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segunda-feira, 30 de julho de 2012

'Não nos alimentemos só de pão, mas de amor e de verdade!'



Durante o Angelus, o Papa convidou a redescobrir os gestos de amor e a implementar a paz na Síria e no Iraque
CASTEL GANDOLFO, domingo, 29 de julho de 2012 (ZENIT.org) – Às 12h de hoje o Santo Padre Bento XVI apareceu na varanda do Pátio interno do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo e recitou o Ângelus com os fiéis e os peregrinos presentes.
[Estas são as palavras do Papa na introdução da oração mariana]:

Queridos irmãos e irmãs,

Neste domingo começamos a leitura do capítulo 6º do Evangelho de João. O capítulo começa com a cena da multiplicação dos pães, que depois Jesus comenta na sinagoga de Cafarnaum, indicando em si mesmo o "pão" que dá a vida. As ações de Jesus são paralelas às da Última Ceia: "Tomou os pães e, depois de ter dado graças, entregou-os aos que estavam sentados" - assim diz o Evangelho (Jo 6,11). A insistência no tema do "pão", que é compartilhado, e no dar graças (v.11 em grego eucharistesas), lembram a Eucaristia, o Sacrifício de Cristo para a salvação do mundo.
O evangelista diz que a Páscoa, a festa, já estava próxima (cfr v. 4). O olhar é direcionado para a Cruz, o dom do amor, e à Eucaristia, a perpetuação deste dom: Cristo faz-se pão de vida para os homens. Santo Agostinho comenta assim: "Quem, senão Cristo, é o pão do céu? Mas para que o homem pudesse comer o pão dos anjos, o Senhor dos anjos se fez homem. Se isso não tivesse acontecido, não teríamos o seu corpo; não tendo o seu corpo, não teríamos o pão do altar" (Sermão 130,2). A Eucaristia é o maior grande encontro do homem com Deus, no qual o Senhor se faz nosso alimento, se dá a Si mesmo para transformar-nos Nele mesmo.
Na cena da multiplicação, também é relatada a presença de um menino que, diante da dificuldade de alimentar tantas pessoas, partilha aquele pouco que tinha: cinco pães e dois peixes (cfr Jo 6,8). O milagre não é produzido do nada, mas de uma primeira pequena partilha do que um simples rapaz tinha. Jesus não nos pede o que não temos, mas nos faz ver que, se cada um oferece o pouco que tem, repetidas vezes pode ser feito o milagre: Deus é capaz de multiplicar nosso pequeno gesto de amor e fazer-nos participantes da sua dádiva.
A multidão ficou impressionada com o prodígio: vê em Jesus o novo Moisés, digno do poder, e no novo maná, o futuro assegurado, mas pára no elemento material, que comeram, e o Senhor, “sabendo que o estavam levando para torná-lo rei, retirou-se novamente para a montanha, ele sozinho” (Jo 6,15). Jesus não é um rei terreno que exerce o domínio, mas um rei que serve, que se inclina ao homem para satisfazer não só a fome material, mas sobretudo a fome mais profunda, a fome de orientação, de sentido, de verdade, a fome de Deus
Queridos irmãos e irmãs, peçamos ao Senhor para nos ajudar a redescobrir a importância de não só alimentar-nos de pão, mas de verdade, de amor, de Cristo, do corpo de Cristo, participando fielmente e com grande consciência da Eucaristia, para estar cada vez mais intimamente unidos a Ele. De fato "não é o alimento eucarístico que se transforma em nós, mas somos nós que misteriosamente somos transformados por ele. Cristo nos alimenta unindo-nos a si; nos atrai para si” (Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis, 70). Ao mesmo tempo, queremos rezar para que não falte jamais a ninguém o pão necessário para uma vida digna, e desapareçam as desigualdades não com as armas da violência, mas com a partilha e o amor.
Nos confiamos à Virgem Maria, enquanto invocamos sobre nós e nossos seres queridos a sua materna intercessão.

[Depois do Angelus]:
Queridos irmãos e irmãs,

Continuo a acompanhar com preocupação os trágicos e crescentes episódios de violência na Síria com a triste sequência de mortos e feridos, também entre os civis, e um grande número de deslocados internos e de refugiados nos países vizinhos. Por isso peço que seja assegurada a necessária assistência humanitária e a ajuda solidária. Ao renovar a minha proximidade às pessoas que sofrem e a lembrança na oração, renovo um apelo urgente, para que termine toda violência e derramamento de sangue.
Peço a Deus a sabedoria do coração, especialmente por todos aqueles que têm mais responsabilidade, para que não se poupe nenhum esforço na busca da paz, também na comunidade internacional, através do diálogo e da reconciliação, para uma adequada resolução política do conflito. O meu pensamento se dirige também para a cara Nação iraquiana, golpeada nestes últimos dias por numerosos e graves atentados que causaram muitos mortos e feridos. Que este grande País encontre o caminho da estabilidade, da reconciliação e da paz.
Daqui a um ano, justo neste tempo, acontecerá a 28ª Jornada Mundial da Juventude no Rio de janeiro, Brasil. É uma oportunidade valiosa para muitos jovens experimentarem a alegria e a beleza de pertencerem à Igreja e de viverem a fé. Olho com esperança para este evento e desejo incentivar e agradecer os organizadores, especialmente a Arquidiocese do Rio de Janeiro, comprometidos a preparar com diligência a acolhida dos jovens que de todo o mundo participarão deste importante encontro eclesial.
Acompanho com preocupação as notícias sobre o estabelecimento ILVA de Taranto e gostaria de expressar a minha proximidade aos trabalhadores e seus familiares, que vivem com ansiedade esses momentos difíceis. Enquanto asseguro a minha oração e o apoio da Igreja, exorto a todos para o sentido de responsabilidade e incentivo as instituições nacionais e locais para fazerem todos os esforços para alcançarem uma solução justa da questão, que proteja tanto o direito à saúde, quanto o direito ao trabalho, especialmente nestes tempos de crise econômica.

