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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O sinal de Jonas!


Comentário ao Evangelho do dia feito por :
São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 37; PL 52, 304-306
Toda a história de Jonas no-lo revela como uma prefiguração perfeita do Salvador. [...] Jonas desceu a Jafa para apanhar um barco com destino a Tarsis [...]; o Senhor desceu do céu à terra, a divindade à humanidade, a Potestade soberana desceu até à nossa miséria [...], para embarcar no navio da Sua Igreja [...].
É o próprio Jonas que toma a iniciativa de se deitar ao mar: «Pegai em mim e lançai-me ao mar»; anuncia, assim, a paixão voluntária do Senhor. Quando a salvação de uma multidão depende da morte de um só, essa morte está nas mãos do homem que tem o poder de a atrasar, ou, pelo contrário, de a apressar, antecipando-se ao perigo. Todo o mistério do Senhor está aqui prefigurado. Para Ele, a morte não é uma necessidade; releva da Sua livre iniciativa. Escutai-O: «Ninguém Ma tira, mas sou Eu que a ofereço livremente. Tenho poder de a oferecer e poder de a retomar» (Jo 10,18) [...]
Reparai no enorme peixe, imagem horrível e cruel do inferno. Ao devorar o profeta, sente a força do Criador [...] e oferece com medo, a este viajante vindo do alto, a permanência nas suas entranhas. [...] E, três dias depois, [...] dá-o à luz, para o dar aos pagãos. [...] Foi este o sinal, o único sinal, que Cristo consentiu em dar aos escribas e aos fariseus (Mt 12,39), para lhes fazer compreender que a glória que esperavam lhes viesse de Cristo iria também voltar-se para os pagãos: os ninivitas são o símbolo das nações que creram n'Ele. [...] Que felicidade para nós, meus irmãos! Nós veneramos, vemos e possuímos, face a face e em toda a Sua verdade, Aquele que tinha sido anunciado e prometido simbolicamente.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Rezai, pois, assim: "Pai Nosso!"


Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja
Manuscrito autobiográfico C, 25 r°-v°
Fora do serviço divino, que sou muito indigna de recitar, não tenho coragem para me obrigar a procurar nos livros belas orações; isso faz-me doer a cabeça, há tantas..., e todas tão belas, tanto umas como as outras...
Não quereria, contudo, minha Madre, que pensásseis que recito sem devoção as orações feitas em comum no coro ou nas ermidas. Pelo contrário, gosto muito das orações em comum, pois Jesus prometeu estar no meio daqueles que se reúnem em Seu nome (Mt 18,19-20). Sei que então o fervor das minhas irmãs faz as vezes do meu; mas rezar o terço sozinha (envergonho-me de o confessar) custa-me mais do que pôr um instrumento de penitência... Reconheço que o rezo tão mal! Por mais que me esforce por meditar os mistérios do rosário, não consigo concentrar a atenção... Durante muito tempo desolei-me por essa falta de devoção que me surpreendia, pois amo tanto a Santíssima Virgem que me deveria ser fácil rezar em sua honra orações que lhe são agradáveis. Agora desolo-me menos, pois penso que a Rainha dos Céus, sendo minha Mãe, verá a minha boa vontade e contentar-se com ela.



Algumas vezes, quando o meu espírito está numa secura tão grande que me é impossível arrancar-lhe algum pensamento para me unir a Deus, recito muito devagarinho um Pai Nosso e depois a saudação angélica [«Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo.» Lc 1,28]. Então estas orações encantam-me, alimentam muito mais a minha alma do que se as tivesse recitado precipitadamente uma centena de vezes...

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Foi a Mim mesmo que o fizestes!!


Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Bem-Aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
Jesus, the Word to Be Spoken, cap. 8
Jesus disse: «O que fizerdes ao mais pequeno dos vossos irmãos, é a Mim que o fazeis. Quando recebeis uma criança, é a Mim que recebeis. Se em Meu nome oferecerdes um copo de água, é a Mim que o fazeis» (Mc 9,37; Mt 10,42). E, para ter a certeza de que tínhamos entendido bem o que Ele disse, afirmou que é assim que seremos julgados na hora de nossa morte: «Tive fome e destes-Me de comer, era peregrino e recolhestes-Me, estava nu e destes-Me que vestir».
Não se trata apenas de uma fome de pão; é uma fome de amor. A nudez não diz respeito apenas ao vestuário; a nudez é também a falta de dignidade humana e desta magnifica virtude que é a pureza, tal como a falta de respeito duns pelos outros. Estar sem abrigo não é só não ter casa; estar sem abrigo é também ser rejeitado, excluído, mal amado.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo!


Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Orígenes (c. 185-253), presbítero e teólogo
Comentário sobre o Cântico dos Cânticos, III, 27-33
A vida dos mortais está cheia de armadilhas que nos fazem tropeçar, está cheia de redes de enganos [...]. E como o inimigo teceu essas redes por todo o lado, e nelas apanhou quase todos os homens, era necessário que aparecesse Alguém mais forte para as dominar, as romper, e para trilhar o rumo àqueles que O seguissem. Eis porque, antes de vir unir-se à Igreja como Sua esposa, também o Salvador foi tentado pelo diabo. [...] Ensinava desta maneira à Igreja que não seria por ociosidade e prazer, mas através de provações e tentações, que ela haveria de chegar a Cristo.
Mais ninguém poderia, de fato, triunfar daquelas teias. Porque «todos pecaram», como está escrito (Rm 3, 23) [...]; Nosso Senhor e Salvador Jesus foi o único que «não cometeu pecado» (1Pe 2,22). Mas o Pai «O fez pecado por nós» (2Co 5,21). [...] «De fato, Deus fez o que era impossível à Lei, por estar sujeita à fraqueza da carne: ao enviar o Seu próprio Filho, em carne idêntica à do pecado e como sacrifício de expiação pelo pecado, condenou o pecado na carne» (Rm 8,3). Jesus entrou portanto naquelas teias, mas foi o único a não ficar nelas enleado. Mais ainda, tendo-as rompido e rasgado, deu confiança à Igreja, de tal forma que ela ousou, a partir de então, calcar aos pés as armadilhas, libertar-se das teias, e dizer cheia de alegria: «A nossa vida escapou como um pássaro do laço de caçadores; ompeu-se o laço e nós libertamo-nos» (Sl 123,7).
Também Ele sucumbiu à morte, mas voluntariamente e não, como nós, pela sujeição do pecado. Porque Ele foi o único a ter sido libertado de «entre os mortos» (Sl 87,6, LXX). E porque estava livre entre os mortos, venceu «aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo» (Heb 2,14) e levou-lhe os «cativos em cativeiro» (Ef 4,8) que estavam prisioneiros na morte. Não só Ele próprio ressuscitou dos mortos, como, simultaneamente, «nos ressuscitou e nos sentou no alto do Céu, em Cristo» (Ef 2,5ss); «ao subir às alturas, levou cativos em cativeiro» (Ef 4,8).

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Tome a sua cruz, dia após dia!


Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Bem-aventurado João XXIII (1881-1963), papa
Diário da alma, 1930, retiro em Rusciuk
O amor da cruz do meu Senhor atrai-me cada vez mais nestes dias. Ó Jesus bendito, que isto não seja um fogo inútil, que se apague com a primeira chuva, mas um incêndio que arda sempre sem nunca se consumir. Nestes dias encontrei outra bela oração, que corresponde perfeitamente à minha situação atual [...]: Ó Jesus, meu amor crucificado, adoro-Te em todas as Tuas penas. [...] Abraço de todo o coração, por Teu amor, todas as cruzes de corpo e de espírito que me sobrevierem. E faço profissão de pôr toda a minha glória, o meu tesouro e a minha alegria na Tua cruz, ou seja, nas humilhações e nos sofrimentos, dizendo com São Paulo: 'Quanto a mim, não me glorie, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo' (Gal 6, 14). Não quero para mim outro paraíso neste mundo que não seja a cruz do meu Senhor Jesus Cristo. [...] Tudo me convence de que o Senhor me quer todo para Si, pelo caminho real da cruz. Por este caminho, e não por outro, desejo avançar. [...]
Uma nota característica deste retiro espiritual tem sido uma grande paz e alegria interior, que me encoraja a oferecer-me ao Senhor, em ordem a qualquer sacrifício que Ele queira pedir-me. Desejo que esta tranquilidade e esta alegria penetrem cada vez mais, por dentro e por fora, toda a minha pessoa e toda a minha vida. [...] Terei muito cuidado na guarda deste gozo interior e exterior. [...] Para mim, deve ser um convite perene a imagem de São Francisco de Sales que, entre outras, gosto de repetir: eu sou como um passarinho que canta num bosque de espinhos. Assim, pois, poucas confidências sobre o que possa fazer-me sofrer. Muita discrição e indulgência no meu juízo acerca das pessoas e das situações; inclinação para orar especialmente por quem for para mim motivo de sofrimento; e, em tudo, grande bondade e paciência sem limites, lembrando-me de que qualquer outro sentimento [...] não está de acordo com o espírito do Evangelho nem da perfeição evangélica. Prefiro ser considerado um pobre homem, desde que, a qualquer preço, faça triunfar a caridade. Deixar-me-ei esmagar, mas quero ser paciente e bom até ao heroísmo.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Parabéns, Luciano!! 22/02/12

