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sexta-feira, 26 de março de 2010

MEDITAÇÃO SOBRE A PAIXÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

VIA-SACRA
(Essas reflexões foram tiradas do Livro
“VIDA, PAIXÃO E GLORIFICAÇÃO DO CORDEIRO DE DEUS”
da Beata Anna Catharina Emmerick –
religiosa agostiniana, estigmata e vidente)
- O Filme “A Paixão de Cristo” de Mel G... foi baseado nesse livro -

1ª ESTAÇÃO
Jesus é condenado à morte
“Jesus, ainda vestido de rubro manto derrisório com a coroa de espinhos na cabeça, as mãos atadas, foi então conduzido pelos esbirros soldados que o cercavam, entre as vaias do povo, para o tribunal, onde o colocaram entre os dois ladrões. Jesus estava nos degraus da escada, diante de Pilatos, rodeado de soldados e os inimigos lançaram-lhe olhares cheios de ódio e escárnio. Um toque da trombeta ordenou silêncio e Pilatos pronunciou, com a raiva de um covarde, a sentença de morte contra o Salvador”.

2ª ESTAÇÃO
Jesus toma a cruz
“Os carrascos conduziram Jesus ao meio do fórum; alguns escravos entraram pela porta ocidental, trazendo o patíbulo da cruz e jogaram ruidosamente aos pés do Salvador. Ele se ajoelhou junto à mesma e, abraçando-a , beijou-a três vezes, dirigindo ao Pai Celestial, em voz baixa, uma oração comovente de ação de graças pela redenção do gênero humano, a qual ia realizar. Assim, abraçou Jesus a Cruz, o eterno altar do sacrifício cruento de expiação. Então começou a marcha triunfal do Rei dos reis, tão ignominiosa na terra, porém, tão gloriosa no céu”.

3ª ESTAÇÃO
Jesus cai pela primeira vez
“Jesus, carregado do pesado fardo, não tinha mais força para ir adiante; os carrascos arrastavam e empurravam-no sem piedade; então Jesus, nosso Deus, tropeçando sobre a pedra, caiu por terra”.

4ª ESTAÇÃO
Jesus encontra a Santíssima Virgem, sua Mãe
“Ele caiu pela segunda vez, sob o peso da cruz, sobre os joelhos e as mãos. A Mãe, na veemência da dor, não via mais nem soldados, nem carrascos, via só o Filho querido em estado tão lastimoso e maltratado. Estendendo os braços correu os poucos passos do portão até Jesus, através dos carrascos e abraçando-o, caiu-lhe ao lado de joelhos. Ouvi as palavras: “Meu Filho!” – “Minha Mãe!”, não sei se foram pronunciadas pelos lábios ou só no coração”.

5ª ESTAÇÃO
Simão Cireneu ajuda Jesus a levar a cruz
“Os fariseus que conduziam o cortejo, disseram aos soldados: “Não chegaremos lá com Ele vivo; devemos procurar um homem que lhe ajude a levar a cruz”. Vinha justamente descendo pela rua do meio Simão de Cirene, os soldados, que pela roupa viam que era pagão e pobre jardineiro, apoderaram-se dele e, levando-o para onde estava Jesus, mandaram-lhe que ajudasse o Galileu a transportar a cruz”.


6ª ESTAÇÃO
Verônica limpa a face do Senhor
“Verônica que is dos lados e por entre os soldados e carrascos, avançou para a frente de Jesus e, caindo de joelhos, levantou para Ele o pano estendido de um lado, suplicando: “Permita-me enxugar o rosto de meu Senhor?” Jesus tomou o pano com a mão esquerda e apertou-o, com a palma da mão, de encontro ao rosto ensangüentado; movendo depois a mão esquerda com o pano para junto da mão direita que segurava a cruz, apertou-o entre as duas mãos e retirou-o agradecendo. Ela o beijou escondendo-o sobre o coração debaixo do manto e levantou-se”.

7ª ESTAÇÃO
Jesus cai pela segunda vez
“Estava o Senhor curvado sob o pesado fardo da cruz, cambaleando sobre os pés descalços e feridos, dilacerado e contundido pela flagelação e as outras brutalidades, exausto de forças por estar sem comer, sem beber, nem dormir, enfraquecido pela perda de sangue, pela febre e sede, atormentado por indizíveis angústias e sofrimentos da alma. Então Jesus caiu por terra pela segunda vez, sob o peso da cruz, sobre os joelhos e mãos”.

8ª ESTAÇÃO
Jesus encontra as mulheres de Jerusalém
“As mulheres e moças ao verem Jesus tão desfigurado e ensangüentado, começaram a chorar e lamentar alto oferecendo-lhe os sudários, segundo o costume entre os judeus, para que enxugasse o rosto. Jesus virou-se e disse: “Filhas de Jerusalém, não choreis por mim, chorai antes por vós e vossos filhos””.

9ª ESTAÇÃO
Jesus cai pela terceira vez
“O séquito continuou nessa rua larga até chegar à porta de um antigo muro da cidade interior. Diante dessa porta há uma praça em que desembarcam três ruas. Ali Jesus tinha de passar sobre outra pedra grande, mas tropeçou e caiu. A cruz tombou para o lado e Jesus, apoiando-se sobre a pedra, caiu por terra e tão enfraquecido estava que não pôde levantar-se mais”.