sábado, 28 de julho de 2012

Beato João Soreth, rogai por nós!! 28-07

Nasceu este ilustre Carmelita em Caen, cidade da Normandia, França, no ano de 1394. Desde criança floresceu na devoção a Nossa Senhora do Carmo, vindo a entrar na sua Ordem. Estudou na Universidade de Paris, depois de feita a Profissão na Ordem do Carmo. Ordenado sacerdote foi professor na sua Universidade. Eleito Prior Geral da Ordem, exerceu o cargo até à morte por mandato do Papa. É considerado o fundador da Ordem Terceira, hoje conhecida por Ordem Secular do Carmo. A estas comunidades, já existentes, mas sem Regra, deu-lhes forma canônica. Levou pessoalmente a proposta ao Papa pedindo que a aprovasse, e, ao mesmo tempo, obteve a aprovação dos estatutos e leis e o reconhecimento da Ordem Terceira do Carmo, composta por homens e mulheres que no mundo vivem a sua vida normal, embora ligados espiritualmente à Ordem.
Empreendeu a renovação da vida das comunidades carmelitas as quais visitava freqüentemente, animando a todos na santidade. De tal modo se fez querido que lhe chamavam «o Desejado», já que sempre que visitava algum convento nele infundia paz, serenidade, santidade e alegria. Era humilde em extremo e, mesmo sendo Prior Geral, nunca quis outras honras que as do hábito mais velho e mais gasto e a túnica mais áspera. Era manso e delicado, mas também firme e sem medo. Quis o Papa honrá-lo com a mitra de bispo e com a púrpura cardinalícia, mas Frei João Soreth resistiu, declarando que entrara no Carmo e no Carmo queria morrer.
Entrou em disputa com a sua Universidade, a de Paris. Sustentavam os seus mestres que os frades mendicantes não podiam confessar, pelo que sem outra alternativa o nosso Santo se viu obrigado a recorrer ao Papa solicitando a sua intervenção. Foi-lhe concedida razão através da promulgação duma lei que autorizava a que os religiosos pertencentes a Ordens Mendicantes pudessem confessar. E na mesma lei o Papa consagrou um elogio a Frei João que começava assim: «O Padre Soreth, vigilantíssimo pastor das ovelhas a ele encomendadas, homem verdadeiro segundo o coração de Deus, dispenseiro fiel não somente da sua esclarecida Ordem e coluna da mesma, mas de todos os religiosos mendicantes, fundamento inamovível...».
Estando em certa ocasião, dois exércitos no campo de batalha, dispostos para o combate, interpôs-se Frei João Soreth, dizendo: «Se derramando o meu sangue estais dispostos a abandonar a luta, estou disposto a morrer pelo amor da paz». Os dois exércitos retiraram-se sem combate, mas ambos derrotados, abandonando o campo de batalha e instaurando a paz. O seu amor a Jesus eucaristia era tão grande que as suas imagens o representam com a Regra da Ordem numa mão, e na outra uma píxide com o Santíssimo Sacramento.
Fundou muitos conventos, tanto de religiosos como de religiosas, instaurando serenidade e paz em todas as comunidades. Quando estava de visita a certo convento que se dizia convertido às reformas do Santo e apaziguado pela sua entranhável bondade deram-lhe, na refeição, veneno a tomar. Sentindo-se gravemente doente e declarando-se a qualidade da enfermidade, afirmou diante dos irmãos e de Deus, que perdoava a quem o tinha envenenado voluntária ou involuntariamente. Apressou-se a viajar para o convento de Angers, onde morreu, repetindo serenamente aquela bela frase de S. Bernardo: «Ó bom Jesus, sede meu, Jesus». Era o dia 25 de Julho de 1471.

Oração:
"Senhor, que escolhestes o Bem-aventurado João Soreth, para renovar a Vida Religiosa e promover as fundações das carmelitas, e da Ordem do Carmo Secular, concedei-nos, por sua intercessão, a graça duma fidelidade cada vez maior no seguimento de Cristo e Sua Mãe."

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Encontro vocacional dos jovens do Caminho Neocatecumenal.

Brasília acolherá o encontro vocacional dos jovens do Caminho Neocatecumenal em preparação à JMJ
Mais de 15 mil jovens inscritos
BRASILIA, quinta-feira, 26 de julho de 2012 (ZENIT.org) - A Arquidiocese de Brasília acolherá, no domingo dia 29 de julho, um encontro vocacional dos jovens do Caminho Neocatecumenal no Brasil, que será presidido pelo Arcebispo, Dom Sergio da Rocha. Até agora são 15 mil os inscritos que vão participar do evento que começa às duas e meia da tarde, no anfiteatro do Parque Ecológico Dom Bosco, no Lago Sul.
Jovens de dezessete estados do país vão ser acolhidos a partir da sexta-feira (27) em diversas paróquias da Arquidiocese de Brasília. No sábado, durante todo o dia, os jovens evangelizarão pelas ruas e praças das principais cidades do Distrito Federal, e à noite vão celebrar a eucaristia nas paróquias onde forem acolhidos.
No domingo de manhã, os peregrinos rezarão as laudes com a comunidade paroquial e, em seguida, irão ao Parque Ecológico Dom Bosco, no Lago Sul, onde acontecerá o encontro vocacional. Além de Dom Sergio, também confirmaram presença Dom Valério Breda, bispo da diocese de Penedo (AL) e Mons. Piergiorgio Bertoldi, conselheiro do Núncio Apostólico no Brasil.
O encontro vocacional na capital federal sob a responsabilidade do Caminho Neocatecumenal no Brasil se insere nos eventos de preparação para a próxima Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, que acontecerá entre os dias 23 e 28 de julho de 2013.
No Brasil, o Caminho Neocatecumenal está presente em 72 dioceses com 1.500 comunidades espalhadas em quase todos os estados contando com aproximadamente 50 mil fieis. A vida cristã em pequenas comunidades, própria da iniciação cristã neocatecumenal, tem produzido numerosos frutos para o bem de toda a Igreja, dentre eles os seminários Redemptoris Mater (três no Brasil), além de numerosas vocações à vida contemplativa e a formação de muitas famílias abertas à vida que auxiliam à edificação da Igreja e ao florescimento de novas vocações.


SERVIÇO

Data: Domingo 29 de julho – Hora: 14:30h.

Local: Área do anfiteatro do Parque Ecológico Dom Bosco, Lago Sul, Brasília.

Mais informações:

Pe. Marcos Sabater (61 9313 0470 ).










Dar fruto, desembaraçado dos cuidados deste mundo!

Comentário ao Evangelho do dia feito por :



São (Padre) Pio de Pietrelcina (1887-1968), capuchinho
Ep 3, 579; CE 54

Avança com simplicidade nas vias do Senhor e não te preocupes. Odeia os teus defeitos, sim, mas tranquilamente, sem agitação nem inquietação. Há que ter paciência e tirar proveito deles com santa humildade. Se não houver paciência, em lugar de desaparecerem, as tuas imperfeições apenas crescerão. Pois não há nada que aumente tanto os nossos defeitos como a inquietação e a obsessão de nos libertarmos deles.
Cultiva a tua vinha de comum acordo com Jesus. Cabe-te a ti a tarefa de retirar as pedras e arrancar os espinhos. A Jesus cabe a de semear, plantar, cultivar e regar. Mas mesmo no teu trabalho, é Ele que atua. Porque sem Cristo não conseguirias fazer nada.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Beato Tito Brandsma, rogai por nós!! 26-07