Luciano de São José, OCDS


Parabenizamos nosso Conselheiro Provincial, por este dia!! Desejamos muitas bençãos em sua vida de Pai, Esposo, Profissional, Filho...., e Carmelita. Que São José, Nossa Senhora do Carmo e o Espírito Santo lhe conduza a sempre fazer a vontade de Nosso Amado Jesus. Pode sempre contar conosco!! Abraços fraternos!!


Com amor e orações,

Comunidade Rainha do Carmelo

Quarenta dias para crescer no amor de Deus e do próximo.


Comentário ao Evangelho do dia feito por :
São Gregório Magno (c. 540-604), papa e doutor da Igreja
Homilias sobre os evangelhos, nº 16, 5
Iniciamos hoje os santos quarenta dias da quaresma, e convém-nos examinar atentamente por que razão esta abstinência é observada durante quarenta dias. Moisés, para receber a Lei pela segunda vez, jejuou quarenta dias (Gn 34,28). Elias, no deserto, absteve-se de comer durante quarenta dias (1Rs 19,8). O Criador dos homens, ao vir para o meio dos homens, não tomou qualquer alimento durante quarenta dias (Mt 4,2). Esforcemo-nos também nós, tanto quanto nos for possível, por refrear o nosso corpo pela abstinência neste tempo anual dos santos quarenta dias [...], a fim de nos tornarmos, segundo a palavra de Paulo, «uma hóstia viva» (Rom 12,1). O homem é, ao mesmo tempo, uma oferenda viva e imolada (cf Ap 5,6) quando, sem deixar esta vida, faz morrer nele os desejos deste mundo.
Foi a satisfação da carne que nos levou ao pecado (Gn 3,6); que a carne mortificada nos leve ao perdão. O autor da nossa morte, Adão, transgrediu os preceitos de vida comendo o fruto proibido da árvore. É por conseguinte necessário que nós, que fomos privados das alegrias do Paraíso pelo alimento, nos esforcemos por reconquistá-las pela abstinência.
Mas ninguém suponha que esta abstinência é suficiente. O Senhor disse pela boca do profeta: «O jejum que Eu aprecio é este, [...] repartir o teu pão com o esfomeado, dar abrigo aos infelizes sem asilo, vestir o nu, e não desprezar o teu irmão» (Is 58,6-7). Eis o jejum que Deus aprova [...]: um jejum realizado no amor ao próximo e impregnado de bondade. Prodigaliza pois aos outros daquilo que retiras a ti próprio; assim, a tua penitência corporal permitir-te-á cuidar do bem-estar físico do teu próximo em necessidade.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Nos preparemos para a Quaresma!!!


Mais uma vez, no caminho de preparação para a mais importante festa do calendário cristão, a Igreja nos propõe um tempo de preparação – de penitência e de escuta da palavra, de acolhimento do plano de Deus e de atenção aos irmãos.
Neste ano de 2012, os textos que nos serão apresentados ao longo destas cinco semana, mostram-nos um percurso claro e definido: Deus quer oferecer-nos um mundo onde a felicidade é possível (1º domingo) e a sua Palavra ensina-nos o caminho (2º domingo), Palavra que nos chama à conversão e à renovação (3º domingo). Aceitar esta Palavra implica, pois, mudar de vida. Fiquemos, contudo, certos do amor de Deus, gratuito e incondicional (4º domingo). Quanto a nós, temos de estar atentos ao seu plano de salvação e ir ao encontro dos outros, no amor e no serviço (5º domingo).
A “nova evangelização” a que a Igreja nos convida a todos nesta Quaresma impele-nos a não guardarmos este segredo do amor misericordioso de Deus e a partilhá-lo à nossa volta.

Devotos do Escapulário - 16/02/12

Nosso 2ºdia de encontro dos Devotos do Escapulário, teve como tema: MARIA E A PALAVRA DE DEUS. A oração inicial foi conduzida por Cláudia e a palestra ficou com Efigênia.

