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terça-feira, 13 de abril de 2010

NOSSA SENHORA DO CARMO E O ESCAPULÁRIO


O Escapulário do Carmo

Consiste em dois pedaços de pano marrom, unidos entre si por um cordão. Um pedaço de pano traz a estampa de Nossa Senhora do Carmo, e o outro a do Sagrado Coração de Jesus, ou o emblema da Ordem do Carmo. A palavra latina “scapulas” significa ombros, daí designar-se Escapulário este objeto de devoção colocado sobre os ombros.

Para os religiosos carmelitas, é símbolo de consagração religiosa na Ordem de Nossa Senhora do Carmo. Para os fiéis leigos, para o povo, é símbolo de devoção e afeto para com a mesma Senhora do Carmo. Nos meios populares, é conhecido como “bentinho do Carmo”.


Origem do Escapulário

No século XI, um grupo de homens dispostos a seguir Jesus Cristo, reuniu-se no Monte Carmelo, em Israel. Ali construíram uma capela em honra de Nossa Senhora. Este local é considerado sagrado, desde tempos imemoriais (Is 33,9;35,2; Mq 7,14), e se tornou célebre pelas ações do profeta Elias (1 Rs 18). A palavra "Carmelo" quer dizer jardim ou pomar. Nasciam ali os carmelitas, ou a Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo.

Tempos depois, os carmelitas mudaram-se para a Europa e como já existiam outras ordens também mendicantes, eles não foram bem recebidos e encontraram grandes dificuldades, passando até pelo risco de extinção.

Foi então que o Carmelita Simão Stock, homem penitente e de grande santidade, foi eleito Superior Geral da Ordem. Angustiado com a situação em que se encontravam os seus irmãos carmelitas, começou a suplicar incessantemente a Nossa Senhora que protegesse a sua Ordem com esta oração:

Flor do Carmelo
vinha florida
esplendor do Céu
Virgem fecunda
Ó mãe terna!
Intacta de homem
aos carmelitas
proteja teu nome
(dá privilégios)
Estrela do mar.

Assim, no dia 16 de julho de 1251, quando rezava em seu convento de Cambridge, Inglaterra, Nossa Senhora apareceu-lhe com o menino Jesus nos braços e rodeada de anjos. Apresentou-lhe, então, um escapulário, dizendo: “Recebe, filho muito amado, este escapulário da tua ordem, sinal de minha confraternidade. Será um privilégio para ti e para todos os Carmelitas. Todo o que com ele morrer não padecerá do fogo eterno. Ele é, pois um sinal de salvação, defesa nos perigos, aliança de paz e de pacto sempiterno”.
A festa de Nossa Senhora do Carmo é celebrada todo 16 de julho de cada ano, desde 1332, e foi estendida à Igreja Universal no ano de 1726, pelo papa Bento XIII. O papa João Paulo II, ao declarar que usa o escapulário desde sua juventude, escreve: “O Escapulário é signo de aliança entre Maria e os fiéis”.


Promessas da Virgem do Carmo

Primeira promessa
É a grande promessa, o privilégio de preservação ou isenção do inferno para os que morrem revestidos com o Escapulário Carmelita. As palavras da Virgem a São Simão Stock foram estas: “Aquele que morrer com o Escapulário não padecerá o fogo do inferno”.

Segunda promessa
Estava orando o Papa João XXIII, quando a Virgem lhe apareceu, vestida de hábito carmelita, e prometeu tirar do purgatório, no sábado depois da morte, todos aqueles que morrerem usando o Escapulário. Maria disse ao Papa: “Eu, Mãe de misericórdia, livrarei do purgatório e levarei ao céu, no sábado depois da morte, aos que estiverem usando meu Escapulário”.
Tal é o Privilégio Sabatino, outorgado pela Rainha do Purgatório, a favor de seus confrades carmelitas. O Papa João XXII o promulgado na Bula Sabatina (3 de Março de 1322), que foi aprovada depois por mais de vinte Sumos Pontífices.


Condições

Para a 1ª graça (ser livre do fogo do Inferno): Ter recebido este Escapulário imposto pelo Sacerdote e trazê-lo, ou a medalha que o substitui.
Morrer com ele ou com a medalha, o que significa que se saiu deste mundo em estado de graça santificante.

Para a 2ª graça (Privilégio Sabatino): Além das condições para a primeira graça, que é a mais importante, guardar ainda a castidade própria de cada estado, que aliás, já é obrigatória para todos por mandamento divino; rezar, sabendo ler, todos os dias, o pequeno Ofício de Nossa Senhora, ou não sabendo, abster-se de comida de carne nas quartas-feiras e sábados.
Estas obrigações podem ser comutadas (a reza do Ofício e da abstinência de carne) por um Sacerdote, o que impõs o Escapulário ou o Confessor, por outra obra pia, por exemplo: a reza de 7 (sete) Pai-Nossos, 7 Ave-Marias e 7 Glórias, ou pela reza do Terço ou por outra mais fácil.
Quem reza o Terço todos os dias, esse vale sem ser preciso mais nada, podendo aplicá-lo por todas as intenções de costume. O Sacerdote que reza o Ofício divino, também já cumpre, sem ser preciso outra comutação. Aos homens e às crianças, que normalmente rezam menos que as mulheres, podem-se comutar por 3 Ave-Marias, rezadas diariamente. Assim aconselha o Santo Padre Cruz, que foi um grande Apóstolo do Escapulário.


Abraços fraternos,
Ceane Ribeiro (Mariana José de Jesus Mazurek, ocds)









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