Nasceu frei Tito em 23 de fevereiro de 1881, perto de Bolsward, na Holanda. Entrou para a Ordem dos padre carmelitas, tendo sido ordenado sacerdote em 1905. Doutorou-se em filosofia em Roma. Foi professor na Universidade Católica de Neijmegen, chegando ao cargo de Reitor-Magnífico.
Foi nomeado assistente-eclesiástico dos jornalistas católicos. Tornou-se conhecido pela sua disponibilidade para com todos. Durante a ocupação alemã da sua pátria, lutou contra a ideologia nazista, defendendo a liberdade das escolas católicas e da imprensa. Escreveu contra a perseguição aos judeus: “no cumprimento da sua missão, a Igreja não conhece distinção de sexo, de raça ou nacionalidade”.
Frei Tito foi preso pela Gestapo. Após uma via-sacra de seis meses, atingiu o alto do calvário no campo de concentração de Dachau, onde foi morto com uma injeção de ácido fênico, em 26 de julho de 1942.
Do grão de trigo lançado à terra brota uma vida nova. A auréola do martírio testemunha a perene juventude de Deus: o compromisso até ao sangue do mártir anuncia que Deus não se cansa nunca, que não se senta à mesa dos opressores, mas insiste em habitar entre os pequeninos da terra. A 3 de novembro de 1985, Frei Tito Brandsma foi elevado às honras dos altares.

ORAÇÃO ESCRITA POR FREI TITO BRANDSMA
(na passagem de 12 para 13 de fevereiro de 1942, na prisão de Scheveningen)

Ao vos contemplar, meu Jesus,
compreendo que vós me amais,
como um amigo querido,
e sinto que vos amo também.

O vosso amor, bem o sei,
pede cruz e coragem;
mas o sofrimento é o único
caminho para vossa glória.

Se novas dores me afligem,
as considero como suave dom,
porque me assemelham a vós,
porque me unem a vós, Senhor.

Deixem-me só, neste frio;
não preciso de ninguém;
a solidão não me mete medo,
porque estais perto de mim.

Ficai comigo, bom Jesus,
não me abandoneis!
A vossa presença divina
torna tudo belo e fácil.

“Amar e sofrer, sofrer e amar!
Estas duas coisas andam juntas. O amor nos faz padecer, e padecer nos faz amar.
Sinal de amor a Deus, do puro amor a Deus,
é desejar e buscar sempre a vontade de Deus,
do Senhor.

São Joaquim e Sant´Ana, Rogai por nós!!

Com alegria celebramos hoje a memória dos pais de Nossa Senhora: São Joaquim e Sant'Ana.
Em hebraico, Ana exprime "graça" e Joaquim equivale a "Javé prepara ou fortalece".
Alguns escritos apócrifos narram a respeito da vida destes que foram os primeiros educadores da Virgem Santíssima. Também os Santos Padres e a Tradição testemunham que São Joaquim e Sant'Ana correspondem aos pais de Nossa Senhora.
Sant'Ana teria nascido em Belém. São Joaquim na Galileia. Ambos eram estéreis. Mas, apesar de enfrentarem esta dificuldade, viviam uma vida de fé e de temor a Deus.
O Senhor então os abençoou com o nascimento da Virgem Maria e, também segundo uma antiga tradição, São Joaquim e Sant'Ana já eram de idade avançada quando receberam esta graça.
A menina Maria foi levada mais tarde pelos pais Joaquim e Ana para o Templo, onde foi educada, ficando aí até ao tempo do noivado com São José. A data do nascimento e morte de ambos não possuímos, mas sabemos que vivem no coração da Igreja e nesta são cultuados desde o século VI.

Muitos profetas e justos desejaram ver o que estais a ver!

Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja
Discursos sobre os Salmos, Sl 118, nº 20

O profeta diz no Salmo: «Minha alma definha na Tua salvação; espero na Tua palavra» (118,81). [...] Que exprime esse anseio senão «a raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus» (1Pe 2,9), cada um em sua época, em todos aqueles que viveram, que vivem e que viverão, desde o início da humanidade até o fim do mundo? [...] É por isso que o próprio Senhor disse aos Seus discípulos: «Muitos profetas e justos desejaram ver o que estais a ver». É pois a voz deles que deve ser reconhecida neste Salmo. [...] Esse desejo nunca cessou nos santos e não cessa, mesmo agora, no «Corpo de Cristo que é a Igreja» (Col 1,18), até que venha «o Desejado de todas as nações» (Ag 2,8 Vulg). [...]
Os primeiros tempos da Igreja, antes do parto da Virgem, tiveram por conseguinte santos que desejavam a vinda de Cristo na carne; e o tempo em que estamos depois da Sua ascensão tem outros santos que desejam a manifestação de Cristo para julgar os vivos e os mortos. Nunca, desde o início até o fim dos tempos, este desejo da Igreja perdeu o seu ardor, a não ser quando o Senhor viveu na terra na companhia dos Seus discípulos.

"A secularidade fala à consagração!"

Construir percursos de bem comum, sem soluções pré-confeccionadas

Mensagem de Bento XVI aos membros dos institutos seculares

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 25 de julho de 2012 (ZENIT.org) – Bento XVI enviou uma mensagem aos membros dos institutos seculares reunidos em congresso mundial até quinta-feira em Assis, cujo tema é: "À escuta de Deus 'nos sulcos da história': a secularidade fala à consagração".
O texto, enviado pelo secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Tarcisio Bertone, e divulgado pelo site de notícias do Vaticano, realça que “a relação entre Igreja e mundo” deve ser vivida na “reciprocidade”.
Os Institutos seculares alimentem "olhares capazes de futuro e raízes firmes em Cristo" abraçando "com caridade as feridas do mundo e da Igreja".
Num tempo como hoje, que "coloca à vida e à fé profundas interrogações", olhando para o Espírito Santo, os consagrados podem seguir a sua vocação, ou seja, "estar no mundo assumindo todos os seus pesos e os seus anseios, com um olhar humano que coincida sempre mais com o olhar divino", escreve o Santo Padre.
A mensagem indica três âmbitos específicos nos quais os Institutos seculares devem concentrar a atenção. Antes de mais, a "doação total e encontro pessoal com o amor de Deus". Depois, também, "vida espiritual", ponto firme e irrenunciável que implica "reconduzir a Cristo todas as coisas", e que se alimenta na oração e na escuta da Palavra de Deus, para construir esperança e confiança. Por fim, a formação, entendida como educação para "aquela sabedoria que tem sempre consciência da centralidade humana e da grandeza do Criador".
O Papa exorta os Institutos seculares a estarem "disponíveis para construir percursos de bem comum, sem soluções pré-confeccionadas".

domingo, 22 de julho de 2012

Santa Maria Madalena, rogai por nós!!

"O maligno semeia guerra; Deus cria paz"

As palavras de Bento XVI durante o Angelus em Castel Gandolfo
Castel Gandolfo, domingo, 22 de julho de 2012(ZENIT.org) – Apresentamos as palavras do Papa Bento XVI que precederam a tradicional oração do Angelus, dirigidas aos fiéis e peregrinos reunidos no pátio interno de sua Residência Apostólica de verão em Castel Gandolfo.