10ª ESTAÇÃO
Jesus é despido de suas vestes
“Os carrascos tiraram então o manto do Senhor que lhe tinham antes enrolado em redor do peito; tiraram-lhe o cinturão com as cordas e o próprio cinto. Despiram-no da longa veste de lã branca, passando-a pela cabeça, pois estava aberta no peito ligada com correias. Depois lhe tiraram a longa faixa estreita que caía do pescoço sobre os ombros e como não lhe podiam tirar a túnica sem costuras, por causa da coroa de espinhos, arrancaram-lhe a coroa da cabeça, reabrindo assim todas as feridas; arregaçando depois a túnica, puxaram-lha com vis gracejos, pela cabeça ferida e sangrenta. Os carrascos arrancaram-lhe o escapulário impiedosamente do peito e assim ficou Jesus em sangrenta nudez, horrivelmente dilacerado e inchado, coberto de chagas. No ombro e nas costas se lhe viam os ossos através das feridas e a lã branca do escapulário ainda estava colada em algumas feridas e no sangue ressecado do peito. Arrancaram-lhe então, a última faixa de pano da cintura e eis que ficou de todo nu e curvou-se, cheio de confusão e vergonha”.

11ª ESTAÇÃO
Jesus é pregado na cruz
“Jesus, imagem viva da dor, foi estendido pelos carrascos sobre a cruz; Ele próprio se sentou sobre ela e eles, brutalmente, o deitaram de costas. Um deles se ajoelhou sobre o santo peito, enquanto outro lhe segurava a mão que se estava contraindo, e um terceiro colocou o cravo grosso e comprido, com a ponta limada, sobre essa mão, cheia de bênção, e cravou nela com violentas pancadas de um martelo de ferro. Doces e claros gemidos ouviram-se da boca do Senhor; o sangue salgado salpicou os braços dos carrascos. Jesus dava gemidos tocantes, pois deslocaram-lhe inteiramente os braços das articulações, os ombros, violentamente distendidos, formavam grandes cavidades axiliares, nos cotovelos se viam as juntas dos ossos. Jorrou alto o sangue e ouviu-se gemidos de Jesus por entre as pancadas do pesado martelo”.

12ª ESTAÇÃO
Morte do Senhor no altar da cruz
“Tendo chegado a hora da agonia, Nosso Senhor lutou com a morte e um suor frio cobriu-lhe os membros. Nesse momento, pronunciou o Senhor, as últimas palavras, em voz alta e forte: “Tudo está consumado!” e, levantando a cabeça, exclamou em alta voz: “Meu Pai, em vossas mãos eu entrego o meu Espírito!”. Foi um grito doce e forte que penetrou o céu, a terra e o inferno, depois inclinou a cabeça e expirou. A terra tremeu e o rochedo fendeu-se deixando uma larga abertura entre a cruz do Senhor e a do ladrão à esquerda. Estava consumado! A alma de Nosso Senhor separou-se do corpo e ao grito da morte do Redentor moribundo estremeceram todos os que o ouviram, junto com a terra que, tremendo, reconheceu o Salvador”.

13ª ESTAÇÃO
Jesus é tirado do altar

“O descendimento do Corpo da cruz foi um espetáculo indizivelmente tocante, Faziam todos os movimentos com tanto cuidado e carinho, como se receassem causar sofrimento ao Senhor; manifestavam ao santo corpo o mesmo amor e respeito que tinham sentido para com o Santo dos santos durante a vida. Todos que estavam presentes não desviavam os olhos do Corpo do Salvador e acompanhavam todos os movimentos e manifestavam solicitude, estendendo os braços, derramando lágrimas ou por outros gestos de dor; porém, todos guardavam silêncio. Assim desceu o santo e desfigurado Corpo do Salvador da cruz à terra. Depois de descer o Santo Corpo, os homens o envolveram dos joelhos até os quadris e depositaram-no sobre um pano nos braços da Santíssima Mãe que lhos estendeu cheia de dor e saudade”.

14ª ESTAÇÃO
Jesus é cerrado no sepulcro
“Os homens colocaram o Santo Corpo sobre a padiola de couro, cobriram-no com uma coberta parda e enfiaram em cada lado um varal, o qual me causou uma viva recordação da Arca da Aliança. Os quatro homens desceram com o Santo Corpo do Senhor à gruta onde o puseram no chão; encheram ainda parte do leito sepulcral de especiarias, estenderam sobre ele um pano, colocando sobre este o Santo Corpo. Manifestando ao Santo Corpo o seu amor, com lágrimas e abraços saíram da gruta”.

15ª ESTAÇÃO
Gloriosa Ressurreição de Nosso Senhor
“Vi a alma de Jesus aparecer, com grande esplendor entre dois anjos de figura guerreira e rodeado de muitas outras figuras luminosas; passando por cima através do rochedo do sepulcro, desceu sobre o Santo Corpo, como se se inclinasse para Ele e com Ele se fundisse. Tremeu a terra, um anjo em figura de guerreiro desceu do céu ao sepulcro como um relâmpago, levantou a pedra para o lado direito e sentou-se em cima. Foi tal o tremor de terra que as lanternas oscilavam e as chamas saíam por todos os lados. A vista disso, caíram por terra os guardas, como que atordoados e jaziam como mortos, com os membros tortos. No mesmo momento que o anjo desceu ao sepulcro e a terra tremeu, vi o Senhor aparecendo à Santíssima Mãe, perto do Monte Calvário. Mostrou-lhe as chagas e quando ela se prostrou por terra para beijar-lhe os pés, tomou-a pela mão e levantando-a desapareceu”.
  • Um abraço fraterno, Artur Viana.

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