A palestra foi muito enriquecedora para nós que amamos MARIA e queremos imitá-la. Efigênia fez um resumo das partes que fala de Nossa Senhora, nos 4 Evangelhos, Marcos, Mateus, João e Lucas. Em Marcos, se destaca a atuação de Jesus, ele coloca Maria no contexto familiar. Mateus, destaca a infância de Jesus e apresenta Maria como a Mãe virginal de Jesus - Jesus é a figura central. João, apresenta Maria 2 vezes, no milagre em Caná da Galiléia e na Cruz, início e fim da Missão de Jesus. Em Lucas, ele apresenta as qualidades humanas e espirituais de Maria, ele cita que Maria guardava tudo no coração. Maria Ouvia, Guardava e Prativaca, a Palavra de Deus.

Não podemos parar na parte devocional de Nossa Senhora, pois se a amamos devemos imitá-la ou pelo menos ter vontade de assim fazer. Nos esforcemos para nos esvaziar de tudo aquilo que está sobrando e que não é de Deus, e esse espaço será preenchido pela Palavra de Deus, que é Jesus. Esse esvaziamento nos permitirá viver como Maria, OUVINDO-GUARDANDO-PRATICANDO, para assim como São Paulo, também dizer: " não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim."

Maria, nosso modelo de oração e vida em Cristo, ajuda-nos a caminhar olhando para Jesus, vivendo, amando e fazendo o que Ele fez!! Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!!

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Se quiseres, podes!


Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Santa Teresa d'Ávila (1515-1582), carmelita, doutora da Igreja
Vida, cap. 25

Meu terno mestre, sois efetivamente o verdadeiro amigo! Sendo todo-poderoso, tudo o que quereis podeis. E nunca deixais de querer, para quem Vos ama. Tudo o que há no mundo Vos louve, Senhor! Como fazer ecoar a minha voz por todo o universo, para anunciar como sois fiel aos Vossos amigos? Todas as criaturas podem faltar-nos: Vós, que sois o senhor de todas elas, nunca nos faltareis.
Aqueles que Vos amam não sofrem durante muito tempo! Ó meu mestre, que delicadeza, que atenção, que ternura demonstrais para com eles! Sim, feliz daquele que nunca deixou de Vos amar! É verdade que tratais os Vossos amigos com rigor, mas creio que é para que o Vosso amor ressoe ainda mais fortemente nos momentos de maior sofrimento. Meu Deus, não tenho inteligência, nem talento, nem palavras novas para falar das Vossas obras tal como a minha alma as concebe! Tudo me falta, meu Senhor. Mas desde que não me abandoneis, eu jamais Vos abandonarei. [...]
Sei por experiência com que proveitos fazeis sair da provação os que põem em Vós toda a confiança. Enquanto vivi em aflição amarga [...], as únicas palavras que ouvi [...] foram suficientes para dissipar a minha dor e voltar a sentir a tranquilidade perfeita: «Nada temas, minha filha; sou Eu, não te abandonarei. Nada temas.» [...] E eis que, apenas com estas palavras, a calma desceu sobre mim, sinto-me forte, corajosa, tranquilizada; sinto renascer a paz e a luz. Num instante, a minha alma foi transformada.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Parabéns, Marília!!! Em 11/02/12

MARIA TERESINHA DO CORAÇÃO DE JESUS, OCDS

Hoje é dia de Nossa Senhora de Lourdes e também é seu aniversário, pedimos então que Ela seja sua advogada perante o Nosso Amado Jesus. Que Ela a proteja com o Seu Manto Puríssimo, que é mais alvo do que a neve. Que sua vida seja de PAZ e AMOR!!! Que sempre Nossa Mãe do Céu lhe conduza pela mão pelos caminhos que Nosso Amado escolher para você!!

Com amor e orações,
Comunidade Rainha do Carmelo

Cristo dá-Se a si mesmo em alimento.


Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Catecismo da Igreja Católica §§1391-1395
Os frutos da comunhão eucarística: Receber a Eucaristia na comunhão traz consigo, como fruto principal, a união íntima com Cristo Jesus. De fato, o Senhor diz: «Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue permanece em Mim e Eu nele» (Jo 6, 56). A vida em Cristo tem o seu fundamento no banquete eucarístico: «Assim como o Pai, que vive, Me enviou, e Eu vivo pelo Pai, também o que Me come viverá por Mim» (Jo 6, 57). [...]
O que o alimento material produz na nossa vida corporal, realiza-o a Comunhão, de modo admirável, na nossa vida espiritual. A comunhão da carne de Cristo Ressuscitado, «vivificada pelo Espírito Santo e vivificante», conserva, aumenta e renova a vida da graça recebida no Batismo. Este crescimento da vida cristã precisa de ser alimentado pela Comunhão eucarística, pão da nossa peregrinação, até à hora da morte, em que nos será dado como viático.
A Comunhão afasta-nos do pecado: O corpo de Cristo que recebemos na Comunhão é «entregue por nós» e o sangue que bebemos é «derramado pela multidão, para remissão dos pecados». É por isso que a Eucaristia não pode unir-nos a Cristo sem nos purificar, ao mesmo tempo, dos pecados cometidos, e nos preservar dos pecados futuros:
«Sempre que O recebemos, anunciamos a morte do Senhor» (1 Co 11,26). Se anunciamos a morte do Senhor, anunciamos a remissão dos pecados. [...]
Tal como o alimento corporal serve para restaurar as forças perdidas, assim também a Eucaristia fortifica a caridade que, na vida quotidiana, tende a enfraquecer-se; e esta caridade vivificada apaga os pecados veniais. [...] Pela mesma caridade que acende em nós, a Eucaristia preserva-nos dos pecados mortais futuros.


Nossa Senhora de Lourdes, rogai pos nós!!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Os cachorrinhos comem debaixo da mesa as migalhas dos filhos!


Comentário ao Evangelho do dia feito por :
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia e depois bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho de Mateus, nº 52, § 2
Ao aproximar-se de Jesus, a Cananeia só diz estas palavras: «Tem piedade de mim» (Mt 15,22), e os seus gritos redobrados atraem um grande número de pessoas. Era um espetáculo comovente, ver uma mulher gritar com tanta emoção, uma mãe implorar pela sua filha, uma criança tão duramente maltratada. [...] Ela não diz: «tem piedade da minha filha», mas: «tem piedade de mim». «A minha filha não se apercebe do seu mal; eu, pelo contrário, experimento mil sofrimentos, fico doente de a ver naquele estado, fico quase louca de a ver assim.» [...]
Jesus responde-lhe: «Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel» (Mt 15,24). Que faz a Cananeia depois de ter escutado estas palavras? Vai-se embora em silêncio? Perde a coragem? Não! Insiste ainda mais. Não é isso que nós fazemos: quando não somos atendidos, retiramo-nos desencorajados, quando o que era preciso era insistir com mais ardor. Quem, na verdade, não ficaria desencorajado com a resposta de Jesus? O Seu silêncio seria suficiente para eliminar toda a esperança. [...] Mas esta mulher não perde a coragem, pelo contrário, aproxima-se mais e prostra-se dizendo: «Socorre-me, Senhor (v. 25). [...] Se eu fosse um cãozinho nesta casa, já não seria uma estrangeira. Sei muito bem que a comida é necessária aos filhos [...], mas não se pode proibi-los de dar as migalhas aos cães. Não mas deves recusar [...], porque eu sou o cãozinho que não se pode mandar embora.»
E, como já previa a Sua resposta, Cristo demorou a satisfazer-lhe a prece. [...] As Suas respostas não se destinavam a fazer sofrer a mulher, mas a revelar esse tesouro escondido.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Santa Bakhita, rogai por nós!!



Santa Josefina Bakhita
A Afortunada de Deus

“...ainda embrião, teus olhos me viram e tudo estava escrito no teu livro, meus dias estavam marcados antes que chegasse o primeiro...” (Salmo 138,16).

É impossível não se encantar com a trajetória de vida de Santa Bakhita. Tudo em sua vida é manifestação divina, é o próprio Deus diriindo seus passos até mesmo nos cruéis anos de escravidão.
Bakhita, um pouco anjo, um pouco criança, grande mulher, que foi elevada à honra dos altares pelo caminho da obediência e da simplicidade.