Queridos irmãos e irmãs!

A palavra de Deus deste domingo nos propõe novamente um tema fundamental e sempre fascinante da Bíblia: recorda-nos que Deus é o Pastor da humanidade. Isto significa que Deus quer para nós a vida, quer guiar-nos para bons prados, onde poderemos nos alimentar e repousar; não quer que nos percamos e morramos, mas que cheguemos à meta de nosso caminho, que é exatamente a plenitude da vida. É isto que deseja todo pai e mãe para os próprios filhos: o bem, a felicidade, a realização. No Evangelho de hoje Jesus se apresenta como Pastor das ovelhas perdidas da casa de Israel. O seu olhar para as pessoas é um olhar como se fosse ‘pastoral’. Por exemplo, o Evangelho deste domingo, diz que ‘Ele desembarcou, viu uma grande multidão e ficou tomado de compaixão por eles, pois estavam como ovelhas sem pastor. E começou a ensinar-lhes muitas coisas’(Mc 6,34). Jesus encarna Deus Pastor em seu modo de pregar e com as suas obras, cuidando dos doentes e dos pecadores, daqueles que estão ‘perdidos’ (cfr Lc 19, 10), para reconduzi-los em segurança, na misericórdia do Pai.
Entre as ‘ovelhas perdidas’ que Jesus trouxe em seguro, está uma mulher de nome Maria, originária do vilarejo de Magdala, no Mar da Galileia, e por isso Madalena. Hoje é sua memória litúrgica no calendário da Igreja. Diz o Evangelista Lucas que dela Jesus fez sair sete demônios (cfr Lc8,2), ou seja, a salvou de uma total escravatura do mal. Em que consiste esta cura profunda que Deus realiza através de Jesus? Consiste em uma paz verdadeira, completa, fruto da reconciliação da pessoa consigo mesma e em todas as suas relações: com Deus, com os outros, com o mundo. De fato, o maligno procura sempre destruir a obra de Deus, semeando divisão no coração do homem, entre o corpo e a alma, entre o homem e Deus, nas relações interpessoais, sociais, internacionais, e também entre o homem e a criação. O maligno semeia guerra; Deus cria paz. Com efeito, como afirma São Paulo, Cristo ‘é a nossa paz: de ambos os povos fez um só, tendo derrubado o muro de separação e suprimido em sua carne a inimizade’( Ef 2, 14). Para realizar esta obra de reconciliação radical Jesus, o Bom Pastor precisou tornar-se Cordeiro, ‘o Cordeiro de Deus... que tira o pecado do mundo’(Jo1, 29). Somente assim pode realizar a maravilhosa promessa do Salmo: ‘Sim, felicidade e amor me seguirão todos os dias da minha vida;minha morada é a casa de Iahweh por dias sem fim’ (22/23, 6).
Queridos amigos, estas palavras faz vibrar o coração, porque exprimem nosso desejo mais profundo, dizem para o que fomos feitos: a vida, a vida eterna! São palavras daqueles que, como Maria Madalena, experimentaram Deus na própria vida e conhecem a sua paz. Palavras mais verdadeiras do que nunca na boca da Virgem Maria, que já vive para sempre nos prados do céu, onde a conduziu o Cordeiro Pastor. Maria, Mãe de Cristo nossa paz, rogai por nós!


quinta-feira, 19 de julho de 2012

450 anos da fundação do Mosteiro de São José de Ávila!!

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 16 de julho de 2012 (ZENIT.org)-O Serviço de informação do Vaticano (VIS) publicou hoje a mensagem que o Santo Padre Bento XVI enviou ao bispo Jesús García Burillo, de Ávila, Espanha, por ocasião do 450º aniversário da fundação do mosteiro de São José de Ávila e do início da reforma do Carmelo, empreendida por Santa Teresa de Jesus.
Bento XVI recordou que "a reforma do Carmelo, cujo aniversário nos enche de alegria interior, nasce da oração e tende à oração. Ao promover um retorno radical à Regra primitiva, afastando-se da Regra mitigada, Santa Teresa de Jesus procurou promover uma forma de vida que levasse ao encontro pessoal com o Senhor, que precisa de ‘solidão e de um olhar para dentro de si mesmo, e do não afastamento de tão Bondoso Hóspede’".
"Santa Teresa propôs um novo estilo de vida carmelita em um novo mundo. Eram tempos difíceis. Naqueles dias, como disse essa mestra de espiritualidade (...), ‘o mundo está ardendo, querem voltar a condenar Cristo, querem destruir a sua Igreja. Não, minhas irmãs, não é hora de tratarmos com Deus de assuntos de pouca monta. Não nos é acaso familiar, na situação em que vivemos, uma reflexão tão luminosa que nos desafie, feita de mais de quatro séculos da santa mística?" continuou o Papa.
"O objetivo final da reforma teresiana e da criação de novos mosteiros, num mundo pobre de valores espirituais, era promover pela oração o agir apostólico, propondo uma maneira de viver o evangelho que fosse modelo para quem procurava um caminho de perfeição, convencido de que toda autêntica reforma pessoal e eclesial reproduz cada vez melhor em nós a ‘forma’ de Cristo. (...) Mesmo agora, tal como no século XVI, entre as rápidas transformações, é a oração a alma do apostolado, para que ressoe com clareza e grande dinamismo a mensagem salvadora de Jesus Cristo. É urgente que a Palavra de vida vibre nas almas com harmonia, com notas sonoras e atraentes".
"Nesta missão apaixonante, o exemplo de Teresa de Ávila é de grande valia. Podemos dizer que, no seu tempo, a santa evangelizou sem tibieza, com ardor vívido, com métodos distantes da inércia, impregnada de luz. Isto preserva o seu frescor no mundo de hoje, que sente a urgência de renovação do coração dos batizados através da oração pessoal, centrada, seguindo os ditames da mística de Ávila, na contemplação da Humanidade Sacratíssima de Cristo como a única estrada para se chegar à glória de Deus".
"O poder de Cristo levou a santa de Ávila a redobrar os esforços para que o povo de Deus reencontrasse o seu vigor da única forma possível: abrindo espaço em seu íntimo para os sentimentos do Senhor Jesus, procurando em todas as circunstâncias viver de forma radical o seu evangelho". E continuou explicando que "isto significa, em primeiro lugar, permitir que o Espírito Santo nos torne amigos do Mestre e nos configure com ele. Também significa acolher todos os seus mandados e adotar critérios como a humildade de vida, a renúncia ao supérfluo, o não ferir os outros e o proceder com simplicidade e mansidão de coração"
Ao final o Papa afirmou que aqueles que nos rodeiam sentirão a alegria "que vem da nossa adesão ao Senhor, do não antepor coisa alguma ao seu amor, estando sempre dispostos a dar a razão da nossa esperança".
(Tradução:ZENIT)

Solenidade de Nossa Senhora do Carmo e o Encontro dos Devotos do Escapulário em 16-07-12

Comemoramos o dia de Nossa Senhora do Carmo com a Santa Missa, presidida por Pe. Alan Rodrigues, na Capela do Carmelo de Santa Teresinha.
Carmelitas Seculares e amigos do carmelo.

