A ternura e a alegria eram para Teresa manifestações tão puras do amor ao próximo_ e portanto de Deus _ que, nos recreios, chegava a inflamar-se de um ardor impetuoso e, incapaz de resistir ao impulso do espírito, se punha a dançar, volteando e batendo palmas, como Davi dançava diante da Arca da Aliança, como ainda hoje dançam as suas compatriotas e as suas filhas do Carmelo. Ao vê-la, todas a acompanhavam, "num arranque de gozo espiritual".
Quando anos mais tarde, Ana de Jesus, acompanhada de Ana de São Bartolemeu, for à França fundar os primeiros conventos, as freiras francesas ficarão pasmadas vendo essa venerável Madre, "mais semelhante a um serafim que a uma criatura mortal, ensaiar uns passos de dança no coro, cantando e batendo palmas à maneira espanhola, mas com tanta majestade, graça e galhardia, que inspirava respeito e a alma se sentia comovida e elevada a Deus". Tinha-o aprendido de Teresa de Jesus.
(Marcelle Auclair)
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