A Escravidão:
Bakhita nasceu no Sudão, região de Dafur na África, no ano de 1869 e através de suas poucas informações sabemos que sua aldeia natal é Olgossa, cuja pronúncia é “algoz”, que em árabe significa “Dunas de Areia”.
De família abastada, seu pai possuía terras, plantações e gado; ele era irmão do chefe da aldeia. Sua família era composta pelos pais e sete filhos, sendo muito unidos e afeiçoados.
Não devemos nos esquecer de que, apesar de possuírem terras, gado, etc., viviam num aldeia onde as cabanas eram de barro com telhado de palha. Todos nas aldeias estavam sujeitos ao grande perigo que eram os bandos negreiros que raptavam homens, mulheres e crianças para negociar no mercado de escravos.
No ano de 1874, sua irmã mais velha foi raptada. A dor dilacerou o coração daquela família tão unida e feliz.
“Bakhita” não foi o nome que recebera dos pais quando nasceu. No ano de 1876, com mais ou menos 7 anos de idade, foi raptada e arrancada do seio de sua família. A pequena menina tomada de pavor, foi levada brutalmente por dois árabes e foram eles que impuseram o nome de “Bakhita”, que significa: “afortunada”.
A pequena escrava, depois de um mês de prisão, foi vendida a um mercador de escravos. Na ânsia de voltar para casa, Bakhita se arma de coragem e tenta fugir. Porém, foi capturada por um pastor e revendida a outro árabe, homem feroz e cruel, que, por sua vez, revendeu-a a outro mercador de escravos.
Novamente ela é vendida a um general turco, cuja esposa era mulher terrivelmente má. Desejou marcar suas escravas e Bakhita estava entre elas. Chamou então uma tatuadoura que, com uma navalha, ia marcando os corpos das meninas que se contorciam de dores, mergulhadas numa poça de sangue. Bakhita recebeu no peito, no ventre e nos braços 114 cortes de navalha que eram esfregados com sal para que as marcas ficassem bem abertas. A jovens escravas foram jogadas sem tratamento e nenhum cuidado, durante um mês.
No ano de 1882, o general turco vendeu Bakhita ao agente consular Calisto Legnani que seria, para ela, seu anjo bom. Na casa do cônsul, Bakhita conheceu a serenidade, o afeto e os momentos de alegria, lembranças dos momentos felizes na casa dos pais.
Em 1885 o sr. Calisto é obrigado a retornar à Itália; Bakhita pede para acompanhá-lo e obtêm consentimento. E assim partiram em companhia de um amigo, o sr. Augusto Michieli, a quem o cônsul presentearia em Gênova com a jovem africana.
Chegando à Itália com seu 7º “patrão”, o rico comerciante Michieli, foi para vila Zianino de Mirano Veneto onde Bakhita se tornou babá de Mimina, a filhinha do casal. Apesar de serem pessoas boas e honestas, não eram praticantes de religião. Como sempre, Deus tem seus caminhos e acabou colocando no caminho de Bakhita, o administrador dos Michieli, Iluminato Chechini.
Iluminato era um homem muito religioso e logo se preocupou com a formação religiosa de Bakhita; e ao dar um crucifixo a ela, disse em seu coração: “Jesus, eu a confio a Ti”.
Quando os Michieli tiveram de voltar para Suakin, na África, por motivos de negócios, Bakhita e a pequena Mimina ficaram aos cuidados das Irmãs Canossianas, em Veneza, e isto graças ao sr. Iluminato.
Bakhita iniciou o catecumenato (catequese para receber os sacramentos iniciais), no Instituto das Irmãs. Ao final de nove meses, a sra. Maria Turina voltou à Itália para buscar sua filhinha Mimina e aquela que considerava sua escrava, pois retornariam à África.
Naquele instante, Bakhira já toda apaixonada por Jesus, prestes a receber os sacramentos, recusa-se a voltar para a África, apesar do afeto que nutria pela família Michieli e principalmente pela pequena. Sentia em seu coração um desejo inexplicável de abraçar a fé e vivê-la para sempre.
Apesar dos apelos e até ameaças da sra. Michieli, nossa jovem africana não cedeu em sua minima resolução. Bakhita estava livre, na Itália não havia escravidão. Sua patroa retornou à África com sua filha e Bakhita prosseguiu com sua catequese, feliz mesmo sabendo que seria a última chance de rever seus familiares na África.
No dia 09 de janeiro de 1890, Bakhita é batizada, crismada e recebe a 1° comunhão das mãos do Patriarca de Veneza, Cardeal Agostini. No batismo recebe o nome de Josefina Margarida Bakhita. Ela descreveria este dia como mais feliz de sua vida: sentir-se filha de Deus era-lhe uma emoção inigualável, assim como receber Jesus na eucaristia era o Céu na Terra.
Bakhita nutria em seu coração o sublime desejo de se tornar religiosa, uma Irmã Canossiana. Josefina Bakhita foi aceita na congregação das Filhas da Caridade Canossianas, servas dos pobres e, depois de três anos de noviciado, no dia 08 de dezembro de 1896 pronunciou os votos de: Castidade Pobreza e Obediência.
Depois da profissão religiosa, nossa Irmã Bakhita foi transferida para a cidade de Schio, em outra obra da Congregação, e lá permaneceu por 45 anos, onde passou a ser conhecida como a “Madre Morena”.
Irmã Bakhita era atenciosa com todos, sem distinção, desde as crianças do colégio, seus pais, sacerdotes, com suas irmãs religiosas, etc., sempre levando a todos palavras de conforto, consolo e amor incondicional a Deus Pai.
Em todas as funções que exerceu, sempre colocou seu coração doce e sincero na Igreja, na Sacristia, na portaria ou na cozinha, era tudo para todos, com seu sorriso de anjo.
Irmã Bakhita, em sua infância na África, mesmo sem saber nada de Deus, pensava em seu coração inocente e puro, quando olhava a lua e as estrelas: “Quem será o patrão de todas estas coisas?”. Oh! Bakhita, Deus já estava te preparando para Ele!
Bakhita sonhava com a conversão do povo africano e, no dia de sua profissão religiosa, rezou: “Ó Senhor, se eu pudesse voar lá longe, entre a minha gente e proclamar a todos, em voz alta, a tua bondade. Oh! Quantas almas eu poderia conquistar para Ti! Entre os primeiros, a minha mãe e o meu pai, os meus irmãos, a minha irmã ainda escrava... e todos, todos os pobres negros da África. Faça, ó Jesus, que também eles te conheçam e te amem!”.
No ano de 1947 Bakhita adoeceu, já quase sem forças, em cadeira de rodas, passava horas em oração, em adoração e contemplação. Era o dia 08 de fevereiro de 1947, nossa Irmã Morena murmurava: “Como estou contente! Nossa Senhora! Nossa Senhora!”.
Depois de algum tempo, em seus últimos momentos, disse: “Vou-me devagarinho para a eternidade... Vou com duas malas: uma contém os meus pecados; a outra, bem mais pesada, contém os méritos infinitos de Jesus Cristo. Quando eu comparecer diante do Tribunal de Deus, cobrirei a minha mala feia com os méritos de Nossa Senhora. Depois abrirei a outra e apresentarei os méritos de Jesus Cristo. Direi ao Pai: ‘Agora julgai o que vedes’. Estou segura de que não serei rejeitada! Então me voltarei para São Pedro e lhe direi: ‘Pode fechar a porta porque eu fico!”
Às 20 horas, irmã Bakhita entrega sua alma a Deus. O povo em grande multidão quer dar o último adeus à Madre Morena, sua fama de santidade se espalhou rapidamente e todos recorriam ao seu túmulo pedindo sua intercessão.
Em 17 de maio de 1992 foi beatificada e, em 1º de outubro de 2000, foi elevada à honra dos altares, declarada “Santa” pelo nosso Santo Padre, o Papa João II, sendo que o milagre que a levou a ser reconhecida como Santa, aconteceu em Santos, no Brasil.
Santa Bakhita deve sempre inspirar sentimentos de confiança na Providência, doçura para com todos e alegria em servir.