Monjas do Carmelo Santa Teresinha.

Momento do Ofertório.
Após a Santa Missa, nos dirigimos à Ermida de São José para coroação de Nossa Senhora.

"Te coroamos, Ó Mãe, Nossa Rainha!!! Gerardo e Mônica, representando as famílias!

Beata Teresa de Santo Agostinho e companheiras, rogai por nós!!

São dezesseis religiosas do Carmelo deCompiègne assassinadas por revolucionários franceses do Comitê de Salvação Pública que as levaram à guilhotina por ódio à religião, no segundo período do Terror da Revolução Francesa, no dia 17 de julho de 1794, no local hoje denominado "Place de la Nation", na época "Place du Trône Renversé".
Antes de serem executadas ajoelharam-se e cantaram o hino Veni Creator, após o que todas renovaram em voz alta os seus compromissos dobatismo e os votos religiosos. A execução teve início com a noviça e por último foi executada a Madre Superiora 'Madeleine-Claudine Ledoine(Madre Teresa de Santo Agostinho) (Paris, 22 de setembro de 1752), professa em 16 ou 17 de maio de 1775. Durante as execuções reinou absoluto silêncio. Seus corpos foram sepultados num profundo poço de areia em um cemitério em Picpus. Como neste areal foram enterrados 1298 vítimas da Revolução, é pouco provável a recuperação de suas relíquias. Foram solenemente beatificadas em 27 de maio de 1906 pelo PapaSão Pio X.
O Papa João Paulo I sobre elas disse: Durante o processo ouviu-se a condenação: "À morte por fanatismo". E uma, na sua simplicidade, perguntou: — "Senhor Juiz, se faz favor, que quer dizer fanatismo?". Responde o juiz: — É pertencerdes tolamente à religião". — "Oh, irmãs!" — disse então a religiosa — "ouvistes, condenam-nos pelo nosso apego à fé. Que felicidade morrer por Jesus Cristo!". Fizeram-nas sair da prisão da Conciergerie, meteram-nas na carreta fatal e elas, pelo caminho, foram cantando hinos religiosos; chegando ao palco da guilhotina, uma atrás doutra ajoelharam-se diante da Prioresa e renovaram o voto de obediência. Depois entoaram o "Veni Creator"; o canto foi-se tornando, porém, cada vez mais débil, à medida que iam caindo, uma a uma, na guilhotina, as cabeças das pobres irmãs. Ficou para o fim a Prioresa, Irmã Teresa de Santo Agostinho; e as suas últimas palavras foram estas: "O amor sempre vencerá, o amor tudo pode". Eis a palavra exacta: não é a violência que tudo pode, é o amor que tudo pode. [1]

O grupo de religiosas carmelitas lideradas por Madre Teresa de Santo Agostinho era composto por 16 mulheres: 10 freiras, 1 noviça, 3 irmãs leigas, 2 irmãs rodeiras

PARA LER O DIARIO DAS AS MÁRTIRES DE COMPIÈGNE, E CONHECER ESSAS SANTAS MULHERES, QUE O CARMELO CELEBRA HOJE E CONHECER MELHOR ENTRE NO NOSSO BLOG DE TEXTOS CARMELITANOS, NO LINK ABAIXO:

http://documentosocdsigreja.blogspot.com.br/search/label/santos%20carmelitas-AS%20M%C3%81RTIRES%20DE%20COMPI%C3%88GNE

Notícias do Carmelo no mundo!!

Querido Carmelo, recreações Carmelitas

Irmãs Carmelitas Descalças da Venezuela apresentam produção discográfica

SÃO CRISTOVÃO, terça-feira, 17 de julho de 2012(ZENIT.org) – No marco da festa de Nossa Senhora do Carmo as monjas do Mosteiro de Santa Maria do Monte Carmelo de Paramillo,em São Cristovão, Venezuela, apresentam uma produção discográfica intitulada “Querido Carmelo, recreações carmelitas”. Interpretada pelas vozes das religiosas de clausura.
“Queremos presentear estes cantos “Recreações Carmelitas”, realizado com grande fervor, sensibilidade e alegria carmelita, e compartilhar com todos os nossos irmãosem Cristo Jesus”, expressaram as Irmãs Carmelitas Descalças de Paramillo.
As monjas carmelitas destacam também que esta produção musical é “dedicada à Madre Lucia do Menino Jesus (Serva de Deus), que apreciava muito a alegria de suas ‘monjinhas’”. Também dedicam este trabalho à Madre Maria de Cristo, superiora do convento.
O CD contém quatorze faixas escritas pelas religiosas que falam de suas vidas e das Carmelitas descalças, dentre elas: “Querido Carmelo”, Sou Carmelita”, “Prisioneira”,e outras. E o tema dedicado à Serva de Deus Madre Lucia, “A ti mãezinha”.

O Silêncio!!

