseguição nazista aos judeus. As medidas legais de restrição, exclusão e expulsão dos judeus da sociedade alemã, eram paulatinamente tomadas com ousadia, prepotência e crueldade, por parte dos representantes do Reich. Mas foi após a chamada "Noite dos Cristais", que Edith e seus superiores, tomaram plena consciência dos perigos reais que ela corria na Alemanha. Por este motivo, foi obtida para Edith uma transferência para o Carmelo de Echt, na Holanda.
No Carmelo De Echt
Edith sentiu profundo pesar e tristeza, em ter que abandonar suas irmãs de hábito do Carmelo de Colônia, onde havia tido uma adaptação e convívio excelentes. Mas sua acolhida no Carmelo de Echt foi bastante calorosa e amiga.
Ainda em 1939, a irmã de Edith - Rosa , viria a seu encontro no Carmelo, juntando-se a ela em sua vida religiosa. Rosa fora o único membro da família Stein, a não esfriar seu relacionamento com Edith em função de sua conversão e entrada na vida religiosa católica. Assim sendo, Rosa assumiu os serviços de portaria no Carmelo de Echt, permanecendo como irmã leiga carmelita, não chegando a se tornar noviça nem a professar os votos religiosos, porque os superiores do Carmelo acharam uma temeridade, diante da situação política instável e francamente desfavorável aos judeus, admitirem quase de uma só vez duas judias e irmãs de sangue à vida religiosa.
A Segunda Guerra Mundial se iniciara. A Holanda foi invadida e anexada ao Reich Alemão em 1941. No Carmelo de Echt, começaram a ser multiplicadas as instâncias para a transferência de Edith e de sua irmã Rosa para um Carmelo suíço, onde elas estariam realmente a salvo. Por parte das autoridades religiosas locais, as coisas correram muito bem e as duas já estavam aceitas, mas com as autoridades civis suíças, os procedimentos burocráticos se arrastavam indefinidamente.
O Comissário Schmidt do governo holandês e representante do poder nazista alemão naquele país, havia garantido que os judeus convertidos ao cristianismo - protestante ou católico -, não seriam importunados e seriam tratados como cidadãos comuns. Isso deixou a comunidade do Carmelo de Echt provisoriamente mais tranqüila e sem tanta pressa de transferir Edith e Rosa, mas como muitas outras afirmações e promessas feitas pelos nazistas em diversas ocasiões, esta se revelaria em breve mais uma mentira de ocasião.
A 26 de julho de 1942, os bispos holandeses tomaram uma posição formal contra as crueldades e barbáries praticadas pelos nazistas em seu país e na Europa em geral - redigido e fazendo ler em todas as paróquias da Holanda, uma Carta Pastoral de condenação expressa do Regime e em particular das deportações em massa perpetradas contra os judeus. Para Hitler e seus sequazes, isso seria encarado como uma verdadeira declaração de guerra da Igreja Católica local contra eles e que por sua vez, dariam um tipo de resposta à qual já estavam bastante habituados.
Em 2 de agosto de 1942, dois oficiais alemães se apresentaram ao Carmelo de Echt com ordens de levar Edith e Rosa, que saíram de lá meia hora depois. As duas irmãs foram levadas em um comboio de carga, junto com outras centenas de judeus e dezenas de convertidos, ao norte da Holanda no campo de Westerbork.
No dia 7 de agosto de 1942, Edith, Rosa, e centenas de homens, mulheres e crianças, subiram a bordo do trem que os levaria ao campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, ao qual chegariam dois dias depois. Apesar de muitas incertezas a respeito, com a avaliação de depoimentos e narrações posteriores ao final da Guerra, com grande probabilidade - Edith e Rosa foram mortas na câmara de gás, poucas horas depois de chegarem. Seus corpos, como os de milhões de outras pessoas, após o macabro "banho de gás" ao qual eram submetidos, foram queimados.
Uma Santa de Nosso Tempo
A 4 de janeiro de 1962 na cidade de Colônia, seria iniciado o Processo de Beatificação da Irmã Carmelita Teresa Benedita da Cruz, que chegaria a seu termo a 1° de maio de 1987, quando o Papa João Paulo II celebraria a cerimônia de beatificação de Edith Stein na mesma cidade de Colônia.
No dia 11 de outubro de 1998, o Sumo Pontíficie coroou a vida de Teresa Benedita da Cruz com sua canonização em Roma, instituindo oficialmente no Calendário Litúrgico, a data de 9 de agosto como o Dia especialmente dedicado ao culto desta Santa.
25 DE AGOSTO:
BEATA MARIA DE JESUS CRUCIFICADO
Também conhecida como Maria de Belém.
Nasceu em 5 de Janeiro de 1846 em Abellin, Galileia, Palestine como Maria Baouardy. Filha de Giries Baouardy e Mariam Shahine, uma família católica grega pobre. Doze dos seus treze irmãos morreram na infância e o nascimento de Maria teria sido uma graças às preces a Nossa Senhora. Seus pais morreram quando Maria tinha dois anos e ela foi criada por um tio paterno que mudou para Alexandria, Egito, quando ela tinha oito anos.
Muito comum na época, ela foi prometida em casamento com 13 anos, mas ela recusou e manifestou desejo de seguir a vida religiosa. Como punição pela sua desobediência seu tio passou a tratá-la como servente doméstica, fazendo o possível para mostrar que ela teria o pior e menor trabalho. Um servente muçulmano que trabalhava com ela começou a considerá-la como amiga, mas tentando convencê-la a deixar o cristianismo. No dia 8 de setembro de 1858, certo que ela não abandonaria a sua fé, ele cortou a sua garganta e jogou o corpo em um beco.