Sua festa é comemorada dia 08 de fevereiro.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

E quantos O tocavam ficavam curados!


Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Santa Teresa de Ávila (1515-1582), carmelita e Doutora da Igreja
Caminho de Perfeição, cap. 34, 9-11
Pois se, quando [Jesus] andava neste mundo, só o tocar as Suas vestes sarava os enfermos, como duvidar, se temos fé, de que faça milagres estando assim dentro de nós [na comunhão eucarística], e de que nos dará o que Lhe pedirmos estando Ele em nossa casa (Ap 3,20)? Não costuma Sua Majestade pagar mal a pousada quando Lhe dão boa hospedagem. E, irmãs, se vos dá pena o não O ver com os olhos do corpo, tal não nos convém. [...]
Porque àqueles a quem vê que hão-de tirar proveito da Sua presença, Ele Se descobre e, ainda que O não vejam com os olhos do corpo, tem muitas maneiras de Se mostrar à alma por grandes sentimentos interiores e por diversas vias. Ficai-vos com Ele de boa vontade e não percais tão boa ocasião de a Ele vos dirigirdes, como é a hora depois de ter comungado.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Reunião dia 04-02-2012

Nosso encontro de formação e fraternidade aconteceu no Carmelo Santa Teresinha, Ermida de São José, às 14:30 horas. Iniciamos com o acolhimento de nossa Presidente, Efigênia, entregando nossa tarde à Nossa Senhora.