Reflexões de Frei Patricio Sciadini, ocd

ROMA, terça-feira, 17 de julho de 2012(ZENIT.org) - Apresentamos uma reflexão intitulada - O silêncio - escrita por Frei Patrício Sciadini, ocd, religioso, Carmelita Descalço; escreveu mais de 60 livros, publicados no Brasil e no exterior e atualmente é o delegado geral no Egito.
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Hoje assistimos a um silêncio que oprime e que deve ser rompido com a coragem profética para que a cadeia das injustiças institucionalizadas não continue a silenciar milhões de pessoas que gritam no deserto.
Este silêncio de morte que vemos por ai desde o silêncio do medo que a máfia de todas as matizes espalham ao seu redor e o “não sei não vi, não escutei”, ao silêncio dos trabalhadores que diante de salários injustos não podem reclamar pelo medo de ficar sem trabalho e ter uma vida pior. Do silêncio das crianças abortadas que não podem nem gritar e nem defender-se ao silêncio dos presos e torturados que devem calar para que outros não sofram injustamente. Estes silêncios invadem os meios de comunicação que, a serviço de poderosos, falsificam a verdade e se colocam do lado do poder para ter cada vez mais um posto mais alto.
Há o silêncio do diabo que está ao lado dos justos e dos santos e com sua presença silenciosa invade o temor e insegurança, gerando o medo coletivo. Não é este o silêncio que deve ser mantido. Este silêncio deve ser rompido para que a voz da verdade possa ser ouvida em todos os lados e que nasça no coração das pessoas o silêncio da esperança que está para nascer. O silêncio é útero da sabedoria a verdade. É no mais profundo de si mesmo que o ser humano necessita descer não para escutar a si mesmo, as suas lamúrias e fracassos ou sonhos idealizados, mas sim para escutar a voz de Deus que o chama a assumir corajosamente a sua identidade de pessoa de cristão sem ter medo de nada e de ninguém.
O Papa, na sua catequese sobre o silêncio, nos recorda citando Santo Agostinho, “que na medida que o Verbo crescer, a palavra do homem diminui”. Aliás diante de Cristo verdade caminho e vida somente tem espaço para o silêncio. O caminho que deve ser percorrido é fugir do “barulho”, seja qual for, quer seja visivo com as imagens que as TV, internet e outros meios jogam com abundância dentro de nós e que nos impedem de refletir, de avaliar, não nos dão o tempo de avaliar os fatos porque quando você começa a pensar é outra imagem que vem e leva longe a primeira. O barulho auditivo que nos persegue todos os dias e sentimos que sempre mais é necessário gritar mais forte para que possa ouvir o barulho distante do outro, mas não escutá-lo.
É um burburinho que chega até nós, sons convulsivos, mas não inteligíveis. São músicas, são palavras que impedem o ser humano de saber “escutar-se e escutar aos demais”; recuperar o silêncio exterior é fundamental. Criar pelo menos uma vez por semana um “oásis de silêncio exterior”, onde possamos permanecer “a sós” duas ou três horas para ouvir a doce brisa que chega até nós e na qual o Deus da vida está escondido( 1 Rs 19, 12) Quando o silêncio é fuga se torna não comunicação, nervosismo, mal estar e espalha ao seu redor um clima de desconfiança e de tristeza.
Quando o silêncio é comunicação é como o perfume que faz sentir sua presença embora não seja palpável. É neste silêncio que devemos entrar novamente para compreender o que diz o místico João da Cruz “Uma palavra falou o Pai, que foi seu Filho, e a fala sempre em eterno silêncio e, em silêncio, há de ser ouvida pela alma.” Os místicos não são pessoas anti-sociais, mas exemplos de comunicação. Cada palavra que eles pronunciam é palavra de vida, de esperança, de alegria e de amor. E quando a palavra “é como espada a dois gumes que penetra até o miolo dos ossos” é para que seja operadora de conversão e de salvação. Somente quando o ser humano redescobrir a necessidade do silêncio para se medir consigo, com os outros e com Deus, saberá que a força do testemunho não é palavra, mas o silêncio, o doce silêncio. Dando a palavra ainda a João da Cruz:
A noite sossegada,
Quase aos levantes do raiar da aurora;
A música calada,
A solidão sonora,
A ceia que recreia e que enamora.(C 15)
É o momento de praticar o que Jesus nos ensina se queremos rezar, falar com Deus e escutar seu Filho bem amado: “desce em você, fecha a porta e fala ao Pai.” (Mt 6)

quarta-feira, 18 de julho de 2012

IX Encontro de jovens da OCDS 15-07-12

Madre Bernadette: "O caminho de Teresa de Jesus é ter os olhos fixos em Jesus!!!"

A sala de palestras do encontro de jovens.

As carmeletes, Maria Luiza e Regina, animadoras do encontro.

Madre Bernadette e Efigênia.


Frei Fábio, Natália e Madre Bernadette.
Membros das Comunidades Rainha do Carmelo e São José de Santa Teresa, com Frei Fábio e Madre Bernadette.

Claudinha ao lado das imagens de nossos santos carmelitas!!

 A livraria.
Nossa Mãe e Rainha do Carmelo nos ajude nessa grande missão de levar o Evangelho a todas as pessoas, mas não somente a Palavra escrita no papel, e sim, a Palavra testemunhada na vida, no agir, para assim sermos luzes para o mundo!!!

Lazer da Comunidade Rainha do Carmelo 30-06-12

Iniciamos nosso dia de lazer com um saboroso café da manhã, fruto da partilha de cada um.

Nossos churraqueiros, preparando nosso almoço, Gerardo, Jacqueline e Efigênia.
 
Contamos muitas histórias e partilhamos nossas vidas!!

Após o almoço, celebramos o dom da vida de nossos irmãos do trimestre, abril-maio-junho.

O bolo estava lindo!!

Gerardo e Mônica
Os momentos de lazer nos proporcionam a oportunidade de nos conhecermos melhor, de partilharmos um pouco mais das nossas vidas, e conhecendo mais o irmão nos tornamos mais fraternos e amamos mais. 

quinta-feira, 12 de julho de 2012

CONVITE

A COMUNIDADE RAINHA DO CARMELO, OCDS,

convida todos os seus membros e demais fiéis a se fazerem presente ao "Encontro dos Devotos do Escapulário"

no próximo dia 16/07, às 19:00h, na Capela do Carmelo, por ocasião da Solenidade de Nossa Senhora do Carmo,

momento em que teremos a celebração da Santa Missa, presidida pelo Pe. Alan Semita e logo em seguida faremos a Coroação de Nossa Senhora

 na Ermida de São José. Contamos com a participação de todos.

Beatos Luiz e Zelia Martin, rogai por nós!! 12-07

Memória  facultativa em 12-07
Início

Um bom exemplo de amor, reconhecimento do valor da vida…São Luiz e Zélia Martin, pais de Santa Teresinha.Na época em que viveram, em meados do século XIX, não era fácil viver o Evangelho, tanto na França como em todos os lugares.(p.11).
Luiz José Aloísio Estanislau Martin nasceu em 22 de agosto de 1823, na cidade de Bordeaux, na França…Luiz recebeu esse nome porque era costume naquela época dar muitos nomes às crianças para que fossem protegidas pelos santos padroeiros. Já a família de Zélia Guérin também era muito boa dedicada…Na véspera do Natal foi batizada com o nome de Zélia Maria. (p.12).
Zélia e Luiz Martin…inicialmente não tinham planos de casar, e sim de dedicarem-se à vida religiosa, entregues ao serviço de Deus. Luis bem cedo se envolveu com o trabalho silencioso e meticuloso de relojoeiro…Luiz chegou a ir ao mosteiro do monte São Bernardo pedir que o admitissem, mas o superior achou por bem despedi-lo, pois não sabia o latim.(p.16-17).
Zélia era uma boa menina, dedicada aos afazeres domésticos, aos estudos, trabalhadora, cultivava uma vida bastante retirada e conservava em seu coração um grande desejo: ser irmã de caridade para dedicar-se ao serviço dos pobres. Era seu sonho. Quando chegou à idade ideal, Zélia decidiu ir ao convento das irmãs Vicentinas de Alençon para pedir que lhe admitissem. A superiora, sem muito interrogatório, simplesmente disse que ela não tinha vocação e pediu que voltasse para casa. Zélia, desiludida com essa resposta, passou a dedicar-se a outro sonho: ser bordadeira do ponto de Alençon.(p.17).
Um dia…Zélia e Luiz se encontraram casualmente atravessando a ponte São Leonardo. Já se conheciam, viram-se muitas vezes…Zélia recordará mais tarde que sentiu em seu coração uma voz interior que lhe dizia: “Foi este que eu preparei para ti”…O noivado foi relâmpago, aconteceu depois de três meses, o que provocou uma grande felicidade para a mãe de Luiz, que finalmente viu suas orações atendidas… No dia 13 de julho de 1858, ano em que a igreja proclamaria o dogma da Imaculada Conceição a partir das aparições de Nossa Senhora de Lourdes, foi realizado o matrimônio entre Zélia Guérin e Luiz Martin. Foi uma cerimônia para pouquíssimos convidados, realizada à meia noite, na Igreja de Nossa Senhora de Alençon. Era costume naquele tempo…casar-se na calada da noite. (p.20-21).