Milagrosamente Maria não morreu e uma aparição da Virgem Maria tratou de seus ferimentos e ela deixou a casa de seu tio para sempre. Ela viveu como doméstica trabalhando para uma família cristã.
Em 1860 ela entrou para o Convento das Irmãs de São José. Vários eventos supranaturais ocorreram com ela, e por isso uma irmã, em 1867, a levou para o Convento Carmelita de Paul. Mais tarde ela entrou para a irmandade tomando o nome de Maria de Jesus Crucificado, e recebeu seu voto final em 21 de novembro de 1871.
Ela continuou a experimentar eventos supranaturais: lutou durante 40 dias contra a possessão do demônio, recebeu os estigmas de Cristo (stigmata), foi vista várias vezes levitando, e tinha ainda o dom da profecia e conhecimento das consciências (o que permitia a ela dar o exato Conselho Espiritual à aqueles que a consultavam).
Ajudou a fundar o Mosteiro carmelita em Mangalore, Índia. Retornou a França em 1872 e construiu um Mosteiro Carmelita em Belém em 1875. Deixando de lado os dons supranaturais, ela era conhecida pela sua notável devoção ao Espírito Santo e certa vez enviou algumas palavras ao Papa Pio IX na quais diz que o Espírito Santo não estava sendo devidamente enfatizado nos Seminários.
Faleceu em 26 de agosto de 1878 em Belém, de gangrena, provocada por um ferimento ao ajudar na construção do monastério. Foi beatificada em 13 de novembro de 1983 pelo Papa João Paulo II.
Nasceu em 5 de Janeiro de 1846 em Abellin, Galileia, Palestine como Maria Baouardy. Filha de Giries Baouardy e Mariam Shahine, uma família católica grega pobre. Doze dos seus treze irmãos morreram na infância e o nascimento de Maria teria sido uma graças às preces a Nossa Senhora. Seus pais morreram quando Maria tinha dois anos e ela foi criada por um tio paterno que mudou para Alexandria, Egito, quando ela tinha oito anos.
Muito comum na época, ela foi prometida em casamento com 13 anos, mas ela recusou e manifestou desejo de seguir a vida religiosa. Como punição pela sua desobediência seu tio passou a tratá-la como servente doméstica, fazendo o possível para mostrar que ela teria o pior e menor trabalho. Um servente muçulmano que trabalhava com ela começou a considerá-la como amiga, mas tentando convencê-la a deixar o cristianismo. No dia 8 de setembro de 1858, certo que ela não abandonaria a sua fé, ele cortou a sua garganta e jogou o corpo em um beco.
Milagrosamente Maria não morreu e uma aparição da Virgem Maria tratou de seus ferimentos e ela deixou a casa de seu tio para sempre. Ela viveu como doméstica trabalhando para uma família cristã.
Em 1860 ela entrou para o Convento das Irmãs de São José. Vários eventos supranaturais ocorreram com ela, e por isso uma irmã, em 1867, a levou para o Convento Carmelita de Paul. Mais tarde ela entrou para a irmandade tomando o nome de Maria de Jesus Crucificado, e recebeu seu voto final em 21 de novembro de 1871.
Ela continuou a experimentar eventos supranaturais: lutou durante 40 dias contra a possessão do demônio, recebeu os estigmas de Cristo (stigmata), foi vista várias vezes levitando, e tinha ainda o dom da profecia e conhecimento das consciências (o que permitia a ela dar o exato Conselho Espiritual à aqueles que a consultavam).
Ajudou a fundar o Mosteiro carmelita em Mangalore, Índia. Retornou a França em 1872 e construiu um Mosteiro Carmelita em Belém em 1875. Deixando de lado os dons supranaturais, ela era conhecida pela sua notável devoção ao Espírito Santo e certa vez enviou algumas palavras ao Papa Pio IX na quais diz que o Espírito Santo não estava sendo devidamente enfatizado nos Seminários.
Faleceu em 26 de agosto de 1878 em Belém, de gangrena, provocada por um ferimento ao ajudar na construção do monastério. Foi beatificada em 13 de novembro de 1983 pelo Papa João Paulo II.
Nosso martírio diário é sofrer com paciência a cruz que sabemos ser nossa; e a ‘coragem’ que devemos ter continuamente, é a de lutar contra as diversas investidas do mundo que minam os valores evangélicos.
Que no dia-a-dia saibamos servir a Deus na simplicidade, fazendo o que Ele nos pede!
Abraços fraternos,
Ceane Ribeiro (Mariana José de Jesus Mazurek, ocds)
Que no dia-a-dia saibamos servir a Deus na simplicidade, fazendo o que Ele nos pede!
Abraços fraternos,
Ceane Ribeiro (Mariana José de Jesus Mazurek, ocds)
Nosso martírio diário é sofrer com paciência a cruz que sabemos ser nossa, e a ‘coragem’ que devemos ter continuamente, é a de lutar contra as diversas investidas do mundo que minam os valores evangélicos.
ResponderExcluirQue no dia-a-dia saibamos servir a Deus na simplicidade, fazendo o que Ele nos pede!
Que frase linda!!! Temos que amar nossa cruz se queremos ser santos. Há dias que quase não suportamos, e justamente nesses dias ao pedirmos Nosso Amado, MISERICÓRDIA, Ele nos preenche de um jeito que aquela pesada cruz se torna "leve". Doce Jesus!!!!! O que seria de mim sem o Teu amor, a Tua paz, a Tua força...!
Que o Espírito Santo te conserve assim: uma pessoa animada a procurar sempre a vontade divina!
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