Nesse ano de 2012, teremos uma formação sobre a ORAÇÃO CRISTÃ, que será ministrada por nosso irmão de comunidade, Giovani Carvalho Mendes, que iniciou nos falando sobre a Graça ou Teologia da Consideração:

Cada membro da comunidade recebeu um material contendo todas as explicações necessárias para essa formação:

Momento dos avisos:

* Na próxima reunião a equipe de limpeza será: - Fátima de Castro, Luiz Carlos e Mônica

* Encontro dos Devotos do Escapulário dia 16/02 às 19:00h, com o tema: Maria e a Palavra de Deus

*Orações para o Capítulo que elegerá o novo Provincial

*Nossa próxima reunião será dia 03/03/12

Meditamos com o Salmo 32(31):
Sorteamos alguns objetos doados pelos irmãos da comunidade, como, Escapulários, relíquias, blusas. Abaixo, Efigênia e Raimundo no momento do sorteio:
Intervalo para o lanche e confraternização. Regina, Raimundo e Jacqueline:
Janaína, Juliana e Mônica:
Nossa formadora, Neila, nos fala sobre os capítulos 3, 4 e 5 do Livro Fundações, de Nossa Santa Madre Teresa de Jesus:
Concluímos nossa tarde com a Oração das Vésperas e Salve Regina, conduzida por nossa Presidente, Efigênia:
Algumas frases importantes de nossa tarde de estudo dos capítulos 3, 4 e 5 do Livro Fundações:


+ "Apesar de ter o coração bem apertado com toda esta angústia, nada dei a entender às minhas companheiras, porque não as queria afligir mais do que já estavam." F 3,12

+ "Seja Ele bendito para sempre! Amém! Bem se pode dizer Dele que para amar, só espera ser amado." F3,17

+ "Jamais o Senhor concede ao demônio poder para enganar uma alma que vive com limpeza de consciência e sujeição." F 4,2

+ "Se vemos Senhor meu, que muitas vezes, ainda quando agimos contra Vós, nos livrais dos passos perigosos em que nos metemos, como acreditar que não nos livreis quando pretendemos unicamente contentar-Vos e regalar-nos convosco. F4,4

+ "O desapego de todas as coisas criadas, deve ser o que mais une a alma a seu Criador quando é acompanhado de pureza de consciência." F 4,5

+ "Ouço algumas vezes dizer que nos princípios das Ordens religiosas, fazia o Senhor maiores graças àqueles Santos nossos antepassados porque eram as pedras fundamentais. Realmente é assim; mas sempre deveríamos considerar que, por nossa vez, somos alicerces das que estão por vir. F 4,6

+ "O aproveitamento da alma, não consiste em pensar muito, e sim em amar muito." F 5,2

+ "Seria estranho que, mandando-nos Deus claramente fazer alguma coisa de seu serviço, recusássemos obedecer para o ficar contemplando, porque nisto achamos maior satisfação." F 5,4

+ "Eia, pois , filhas minhas, nada de tristeza! Quando a obediência vos trouxer empregadas em coisas exteriores, compreendei que, se for na cozinha, entre as panelas anda o Senhor, ajudando-vos interior e exteriormente." F 5,8

+ "É o demônio, creio eu, quem inventa tantos desgostos e dificuldades, sob bons pretextos, porque conhece não haver caminho mais breve para atingir o cume da perfeição que o da obediência. Quem reparar bem, verá claramente que digo a verdade. É evidente que a suma perfeição não consiste em regalos interiores, nem em grandes arroubamentoe, nem em visões, nem em espírito de profecia; mas sim em estar nossa vontade tão conforme com a de Deus, que entendendo que Ele quer uma coisa, logo a queiramos com toda a nossa energia, e tão alegremente tomemos o saboroso como o amargo, na certeza de que assim o quer Sua Majestade." F 5,10


Pedimos que Nossa Santa Madre Teresa de Jesus, nos ajude em nossa caminhada, interceda por cada um de nós, para que tenhamos a DETERMINADA DETERMINAÇÃO DE SERMOS OBEDIENTES E HUMILDES, PARA EM TUDO ESPERAR SOMENTE NELE, NOSSO AMADO E SENHOR.