Filhos

Zélia e Luiz tomaram a decisão de ter muitos filhos…Nasce a primeira filha do casal, Maria Luiza…Todos os filhos e filhas do casal recebia o nome de “Maria” como sinal de agradecimento à Virgem Maria, que era tão amada e venerada na família Martin. Aliás, no dia do casamento, Luis e Zélia receberam como presente a imagem de Nossa Senhora das Vitórias, que mais tarde ficou conhecida, por causa do milagre do sorriso a Santa Teresinha, como Nossa Senhora do Sorriso. O grande sonho de Zélia era ter um filho sacerdote. Isso nunca aconteceu, mas os pais não rejeitaram as filhas que Deus lhes enviara.(p.26-27)

Maria Luiza(1860-1940) – Ir. Maria do Sagrado Coração no Carmelo de Lisieux(1886)
Maria Paulina(1861-1951) – Ir. Inês de Jesus no Carmelo de Lisieux(1882);
Maria Leônia(1864-1941) – Ir. Francisca Teresa na Visitação em Caen(1898);
Maria Celina(1869-1959) – Ir. Genoveva da Sagrada Face no Carmelo de Lisieux(1894)
Maria Francisca Teresa(1873-1897) – Santa Teresinha – Carmelo
Irmãos falecidos antes de Santa Teresinha nascer:
+Maria Helena(1864-1870);
+José Maria(1866-1867)
+João Batista Maria(1867-1868)
+Maria Melânia Teresa(1870 – falecida aos 3 meses de idade) – p.28
Vários filhos e filhas pequeninos morreram.A dor não lhes faltava pela morte de parentes e amigos. Mas tudo sabiam aceitar com amor e ofereciam ao Senhor.(p.33)

Parte da Carta de Zélia Guérin

(p.41).
Mas os sonhos os homens são diferentes dos sonhos de Deus. Não nasceria um menino, e sim uma menina, que se tornou a alegria não só da família Martin, mas do Carmelo, da Igreja e do mundo: Teresinha. (p.41).

Nascimento

Em uma quinta-feira, dia 2 de janeiro de 1873, às vinte e três horas e trinta minutos, nasce a doce menina, que mais tarde se autodefine como “uma flor primaveril”.
Ao dar à luz, Dona Zélia faz a oração que costuma rezar após o nascimento de cada um de seus filhos: “Concedei-me a graça de ela vos ser consagrada e de nada vir a manchar a pureza de sua alma.Se há de perder-se um dia, prefiro que a leve imediatamente.(p.42)
Ao amanhecer, um menino desconhecido deixou debaixo da porta um papel com a seguinte poesia: Cresce depressa a sorrir, tudo te chama a alegria, doces cuidados, ternura…Oh! sim, sorri o futuro Botão que acabas de abrir. Hás de ser rosa algum dia.

Dor

A despeito de toda alegria, a saúde de Teresinha não era das melhores. Os médicos ficam preocupados, pois a mãe não poderia amamentá-la. Era urgente procurar uma ama de leite.(p.43)….Zélia foi a Samallé, onde encontrou Rosinha, que játinha sido ama de leite de outros seus dois filhos…Em uma carta que escreve para a cunhada Zélia relata o drama vivido: “A ama de leite, ao ver Teresinha, abanou a cabeça como se dissesse que a criança estava perdida. Eu subi para o meu quarto, ajoelhei-me aos pés de São José e implorei dele a graça de curar a minha filha, resignando-me, contudo, à vontade de Deus, se a quisesse levar. Não choro muitas vezes, mas desta vez as lágrimas corriam enquanto eu fazia esta oração…A criança a mamar com todas as suas forças. Não largou o seio senão por volta de uma hora da tarde; vomitou alguns goles e caiu morta em cima da cama. Estávamos cinco pessoas em volta dela. Sentíamo-nos paralisados…
A pequenina, aparentemente não respirava…Por fim, depois de uns quinze minutos, a minha Teresinha abriu os olhos e começou a sorrir. Desde este momento ficou absolutamente curada, voltou-lhe o bom aspecto e a alegria e vai o melhor possível.(p.45-46).

Carta da Zélia Guérin

Rosinha diz que nunca viu uma criança mais interessante. Há de ser muito engraçada e até muito linda, basta colocá-la de pé encostada a uma cadeira e já se segura muito bem, sem cair. Toma suas precauçõezinhas e parece muito inteligente. Parece-me que há de ter um caráter excelente, porque sorri sem cessar, com uma expressão de predestinada. A minha Teresinha desde quinta-feira, começou a andar. É meiga e linda como um anjinho. Tem um caráter encantador. Já se nota bem: tem um sorriso tão meigo! Como me tarda v~e-la em nossa casa. É uma menina muito encantadora, muito meiga e muito adiantada para a sua idade.(p.47).

Bons exemplos

Costumavam rezar juntos, liam bons livros sobre a vida dos santos, o terço era recitado todos os dias e a oração ocupava um lugar de preeminência tanto na vida familiar como na de cada membro da casa…Incentivavam suas filhas a ter devoção e amor à Virgem Maria…Todos os pobres que batessem à porta da família eram bem recebidos e acolhidos, recebendo roupa e comida. Nunca lhes negaram nada…O amor ao Papa e aos sacerdotes sempre foi cultivado na família Martin. Os padres tinham pousada garantida em sua casa quando passavam por Alençon. Outro momento que exemplifica o amor da família pela igreja, mais especificamente o amor de Teresinha, foi na grande peregrinação em Roma, por ocasião do jubileu de ouro sacerdotal do papa Leão XIII. Foi uma peregrinação mais de padres que de leigos, e foi nesta ocasião que Teresinha descobriu sua vocação para rezar pelos padres…Suas relações com os sacerdotes eram impregnadas de atenções que raiavam pela veneração. Não consentia a menor palavra de crítica ou de troça a seu respeito. (p.50-52).

Trabalho

Luiz não ganhava muito dinheiro com sua relojoaria, além disso, ele e sua esposa não trabalhavam aos domingos e dias santos de guarda, quando o povo saía das aldeias vizinhas para Alençon, para participar da missa e depois fazer compras. Tanto a relojoaria de Luiz Martin como a loja de Zélia não abriam aos domingos, assim o povo era obrigado a procurar outros comerciantes para poder adquirir o que lhes era necessário. Mas para o casal o dia do Senhor era sagrado, e mesmo que perdessem dinheiro por não trabalharem nesse dia, permaneciam fiéis. …Luiz Martin não gostava de ter dívida com ninguém, e era especialmente consciencioso em pagar os operários no dia certo o que lhes era devido.(p.31-32)

Carta apaixonada de Zélia Guérin a Luis Martin

Quando o marido não podia acompanhá-la em suas visitas a Lisieux, ela ficava triste, preocupada e cheia de saudades e de amor, como mostra esta carta do dia 31 de agosto de 1873:

“Meu querido Luiz,

Chegamos ontem às quatro e meia da tarde. O meu irmão, que estava na estação à nossa espera, ficou radiante quando nos viu. Ele e a mulher fazem o quanto podem para nos arranjar distrações. Hoje, domingo, há uma bela recepção aqui em casa, à noite, em nossa homenagem. Amanhã, segunda-feira, haverá um grande banquete na casa da senhora Maudelond e, possivelmente, um passeio de carro à casa de campo da senhora Fournet. As pequenas andam encantadas. Se o tempo estivesse bom, seria para elas o auge da felicidade. Mas eu sou mais custosa de desarmar. Nada disso me interessa! Ando exatamente como os peixes que tu tiras para fora da água: já não estão no seu ambiente, não lhes resta senão morrer. Creio que era o que me aconteceria se a minha permanência aqui tivesse sido prolongada…Acompanho-te em espírito a toda hora. Digo para mim mesma: “Neste momento está a fazer isto ou aquilo”.Quanto me tarda ver-me junto de ti, meu querido Luiz! Amo-te de todo o meu coração e sinto que o meu afeto aumenta com a privação da tua presença que tanto sinto. Seria impossível para mim viver separada de você. Esta manhã assisti a três missas. Fui às das seis, fiz a ação de graças e rezei as minhas orações durante a das sete, e voltei à missa cantada. O meu irmão não está descontente com os negócios que não vão mal. Diz a Leônia e a Celina que lhes mando muitos beijos saudosos e que levarei para elas uma lembrança de Lisieux.
Verei se é possível escrever-te amanhã, mas não sei a que horas voltaremos de Trouville. Escrevo com muita pressa porque estão à minha espera para ir fazer visitas. Regressamos na quarta-feira à tarde, às sete e meia. Como me parece distante! Beijo-te com muito amor. As filhinhas recomendam-me que te diga que estão muito contentes por terem vindo a Lisieux e que te mandam muitos beijos(Carta de Zélia a Luiz, de 31 de agosto de 1873). (p.57).

Educação

Os pais de Teresinha preocupavam-se muito com a educação das cinco filhas…Em outubro de 1868, Maria e Paulina entraram no Colégio da Visitação de Mans. A saída das pequeninas de CSA foi relatada pela mãe em carta para seu irmão Isidoro:
Não pode imaginar quanto me custa separá-las de mim, mas é preciso saber fazer um sacrifício pela felicidade delas…Maria é uma aluna excelente…Paulina aprende quanto quer e é adiantada…(p.60).
“Não estou nada descontente com a minha Leônia. Se chegássemos a triunfar aquela teimosia e moldar-lhe um pouco o caráter, faríamos dela uma boa menina, dedicada, sem medo de sacrifícios…ontem…ao meio-dia disse-lhe que fizesse sacrifícios para vencer o seu mau humor e que, a cada vitória alcançada, meteria uma avelã numa gaveta que lhe indiquei para contarmos a noite.Ela ficou toda contente, mas como não havia avelãs, mandei-lhe trazer uma rolha que parti em sete rodelinhas. À tarde perguntei-lhe quantos ‘atos’ fizera. Nada, tinha corrido tudo o pior possível . eu não fiquei contente e dirigi-lhe censuras severas, dizendo-lhe que não valia a pena, nessas condições, pedir para ser religiosa. Começou a chorar, banhando-me o rosto co lágrimas de sincero arrependimento e hoje há estão as rodelinhas de cortiças na gaveta.”(p.62).
Zélia revelou: “Como me sinto feliz em ter essa filha…o meu marido é doido por ela. É inacreditável o que ele se sacrifica por ela de dia e de noite.(p.63)

O câncer de Zélia

Em 1876, um novo alarme: a saúde de Zélia piorava. Estava com câncer, que se alastrava silenciosamente em seu organismo. “Se Nosso Senhor permitir que eu morra disto, farei o possível para me resignar o melhor que puder e suportar o meu mal com paciência, para ter menos tempo de purgatório. (p.69).
Sem murmurar, Zélia seguiu o seu calvário, carregando com dignidade, junto com familiares e parentes a sua cruz…(p.74)
Após a morte de Zélia, Luiz se viu sozinho e sem direção para conduzir a família sem a presença da esposa. Zélia confiava muito em seu irmão, Isidoro, que era farmacêutico toma a iniciativa de cuidar com afinco da família Martin…(p.77).

Lembranças de Teresinha sobre o Pai

Ah! Como era bom, depois da partida de damas, sentar-me com Celina no Colo de papai…Com sua bela voz, ele cantava melodias que enchiam a alma de pensamentos profundos… ou embalando-nos, recitava versos repletos das verdades eternas…Não sei dizer o quanto amava papai; tudo nele causava-me admiração.Era o ano de 1887. O papa Leão XIII celebrava as bodas de ouro de sacerdócio…muitos tentavam ir a Roma para prestar uma homenagem.Luís Martin se colocou em fila para fazer esta viagem com Teresinha e Celina.
Mas os mais belos “peixes” que Luiz ofereceu ao Carmelo foram suas quatro filhas, que uma a uma levantaram vôo dos Buissonnets para o Carmelo.
E, 29 de julho de 1894, Luiz estava preparado para ir para a casa do Pai…sem esforço, como uma criança que adormece em paz, o Sr. Martin entregava a alma a Deus. Tinha quase setenta e um anos. De Luiz Martin se dizia: “Era admirável na caridade, não julgava nunca os outros e achava sempre desculpa para os defeitos do próximo.”(p.117)
Recorda-te de que outrora na terra tua felicidade era sempre nos amar. De tuas filhas escuta agora a prece, protege-nos, digna-te ainda nos abençoar. Encontraste, no céu, nossa Mãe querida Que já te precedera na Pátria eterna: Agora nos céus reinais os dois. Velais por nós! Lembra-te de Maria, tua bem-amada, Tua primogênita, a mais cara a teu coração; Lembra-te de que ela preencheu tua vida com seu amor, encanto e felicidade…Por Deus renunciaste a sua doce presença e abençoaste a mão que te oferecia sofrimento…Ah, sim, do teu diamante, Cada vez mais brilhante, Recorda-te…

Um casal especial – Frei Patricio Sciadinni. Os pais de Santa Teresinha. Canção Nova. 2010.